26 de dezembro de 2010

21 de novembro de 2010

Coimbra 2010


Já tinha ido várias vezes a Coimbra, e também a Conimbriga. Quando andava nos colégios fui mais que uma vez. Fui também várias vezes com os meus pais. Fiz lá a minha inspecção para a tropa. Durante a licenciatura estive lá uns dias para fazer um trabalho precisamente sobre Conimbriga. Etc.. Mas, a última vez que tinha ido à cidade dos estudantes foi em 2003, para ver o concerto que os Rolling Stones lá deram. Nessa altura, fui no próprio dia do concerto e vim depois dele ter acabado, tendo sido o regresso bem caótico fruto do imenso trânsito, demorei horas a chegar à A1.

Desta vez, decidi fazer as coisas de maneira diferente, até por se tratarem dos U2. Resolvi então colocar férias nos dias 1 e 4 de Outubro, sexta e segunda, ficando assim 4 dias em Coimbra, chegando no dia anterior ao primeiro concerto da banda irlandesa e regressando no dia a seguir ao segundo concerto. Depois de comprados os bilhetes para os concertos e definidas as férias, tratei do hotel em Novembro de 2009. Falei com algumas pessoas, fiz alguns contactos, e rapidamente percebi que já naquela altura os hotéis estavam quase todos cheios, entrando um pouco em pânico. Assim, quando soube que o Hotel Astória ainda tinha quartos disponíveis, foi de imediato que fiz uma reserva, pagando para isso um verdadeiro balúrdio. Digamos que os hotéis, e só eles, os cafés e restaurantes parece-me que mantiveram os preços, aproveitaram-se da ida dos U2 à cidade para inflacionar, e muito, os preços dos quartos. Assim, em Novembro do ano passado, já tinha tudo tratado, bilhetes, férias e hotel, ficando assim mais descansado e relaxado. Em relação às viagens, resolvi que iria de comboio Alfa Pendular, para não ter preocupações com estacionamentos, etc., mas só pude comprar os bilhetes com um mês de antecedência.

O tempo passou a correr e num instante chegámos ao concerto de Paris e aos concertos de Coimbra. Parti então para Coimbra na sexta-feira, dia 1 de Outubro, de manhã, mas não muito cedo para poder dormir bem nessa noite, o comboio partiu às 12h. Arrancámos então de Santa Apolónia rumo a Coimbra, a cidade que seria a capital e o centro de Portugal durante aquele fim-de-semana.


A viagem de Alfa Pendular é uma maravilha, já o tinha experimentado quando fui ao Porto ver os Stones, e, num instante, e sem qualquer cansaço, chegámos à estação de Coimbra B. Aqui, uma breve espera pelo comboio que nos levaria à estação Coimbra A, localizada no coração da cidade e bem perto do Hotel Astória.

O hotel ficava extremamente bem localizado, mesmo junto ao Rio Mondego, e tinha um estilo e um tipo de decoração que mais parecia que tinha parado no tempo. Uma mobília antiga, mas tudo muito bem estimado, tratado e conservado. Naquele hotel era tudo estilo antigo, mas tudo com bom gosto e a verdade é que fiquei muito agradado com ele. Mas, sabendo eu de antemão da localização do hotel, digamos que pensei logo se eles me dariam um quarto com vista para o rio. Quando cheguei à recepção, perguntei de imediato se o quarto teria vista para o Mondego, ao que o senhor me disse que sim, também... para aquilo que eu tinha pago por ele, o que me deixou muito satisfeito. O quarto era muito espaçoso, todo com a tal decoração estilo antigo, e tinha então uma vista maravilhosa sobre o rio.



Quando cheguei ao hotel, outra coisa que perguntei de imediato era se havia algum supermercado na zona, ao que fui informado de que havia um Mini Preço mesmo ao lado da estação. O que era uma excelente notícia. Assim, depois de arrumarmos as coisas, lá fomos então ao supermercado com o objectivo de fazer algumas compras, nomeadamente a pensar no concerto do dia a seguir.

Depois de levarmos as coisas que comprámos no supermercado ao quarto, fomos dar uma volta, tendo um primeiro contacto com a cidade e como esta estava preparada para os concertos dos U2. A verdade é que devo ter sido dos primeiros fãs a chegar à cidade, já que nas ruas era o único que tinha coisas dos U2. Andámos então ali na zona do hotel, fomos ao posto de turismo, passámos a Ponte de Santa Clara para o outro lado, voltámos a passar a ponte, e de seguida fomos às Docas de Coimbra.




Aqui, demos uma vista de olhos por todos os bares que lá estão, não são assim muitos, nomeadamente no Mondego Irish Pub, e acabámos por nos sentar no Rock Café, onde bebemos e comemos qualquer coisa. A seguir, voltámos para a zona do hotel, percorremos a Rua Visconde da Luz, fomos até à Igreja de São Tiago, Praça do Comércio, etc.


