
Espero que a operação me corra pelo melhor.
BOAS FESTAS
Se há coisa que eu tenho de criticar ao Salazar e ao Marcello Caetano, é o facto de não terem conseguido limpar de vez o comunismo de Portugal. Prenderam alguns, mas na realidade o PCP, fundado ainda durante a I República, continuou a desenvolver actividades e a divulgar a sua mensagem durante todo o período do Estado Novo.
Cada vez se percebe mais que o regime anterior ao 25 de Abril ruiu a partir de dentro, ele estava podre e por isso foi com alguma facilidade que ele morreu. E porque é que o Estado Novo se encontrava naquele estado?! Claro que não foi a única razão, mas uma delas, e talvez a mais importante, foi o facto de muitos membros do PCP se terem infiltrado dentro do regime de então. Na própria PIDE, nas Forças Armadas, em todo o lado os comunistas foram-se infiltrando e assim destabilizando e destruindo o regime a partir de dentro. Mas o que é preciso realçar, é que enquanto para Salazar a prioridade era sempre Portugal, para os comunistas o objectivo sempre foi colocar as nações ao seu serviço. Em Portugal, o objectivo dos comunistas nunca foi o de fazer com que o País passasse a ser um país democrático, nunca foi que houvesse liberdade e pluripartidarismo em Portugal. O seu único objectivo era o de ter em Portugal um regime comunista, apoiado pela União Soviética. Aliás, tudo o que o PCP fez durante o Estado Novo, foi sempre com o apoio da então denominada URSS. Assim, o 25 de Abril quando se deu, foi muito em resultado dos muitos comunistas que estavam infiltrados, por isso não houve praticamente reacção da parte do regime que então foi derrubado.
Depois do 25 de Abril, os comunistas, que estavam muito bem organizados, já que se mantiveram sempre activos, e muito, durante a II República, tomaram conta do país e ainda hoje isso é bastante notório, apesar do PCP nunca ter ganho nenhumas eleições legislativas, e é para mim a principal razão do atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. Para além de durante algum tempo terem tomado de facto conta do país e de terem corrido com todos os empresários, que é quem cria emprego, a verdade é que os comunistas tomaram de assalto toda a função pública, sindicatos, comunicação social e também a própria mentalidade dominante do pós 25 de Abril. Hoje, Portugal ainda é dominado por essa gentalha que está por todo o lado.
Desde o 25 de Abril, vivemos neste suposto regime democrático, mas que na verdade não o é, pelo menos por enquanto. Para aqueles que fizeram o 25 de Abril e que o comemoram todos os anos, gritando de boca cheia coisas como "viva o 25 de Abril" "viva a democracia" "viva a liberdade", a verdade é que para essa gente o 25 de Abril não foi na realidade uma revolução democrática, foi sim o dia em que o país passou a viver sob um regime de esquerda, em que Portugal passou a ser dominado, em todos os aspectos, pela esquerda. Isto a mim parece-me óbvio e nota-se no dia-a-dia por todo o lado. Esses tipos, eles sim uns verdadeiros intolerantes e nada democratas, só aceitam quem é de esquerda, os outros são todos fascistas, intolerantes, ditadores, etc.. Para eles só há tolerância desde que se seja de esquerda, porque quem não for é logo discriminado. Isto é real e passa-se em todo o lado. A esquerda sente-se dona do país e, acima de tudo, da razão e da verdade e o que é preciso que essa gente saiba é que na democracia ninguém é dono da verdade.
Bom, mas andar a berrar pelas ruas "viva a democracia" e mais o raio que o parta não vale de nada. O que realmente interessa é o que as pessoas são na prática. Por experiência própria, sei muito bem o que essa esquerda 25 de Abril é na realidade. É na verdade altamente intolerante, arrogante, com a mania que eles é que sabem tudo e que estão sempre certos, vaidosa, autoritária e altamente elitista, e depois ainda se dizem amigos dos pobrezinhos, dos coitadinhos e dos imigrantes. Quem não alinha neste grupo de gente que tomou conta do país com o 25 de Abril, é logo catalogada por estes como sendo gente altamente antiquada, autoritária, o muito utilizado fascista, anti-democrática, etc.. Mas na realidade é tudo ao contrário. Podemos provar isso com o melhor programa da televisão portuguesa da actualidade, que se chama "Vai Tudo Abaixo". Neste, o excepcional Jel meteu-se na altura da campanha eleitoral para as eleições intercalares em Lisboa, com diversos candidatos que não são de esquerda e o que aconteceu é que todos eles reagiram de uma forma simpática e positiva. Até posso destacar o fadista monárquico, que para a esquerda é um fascista antiquado, Gonçalo da Câmara Pereira, que quando Jel e companhia se meteu com ele, o fadista reagiu de uma forma excepcional, amigável, brincalhona e até cantou com eles uma das músicas da "Marcha do Cavalo". Pois é, mas quando o Jel e o seu irmão foram recentemente à Festa do Avante, a tal que comemora os valores da democracia e da liberdade, aconteceu isto (a partir deste vídeo podem ver outros relacionados com o mesmo assunto):
Palavras para quê, acho que contra factos não há argumentos.
Eu, já há algum tempo que não faço parte de qualquer partido, mas se há coisa que eu sou é anti-esquerda trauliteira que falsamente se intitula como tolerante e democrata. Tudo falso, não se deixem enganar, essa gente não vale nada.
Por causa de alguns exteriores serem gravados em Alfama, perto da casa da minha irmã, comecei a ver a nova novela da TVI chamada "Deixa-me Amar". Não vejo todos os episódios, mas sempre que posso e não tenho mais nada para fazer acabo por dar uma espreitadela na novela. Pode-se não gostar de novelas, mas a verdade é que a TVI está de parabéns porque consegue retratar muito bem a sociedade portuguesa. Ao contrário do nosso cinema, as novelas da TVI conseguem mostrar o que são os portugueses, a nossa cultura, as nossas tradições etc. Nesta novela descobri então este maravilhoso fado:
Oiçam com atenção e depois não digam que a nossa música não é excepcional. A letra, a voz da Ana Moura, a melodia... é tudo fantástico e arrepiante. Experimentem então em ver a novela e esperem pelo momento em que se ouve esta música cantada pela Ana Moura de fundo e ao mesmo tempo mostra-se o melhor que Lisboa tem, curiosamente nada do que foi feito depois do 25 de Abril.
Talvez um dia mostrem o lugar onde agora está o IPO com um amontoado horrível de prédios, todos desfasados uns dos outros e os Metallica a actuarem no Rock In Rio com o IPO mesmo ao lado. Vai ser lindo! Sem dúvida que o António Costa é daquele tipo de indivíduos que leva as pessoas a confundir brutalidade com competência.
Sendo eu um enorme fã dos U2 desde os meus 10 anos de idade (desde 1984), ir à Irlanda era há muito tempo um desejo e um sonho que eu queri...