De seguida, regressámos ao hotel. O resto do dia estava algo indefinido. Eu tinha um bilhete pata entregar a uma amiga, como também um jantar da U2Pt no Parque de Campismo de Coimbra, local onde os THE FLY estiveram para tocar, acabando eu, enquanto baterista da banda tributo aos U2, por fazer parte do júri de um concurso de karaoke que lá se realizou. Mas digamos que as coisas estavam algo indefinidas em relação à hora em que a Inês estaria em Coimbra para ir buscar o bilhete, como também a hora do jantar e a forma como eu iria para o parque de campismo. Mas depois acabou por correr tudo da melhor forma, a Inês lá apareceu perto do meu hotel para lhe dar o bilhete, e logo de seguida apanhei um táxi rumo ao parque de campismo, onde cheguei exactamente à mesma hora dos meus colegas de staff da U2Pt. Esperámos pelo resto da malta e lá arrancámos com o jantar que foi sem dúvida um excepcional momento de convívio e de boa disposição. De seguida, fomos então para o concurso de karaoke, onde iria então ser um dos júris. Mas, como disse na mensagem anterior, eu encaro de uma forma altamente profissional os concertos dos U2, sendo assim, para além de não ter bebido álcool, a partir de certa altura comecei a preocupar-me com a questão das horas, já que não me queria deitar tarde. Assim, exerci a minha função de júri durante algum tempo, tendo dado pontos a vários concorrentes, mas a certa altura quando comecei a ver que aquilo tão cedo não iria acabar, decidi dar o meu lugar ao Luís, que por lá ficou até ao final do concurso. Eu vim de imediato embora, aproveitando a boleia do Paulo.




O dia 2, como sabem da mensagem anterior, foi totalmente preenchido com o primeiro concerto dos U2 em Coimbra.

No dia 3, dia do segundo concerto, eu tinha então bilhete para a melhor bancada, com lugar marcado. Assim, a minha ideia era aproveitar a manhã para visitar algumas coisas da cidade. Mas, infelizmente, estava um temporal enorme, o que não permitiu fazer grandes coisas nessa manhã. Ainda fui a alguns quiosques, por causa dos jornais que falavam do concerto dos U2 da noite anterior, mais uma volta ou outra, mas na realidade estava um péssimo tempo para fazer turismo na cidade de Coimbra.



A certa altura, encontrei-me com o Paulo e fomos os 3 até às Docas, onde já tinha então estado no dia anterior, onde acabámos por almoçar no Mondego Irish Pub. A partir daqui, já sabem o que aconteceu no resto do dia, foi o segundo concerto dos U2 na cidade dos estudantes.



No dia 4, segunda-feira, aproveitei então para visitar algumas coisas da cidade de Coimbra. Digamos que neste dia estava um pouco mais calmo e relaxado, mas ao mesmo tempo completamente maluco com os concertos dos U2. Depois do pequeno-almoço, lá saímos então do hotel para dar uma volta e subimos em direcção à Universidade de Coimbra. Ainda se sobe um bom bocado e a meio da subida encontramos uma escada enorme quase na vertical.



Sobe-se mais um pouco e chegamos então à Universidade, que ainda se tornou mais interessante de se ver já que se tratava de um dia normal de aulas. Percorremos a Universidade, e respectivas faculdades, toda. É muito interessante uma pessoa ver tudo aquilo, mas acima de tudo sentir o ambiente daquela universidade. Já há uns anitos que eu lá não ia. Mas, a parte mais negativa é que muitas das faculdades estão a precisar de obras, já que apresentam um aspecto algo degradado.




De seguida, fomos à Sé Nova de Coimbra, que vimos só por fora já que se encontrava fechada.


A seguir, fomos até à Sé Velha, que visitámos também por dentro, esta encontrava-se aberta.



À frente da Sé Velha, está a casa onde viveu Zeca Afonso, de onde a certa altura saíram alguns tipos com um péssimo aspecto.


Depois, continuámos a caminhada rumo à Igreja de Santa Cruz, onde estão os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I, e que podemos visitar por dentro e estar perto dos dois primeiros reis de Portugal.




Ao lado da Igreja, está a Câmara Municipal de Coimbra.



Depois, andámos mais um bocado, fui comprar mais alguns jornais e revistas que falavam dos concertos dos U2 em Coimbra, etc. E estava na altura de almoçar.

Quando saímos do hotel de manhã, tinha encontrado uns amigos que me disseram que tinham ido comer a um restaurante onde os U2 tinham jantado. Eu quis logo saber qual era esse restaurante para também lá ir. Assim, quando chegou a hora do almoço, tratei de começar a procurar esse restaurante. Depois de algum tempo à procura, lá o encontrámos, mas quando entrámos percebemos de imediato que os U2 de certeza que não teriam ido ali. O restaurante era todo castiço e popular, mas os U2 certamente que, principalmente andando em tour, não escolheriam um restaurante tão "popular". Dirigi-me de imediato a um dos empregados do restaurante para confirmar a presença ou não dos U2 por lá. Fiquei então a saber que os U2 infelizmente não tinham por lá estado, mas sim elementos da equipa da tour da banda irlandesa. Assim, e até porque o espaço até era bem catita, decidi por lá ficar e almoçar. O The Edge português acabou por ir lá ter connosco e também almoçar. O restaurante chama-se Adega Paço do Conde e é muito popular naquela cidade.






De seguida, fomos à Pastelaria Briosa comprar algumas caixas de Pastéis de Tentúgal para trazer, que coisa tão boa.


Depois, hotel buscar as coisas e rumámos a Coimbra A e daí para Coimbra B, onde apanhámos o comboio de regresso a Lisboa.

Foram 4 dias inesquecíveis na cidade de Coimbra. Principalmente por causa dos concertos dos U2, como é óbvio. Coimbra é uma cidade especial, principalmente por causa dos estudantes e da Universidade. Destaco também a zona do Mondego, digamos que Coimbra aproveita bem o facto de ter um rio a passar pelo meio da cidade. A zona do rio, tanto de um lado como do outro, está muito bonita e muito bem conservada e felizmente o hotel onde fiquei ficava mesmo junto a ele e o quarto com vista para o mesmo. De resto, Coimbra é uma cidade em tudo idêntica às outras cidades, da mesma dimensão, portuguesas. Alguns edifícios degradados, algumas construções completamente aberrantes etc. A zona do Estádio Cidade de Coimbra também não está má, até é muito agradável. O que também se destaca na cidade são as montras das pastelarias, ocupadas na totalidade com a maravilhosa doçaria, principalmente Pastéis de Tentúgal, da região.

Coimbra já era uma cidade algo especial para mim, mas agora entrou para sempre no meu coração.

Entretanto, já recebi o programa da 360º Tour deste ano, o Calendário U2 para 2011, como também mais uma t-shirt, esta com todas as datas da 360º Tour europeia 2010.

E continuo a ressacar e a sentir um enorme vazio.

16 de outubro de 2010

U2 em Coimbra

Apetece-me começar esta mensagem por dizer que se não existissem os U2 a minha vida seria bastante diferente daquilo que é hoje. A eles devo muita coisa. Sem dúvida que ser fã dos U2 é um estilo de vida e algo extremamente especial.

Vou começar por falar naquilo que me levou a Coimbra, os dois concertos que os U2 lá realizaram.

Começando pelo primeiro concerto, o de dia 2, sábado, eu tinha bilhete para a relva e o meu propósito era ir cedo para o estádio e ficar lá mesmo à frente. Sendo assim, levantei-me bem cedo, tomei banho e fiz a higiene normal, e fui tomar o pequeno-almoço às 7h30, que era a hora em que o começavam a servir no hotel onde estava hospedado. Cheguei à sala dos pequenos-almoços antes das 7h30, esperei um pouco, e à hora prevista lá abriram as portas para se poder começar a tomar a primeira refeição do dia. Tomei um excelente pequeno-almoço em poucos minutos. Saí do hotel e, tal como combinado, fui ter com o Paulo Ramos ao hotel onde ele estava hospedado, e que ficava perto do meu. Cheguei ao hotel dele antes das 8h e esperei um pouco até que ele chegasse à recepção. Saímos então em direcção à praça de táxis, para apanharmos um que nos levou ao Estádio Cidade de Coimbra. Àquela hora não havia qualquer trânsito e assim foi em poucos minutos que nos metemos no estádio, onde chegámos às 8h da manhã. Procurámos a fila para onde devíamos de ir, e que tinha algumas pessoas que por lá tinham dormido, e quando chegámos demos o nosso nome, recebendo em troca um número, no meu caso foi o 266. Na fila já estavam algumas pessoas conhecidas, nomeadamente o Tiago, guitarrista dos THE FLY, e as nossas “fãs” do Porto, que tinham por lá dormido. Mas a generalidade das pessoas minhas conhecidas, nomeadamente aquelas com quem eu e o Paulo tinha-mos combinado encontrar, ainda não tinham chegado e foram aparecendo depois aos poucos, reunindo-se um grupo muito interessante, que assim passou em conjunto as longas horas até à abertura das portas.




Com o aproximar da abertura das portas, a ansiedade vai aumentando. Antes da hora marcada, abriram as portas do perímetro à volta do estádio. Apetece-me nesta altura sublinhar que a organização das filas deixou muito a desejar, as listas foram completamente postas de parte ainda de manhã, a única coisa que funcionou da melhor forma foi o facto de terem aberto a nossa entrada, do tal perímetro, antes de todas as outras, o que foi da maior justiça já que ali estavam as pessoas que tinham dormido no estádio e as que lá tinham chegado de manhã bem cedo. Giro foi que algumas pessoas que estavam na nossa fila, sabendo que as outras entradas do perímetro tinham menos gente, deslocaram-se para elas, mas depois lixaram-se já que acabaram por entrar bem mais tarde. Para além da nossa entrada ter aberto antes de todas as outras, a mesma tinha várias filas, abrindo primeiro a da esquerda, depois a imediatamente a seguir, e por aí fora. Como eu estava logo na segunda fila, a contar da esquerda, acabei por ser dos primeiros a entrar.

Depois de passada a primeira porta, foi um correr que nem uns doidos até à porta 4A, que era a nossa porta de acesso ao relvado. Nesta, mais uma pequena espera. Até que a certa altura, abrem as portas do estádio e foi, mais uma vez, um correr que nem uns doidos para conseguir o melhor lugar. Comigo à frente, e o resto da malta atrás de mim, lá conseguimos entrar na elipse e ficar mesmo junto ao palco, ao centro, mesmo à frente da posição base do Bono em palco. Era um excelente lugar, o melhor que tinha conseguido até agora na 360º Tour, no primeiro concerto de Barcelona do ano passado fiquei relativamente perto deste sítio, mas desta vez fiquei mesmo ao meio/centro.




Nesta altura, apetece-me contar que até há alguns anos atrás, aconteceu-me bastantes vezes, em vários concertos dos U2 e de outras bandas/músicos, eu chegar de manhã cedo ao estádio e ser o primeiro a lá chegar, e depois o primeiro a entrar no estádio, conseguindo ficar na primeira fila, encostado à grade, mesmo ao centro. Mas, desde que há alguns anos atrás se tornou moda as pessoas irem dormir para os estádios, por volta de 2005, tornou-se impossível conseguir tais proezas. Continuo a ir de manhã bem cedo para os concertos, de há alguns anos para cá só mesmo dos U2, mas quando chego aos sítios já lá estão as pessoas que por lá dormem, algumas já há alguns dias. Assim, acabo por não ser o primeiro a entrar e a não conseguir ficar na primeira fila mesmo ao centro. No concerto do passado dia 2, quase voltei a conseguir ficar nesse lugar, até porque quando começou a tocar a Space Oddity do David Bowie, música que serve de Intro aos concertos deste ano da 360º Tour, a euforia em mim foi tal que ainda furei algumas filas e conseguir ficar praticamente na primeira fila, quase encostado à grade, e sempre ao centro, em linha com o Bono, quando este está na sua posição base. Acabando por ficar à frente, e num melhor lugar, de pessoas que tinham dormido no estádio.



Tal como em Paris, também nos dois concertos de Coimbra foram os Interpol a fazerem a primeira parte. Dos 3 concertos, a vez que mais gostei de os ver foi na primeira noite de Coimbra. Os Interpol têm sem dúvida músicas de grande qualidade e um som que não deixa de ser interessante, notam-se aliás algumas influências dos The Cure. O problema é que a banda é algo parada e apática em palco, tendo pouco energia e dinâmica. Destaque para o guitarrista que tem uma forma interessante, com uns movimentos algo cómicos, de estar em cima do palco. Apetece-me agora dizer que os Snow Patrol são superiores, a todos os níveis, aos Interpol.

A seguir aos Interpol, vem aquele momento de enorme ansiedade. Mal termina a primeira parte, começam de imediato os preparativos para a entrada dos U2 em palco. Muita gente e uma enorme correria marcam este intervalo entre a primeira parte e o concerto dos U2. De início, muitas pessoas em palco, mas depois para o final acabam por ficar praticamente só os roadies de cada um dos membros da banda.

Depois de algum tempo de espera, em que podemos ouvir do PA músicas escolhidas pelos membros dos U2, e que são sem dúvida de grande qualidade, começa-se então a ouvir Space Oddity de David Bowie, que, como já disse, é a música que assinala que o espectáculo vai começar. Nesta altura, entrei de tal forma em euforia que, como disse atrás, ainda fui mais para a frente, ficando praticamente encostado à grade. Sempre ao centro, mesmo à frente do Bono. Porreiro, foi o facto de que quem ficou no centro, como eu, ficou um pouco mais alto do que o resto da malta, já que no chão estavam umas placas a proteger os cabos que iam do palco até à mixing desk. Desde o início que se percebeu de imediato que aquele iria ser um grande, grande, grande concerto. De imediato ficou demonstrado que estavam reunidas todas as condições para que essa noite fosse memorável, nomeadamente o público que esteve de facto em grande. Se há coisa em que os portugueses são bons é enquanto público de concertos. Sabemos receber bem os artistas e transformar os concertos em grandes momentos de magia e de festa. Com os U2 então isso é levado ao extremo, há uma enorme química entre o público português e a banda irlandesa. Bono entrou a matar, gritando Briosa, revelando, algo que já sabemos de há muito tempo, que os U2 têm o cuidado de estudar, ou alguém estuda por eles, os sítios onde tocam. O concerto foi memorável, dos 15 concertos que já vi dos U2, este está sem dúvida entre os melhores. A setlist foi igual à de Paris, com excepção de um snippet ou outro, mas a forma extremamente calorosa como o público português recebeu a banda, o público francês é um pouco mais frio, fez com que este concerto fosse superior ao da capital francesa. O concerto foi brutal do princípio ao fim, com o público sempre em grande. É complicado estar a destacar momentos ou músicas neste concerto, que foi do caraças do primeiro ao último segundo. Foi mesmo uma noite memorável. A Until é sempre dos meus momentos preferidos, tendo sido nesta noite ainda mais especial pelo facto do final, em que o Bono e o The Edge dão a mão, estando cada um numa ponte/passadeira diferente, ter ocorrido mesmo por cima de mim. A Still foi memorável, com o público em grande. North Star foi arrepiante, com o palco todo às escuras, Bono pediu para apagarem as luzes, e o estádio todo iluminado com as lanternas da Worten que tinham sido distribuídas. Get On Your Boots e Mercy foram novamente grandes. A Crazy, talvez o momento mais marcante desta Tour, é sempre memorável. A Streets é sempre o apogeu de qualquer concerto dos U2. A Moment of Surrender ao vivo é arrepiante. Foi sem dúvida memorável, um concerto inesquecível. Os concertos dos U2 são sempre brutais, magníficos, mas, por uma razão ou por outra, uns acabam por ser mais marcantes do que outros, e este está sem dúvida entre os mais marcantes. O concerto terminou e eu estava completamente doido e eufórico com o que tinha acabado de ver. Fui dos últimos a abandonar a elipse, basicamente não me queria vir embora. Lá fomos saindo, falando uns com os outros, todos estavam malucos com o que tinham acabado de ver. A opinião era unânime, tinha sido um concerto do caraças, uma grande noite, e o público português esteve, mais uma vez, em grande. Ainda encontrei mais algumas pessoas conhecidas, uns encontros, e por fim a Diana lá nos ofereceu boleia até ao hotel. Viagem que num dia normal demoraria poucos minutos, mas que neste caso demorou muitos mais já que a cidade estava completamente entupida, o trânsito estava mesmo um caos.

No segundo concerto, tinha bilhete para a melhor bancada, que era a Nascente Inferior, com lugares marcados. Mas mesmo assim, depois de um almoço no Mondego Irish Pub, rumei, juntamente com o Paulo Ramos, ao estádio, desta vez num dos autocarros especiais criados de propósito por causa dos concertos dos U2. Chegámos ao estádio e ainda deu para ouvir o soundcheck. Pouco depois de chegarmos ao estádio, encontrámos o Tiago, guitarrista dos THE FLY, com quem eu iria ver o concerto na bancada, juntamente com a Diana e a Vanessa. A certa altura despedimo-nos do Paulo, que ia para a relva. Depois de irmos até um café lanchar, fomos então para a fila para podermos entrar. Entrámos, dentro do estádio ainda não estava praticamente ninguém nas bancadas mas nós somos assim, e fomos de imediato até ao lugar onde iríamos ficar para podermos constatar como era o sítio de onde iríamos ver o concerto. A verdade é que constatámos de imediato que era um grande lugar, ao lado do Adam, com uma vista excepcional sobre o palco.



Este segundo concerto foi marcado pelo temporal que abalou Coimbra e a quase totalidade do país. Impressionante o dia excepcional que esteve em Coimbra no sábado, como também na sexta e depois na segunda, e no domingo o autêntico dia de inverno que esteve. Mas, os fãs dos U2 sabiam perfeitamente que isso não colocaria em causa o concerto dos U2, isto porque já tinha acontecido em concertos da Tour deste ano, nomeadamente em Moscovo e principalmente na segunda noite em Zurique, os U2 estarem a tocar debaixo de imensa chuva. Depois de ter-mos visto como eram os lugares e por lá termos ficado durante algum tempo, fomos, porque entretanto ia chovendo imenso, para o interior da bancada, onde encontrámos as nossas amigas que iriam ver connosco o concerto. Regressámos aos lugares, para pouco depois voltamos ao interior da bancada para comer e beber qualquer coisa. De seguida, regressámos aos lugares para de lá não sairmos mais. Ainda esperámos um bom bocado pela entrada em palco dos Interpol, para aquela que foi, pelo menos para mim, a pior actuação das 3 que vi deles. Uma setlist diferente e menos baseada nos grandes êxitos. Eu, como não sou fã dos Interpol, digamos que não conhecia muitas das músicas que eles interpretaram nesse dia. Depois da primeira parte, vem a pausa do costume, até que chega o grande momento... a entrada dos U2 em palco ao som do David Bowie. Se tivesse de dizer qual foi o meu concerto preferido, dos 3 que vi este ano, escolheria o primeiro de Coimbra, em que de facto foi tudo memorável. No segundo concerto na cidade dos estudantes, esteve tudo em grande outra vez, mas notava-se um certo cansaço na banda, principalmente no Bono, que na noite anterior tinha dado tudo e mais alguma coisa. Mas ao mesmo tempo, tudo isto digamos que torna o espectáculo mais humano. De facto, na parte inicial do concerto, o Bono passou ali por uma fase algo complicada, mas são este tipo de coisas que tornam as actuações dos U2 ainda mais especiais e interessantes. Durante a Get On Your Boots, o vocalista dos U2 começou a mandar vir ou com as munições ou então com o facto das passadeiras/pontes ainda não se terem começado a movimentar. Durante a Magnificent, Bono não cantou durante a maior parte da música, bebendo litros e litros de água. Ele estava mesmo com dificuldades em cantar e depois de perder a voz pela segunda vez, lá pediu uma bebida ao seu roadie, que na realidade ressuscitou por completo o homem. Toda esta situação é reveladora do espectáculo que é um concerto dos U2, em que de facto são 4 pessoas que estão em cima do palco e não 4 máquinas. São 4 seres humanos como nós que estão ali a actuar.




O segundo concerto foi então praticamente ao nível do primeiro. Destaque para New Year's Day, que foi tocada no lugar de I Will Follow. Eu gosto muito da música que abre o Boy, mas a música do War é das minhas preferidas da banda. Depois, tivemos a Ultraviolet em vez da Hold Me. Em vez da North Star e da Mercy tivemos a Pride e um dos grandes momentos da segunda noite que foi a estreia mundial de mais um inédito, e que se chama Boy Falls From The Sky, e que é sem dúvida uma grande canção. Esta estreia foi uma espécie de agradecimento pela forma excepcional como os portugueses receberam os U2. Para além das mudanças na setlist, houve várias outras alterações em relação ao concerto da noite anterior, por exemplo o Larry deu a volta ao contrário durante a Crazy, o Bono fez aquela história do efe-erre-à, etc., etc.. O que só prova que de facto vale a pena ver muitos concertos dos U2, não há dois concertos iguais. Foi giro que durante o concerto praticamente não choveu, começando a cair chuva no momento em que a banda estava a terminar o último tema da noite, Moment of Surrender, o que levou Bono a cantar Singing In The Rain e a sair do palco com um chapéu de chuva. O concerto acaba e mais uma vez sou dos últimos a sair do estádio. Já cá fora, fala-se um bocado, encontram-se mais umas pessoas conhecidas e, mais uma vez, lá aceitámos a boleia da Diana, que desta vez, por ter ido por outro caminho, se meteu no Hotel Astória num instante.

Depois destes 3 concertos, Paris, eles este ano só deram um concerto na capital francesa, e 2 em Coimbra, sinto um vazio enorme, digamos que até tenho passado uns dias um pouco complicados. Foram meses e meses a pensar nisto, ainda para mais os concertos deste ano praticamente não descolaram dos do ano passado, já que quando esses se realizaram, nessa altura já se sabia que os U2 eventualmente iriam regressar à Europa, nomeadamente a Portugal, no ano seguinte. E na verdade, os bilhetes para os concertos deste ano foram colocados à venda não muito tempo depois dos concertos que vi no ano passado. Agora estou a ressacar.

Com mais estes 3 concertos deste ano, são já 15 os concertos que vi dos U2, e 6 da actual Tour. Mas apesar de já ter visto os U2 por diversas vezes, a verdade é que existe em mim sempre uma enorme ansiedade em relação aos concertos da banda irlandesa, para além de os encarar de uma forma altamente profissional. Não bebo álcool nem nos dias dos concertos nem nos dias anteriores. Não faço noitadas nas noites anteriores aos concertos, gosto de não me deitar tarde na véspera para conseguir dormir umas horas. Depois, eu em qualquer altura compro sempre os jornais e as revistas todas onde venham os U2, mas vindo a banda a Portugal, digamos que são muitos os jornais e revistas que eu compro. Também tratei de comprar o DVD, que vinha com alguns jornais, chamado “U2 A Rock Crusade” e que teve uma edição especial a propósito da passagem da banda por Portugal. Trata-se de um daqueles DVDs biográficos que não trazem nada de novo, mas enfim… um gajo quer ter tudo. Como também tenho o cuidado de gravar, ou de pedir a alguém para o fazer, tudo o que dê na televisão relativo à vinda dos U2 a Portugal. Tudo isto cria alguma pressão e algum stress, mas tem de ser mesmo assim.

Juntamente com o texto, coloquei algumas das fotos que tirei nos dias dos concertos com o meu telemóvel. Como sabem, eu nem levo a máquina, nos concertos gosto de estar totalmente concentrado no espectáculo. Assim, as fotos que tiro durante os concertos dos U2, digamos que escolho um momento do espectáculo que talvez seja menos especial para mim, e tiro algumas fotos a correr, só mesmo para ficar com uma recordação do lugar onde fiquei. Em Paris e no primeiro concerto de Coimbra tirei as fotos na In A Little While, no segundo de Coimbra foi na Pride. Digamos que gasto poucos segundos para tirar as fotos durante o concerto.

Entretanto, já recebi a t-shirt alusiva ao concerto dos U2 em Paris, e estou à espera que coloquem a alusiva a Coimbra à venda na u2.com para a comprar também. Como também vou mandar vir o programa da Tour deste ano, e o calendário 2011.

Para mim, os U2 são e serão sempre os maiores!!!

26 de setembro de 2010

De volta a Paris para ver os maiores... e cumprimentar o Bono


Passei 3 dias excepcionais e inesquecíveis na cidade de Paris. Cumprimentei o Bono. Vi mais um concerto brutal dos U2. E voltei a visitar uma cidade que está entre as mais bonitas do planeta, só é pena o mau ambiente que vai pelas ruas.

Começando pelo cumprimento ao Bono, eu sabia que o vocalista dos U2 iria estar no Eliseu no dia 17 para uma reunião com o Sarkozi, Presidente Francês. Nos dias anteriores à minha partida para Paris, tive o cuidado de ir ao site da presidência francesa para confirmar a hora da reunião, ficando a saber que seria às 17h. Assim, lá vamos nós em direcção do palácio presidencial francês para tentar ver, e não só, o Bono. Quando chegámos ao Eliseu, já lá se encontrava uma pequena multidão junto ao portão principal. Juntámo-nos a eles e ali ficámos um bom bocado à espera que o Bono saísse. De repente, sai um carro com o Bono lá dentro, foi a euforia total. Mas a loucura mesmo a sério foi quando o Bono disse ao motorista para parar o carro e saiu do mesmo para vir ter com a malta que ali estava. Enfim, foi o delírio total, saltou tudo para cima do homem, o que valeu é que se encontrava ali alguma polícia. Eu só sei que também eu fui de imediato ao encontro do Bono. Inicialmente ainda tirei algumas fotos, mas a certa altura deixei de tirar fotografias e a minha prioridade era conseguir cumprimentar o Bono. Só sei que ele a certa altura vira-se para mim, também devo ter-lhe chamado a atenção porque tinha um boné e uma t-shirt dos U2, era o único da multidão que tinha coisas dos U2, eu estico-lhe o braço e ele cumprimenta-me, ficando os dois de mão dada durante algum tempo. Enfim, quem leia isto ainda pensa que sou gay lol, mas para qualquer fã dos U2, conseguir cumprimentar qualquer um dos 4 membros da banda é algo de verdadeiramente extraordinário e inesquecível. Fiquei doido e com lágrimas no canto dos olhos, enviando logo de seguida mensagens para várias pessoas a dizer o que tinha acabado de acontecer. Para mim, só por aquilo já tinha valido a pena ter ido a Paris.



Falando agora do que me levou a Paris, o concerto dos U2 no Stade de France no dia 18, o que posso dizer é que foi um dia memorável. Levantámo-nos cedo e rumámos ao Stade de France. Na Gare du Nord, encontrámos outros tugas nossos conhecidos também fãs dos U2, e fomos todos juntos de RER para o estádio. Chegámos ao Stade de France às 9h30 (hora francesa). Depois, foi o normal nestas coisas de passar horas à porta de um estádio, facilitado neste caso de Paris pelo facto de estar fresco, quando está calor, que é o que acontece quase sempre, digamos que é bem mais complicado.




Mas todas aquelas horas acabam por passar relativamente rápido, a malta vai conversando, vai comendo e o tempo vai-se passando. A abertura das portas não foi lá muito bem organizada. Em primeiro lugar, haviam uma série de portas que davam acesso à relva e, ao contrário do que acontecia em Wembley, em que as portas abriam todas exactamente ao mesmo tempo, aqui fiquei com a ideia de que houve portas a abrir antes das outras. Depois, as filas não estavam organizadas e parece-me ridículo pedir às pessoas que queriam correr para apanhar um bom lugar lá á frente que passassem com o bilhete no scanner para depois passar o torniquete. Mas conseguimos entrar bem e corremos que nem uns doidos até lá á frente, onde já estava alguma gente, por isso ficámos com a tal ideia de que as portas não tinham todas aberto ao mesmo tempo. Mas mesmo assim, conseguimos entrar para dentro da elipse e ficar na segunda fila junto à passadeira, ao lado do Edge. Era um bom lugar, com uma perspectiva bastante interessante, e o facto de estarmos junto à passadeira permitiu ver os membros da banda mesmo ao pé de nós quando por ali passavam. Para além de que quando uma das pontes do palco ficava por cima de nós, estas pontes andam de um lado para o outro durante o concerto, isso permitia ter os membros dos U2 ali mesmo por cima a uma curtíssima distância. Mas, a certa altura do concerto, no final da Crazy, mudámos de lugar, mas isso já conto mais à frente.






A primeira parte do concerto foi assegurada pelos Interpol, que também estarão em Coimbra. São uma boa banda, com boas músicas, mas falta-lhes qualquer coisa, talvez seja o facto das músicas terem todas um som muito idêntico. Depois, foi aguardar pelos maiores. Ao som de Space Oddity de David Bowie o estádio quase vem a baixo. É a música que nos informa que o concerto vai começar. Os U2 entram em palco e arrancam com Return Of The Stingray Guitar, um dos inéditos que eles têm vindo a apresentar na tour deste ano e que é sem dúvida uma forma bem poderosa de arrancar com os concertos. A seguir bem Beautiful Day, sinceramente preferia a Magnificent. Em poucos minutos, percebemos que o Bono está, como sempre, em grande forma e cheio de energia, nem parece que foi operado à coluna este ano. Aliás, toda a banda está em grande forma e a adorar estar em palco. Vivem-se ali momentos de pura magia. Para mim, os dois melhores momentos do concerto foram Get On Your Boots e Mercy, que é simplesmente arrepiante. Desde 2004 que conhecemos esta maravilhosa canção e foi verdadeiramente emocionante ouvi-la pela primeira vez ao vivo. É sem dúvida uma enorme canção. Mas, apesar destes dois pontos altos, a verdade é que os concertos dos U2 estão sempre lá em cima, não havendo pontos mortos ou quebras, aquilo é sempre magia pura do princípio ao fim.

No final da excepcional interpretação da Crazy, aconteceu algo cómico. Nessa altura, tínhamos mais uma vez por cima de nós uma das pontes do palco, e a malta que estava à nossa frente, em relação à parte principal do palco, estavam uns para um lado e outros para o outro que era para verem o que se passava por cima da ponte. Apercebemo-nos então do corredor que se criou por baixo da ponte onde não estava ninguém. Aproveitámo-nos então dessa situação para ir para a segunda fila mas junto à parte principal do palco, ficando com o Edge mesmo ali ao pé de nós. Acabámos por ter no mesmo concerto, duas perspectivas diferentes do espectáculo.


O concerto acabou, mas nós não estávamos com grande vontade de ir embora. Ficámos então ali, nomeadamente para conseguirmos umas palhetas e umas baquetas. Primeiro, fizemos sinal para o Dallas Schoo, técnico do Edge, a pedir umas palhetas. Ele virou-se para mim e apontou para um sítio onde iria atirá-las. Lá fomos então para o sítio. Ele lá foi então atirar algumas palhetas, e numa delas, antes de a lançar, ele olhou para mim e atirou-a propositadamente na minha direcção para eu a apanhar, mas aquilo é tão leve e a confusão era tanta que eu infelizmente não a consegui agarrar. Depois, ainda tentei arranjar umas baquetas do Larry, ainda pedi lá a vários tipos mas nada feito. De longe, fiz sinais para o Sam O´Sullivan, técnico do Larry, mas nada. A certa altura, tiveram de ser os seguranças a dizer que tínhamos de ir embora.

Depois, saímos do estádio e ainda nos encontrámos com algumas pessoas conhecidas no exterior do mesmo. De seguida, apanhámos o RER de regresso à Gare du Nord, que ficava perto do nosso hostel.

Destaco o excelente ambiente que encontramos sempre nos concertos dos U2, ao contrário das ruas de Paris, mas neste da capital francesa é de realçar as muitas pessoas já com alguma idade que lá estavam. Bem vistas as coisas, até eu já começo a fazer parte desse grupo.


Em relação à cidade de Paris propriamente dita, ainda deu para dar umas voltas e ver algumas coisas no primeiro e no terceiro dia, que o segundo foi dedicado totalmente ao concerto dos U2. Fomos à Place de la Concorde mais que uma vez. Depois de termos estado no Eliseu, fomos a pé daí até à Torre Eiffel, passando pelo Invalides, sem dúvida um passeio lindíssimo. Depois da Torre Eiffel, fomos até ao Trocadéro. Daí fomos de metro até ao Hard Rock Cafe para jantar, mas estava tanta gente e o tempo de espera era tão grande que acabámos por desistir e ir comer a outro lado. De seguida, fomos até ao Pigalle e ao Moulin Rouge. No terceiro dia, fomos à Sacré Coeur, Montmartre, ao Louvre, Jardin des Tuileries, onde almoçámos, Place de La Concorde, etc.






Paris é sem dúvida uma cidade lindíssima, com monumentos do mais belo que há no planeta, e todos muito bem estimados. O problema é que Paris deixou de ser uma cidade francesa para ser sei lá o quê. Basicamente, chegamos ali e não encontramos nada francês, da cultura francesa, aliás encontrar um francês naquela cidade é uma missão algo complicada. A imigração matou por completo a Paris francesa, assassinou por completo a cidade que era a capital da cultura francesa. O pior de tudo é o ambiente horrível que se encontra em grande parte dos sítios. Em algumas zonas é mesmo de fugir.

Juntamente com o texto, coloquei algumas das fotografias que tirei nestes 3 dias. Para o concerto não levei a máquina, as fotos que tirei foram com o meu telemóvel, porque, como já disse anteriormente, não gosto de ir para os concertos tirar fotografias, gosto sim de me concentrar totalmente no show e em tudo o que se está a passar. Por isso, foram poucas as fotografias que tirei durante o concerto, e até acabei por tirar mais porque como mudámos de lugar, tive o cuidado de tirar mais umas tantas do segundo lugar para ficar com uma recordação dos dois sítios onde ficámos no concerto.

Entretanto, já mandei vir da u2.com a camisola alusiva ao concerto dos U2 em Paris.

Também já comprei a revista especial U2 Glória, totalmente dedicada à banda irlandesa, como também a Blitz, da qual sou leitor desde os meus 14 anos, com o Bono na capa e muitas páginas dedicadas aos U2.

Agora, vem aí Coimbra e mais dois concertos dos U2. Parto para a cidade dos estudantes no dia 1 de manhã, vou de comboio, e regresso no dia 4 ao final do dia. No dia 2 vou para a relva e no dia 3 vou para a melhor bancada.

12 de setembro de 2010

U2 em Paris


Na próxima sexta-feira de manhã parto para Paris, para aquela que será a minha 4 ida à capital francesa, a segunda este ano. Ficarei em Paris 3 dias, regresso depois no domingo à noite. Desta vez vou a Paris com o propósito de ir ver o concerto que os U2 irão dar no Stade de France no próximo sábado. Este será o meu 13º concerto da banda irlandesa. Depois, irei a Coimbra ver os dois concertos que os U2 irão lá dar, para além de que é quase certo que os THE FLY tocarão naquela cidade no dia 1 de Outubro.

Será que os U2 vão estrear a Mercy em Paris?! Seria um sonho tornado realidade.

6 de agosto de 2010

Viagem a Londres 2010



Cheguei no passado dia 14 de Julho à noite de mais uma visita à excepcional cidade de Londres. Foram 10 dias aproveitados ao máximo, passados na capital britânica. Já fui várias vezes a Londres, mas gostando eu tanto daquilo, faço questão de lá voltar de tanto em tanto tempo, até porque encontramos sempre novidades para ver e fazer, para além de que por muitas vezes que se visite a cidade, há sempre algo por descobrir e por conhecer. Mas, apesar de ser uma cidade que apresenta sempre coisas novas, a verdade é que sempre que a visito, encontro a Londres que vi pela primeira vez em 92. Ao contrário de cá, por lá mantêm tudo, uma pessoa quando lá vai sabe o que vai encontrar, as coisas boas são para se manterem.

Um dos defeitos de Londres, pelo menos para mim, é a questão do multiculturalismo, então muçulmanos são aos montes, e que tem piorado muito nos últimos anos. Eu considero negativo, uma pessoa chegar a uma cidade tão tipicamente britânica e depois na rua fartarmo-nos de ver mulheres com a cabeça tapada. Mas, apesar de Londres ser uma cidade muito mais multicultural do que Lisboa, a verdade é que lá podemos constatar que os africanos, indianos, etc., trabalham no duro e não os vemos, como acontece por cá, na rua sem nada para fazer. Eles lá trabalham a sério e na realidade sermos atendidos por um inglês ou por um africano ou indiano é quase a mesma coisa, a simpatia e a educação estão sempre lá. Para além disso, em Londres não se vê “chungaria” em lado nenhum. Enquanto em Lisboa as ruas e os transportes públicos estão cada vez mais assustadores, por lá podemos andar à vontade por todo o lado, que vamos encontrar sempre bom ambiente.




Londres deve ser a cidade do mundo mais bem preparada para receber visitantes. É tudo muito bem organizado, com setas por todo o lado e o metro está tão bem explicado, que por vezes até cai no excesso de informação. Depois, é a forma excepcional como somos atendidos em todo o lado. No hotel, nos restaurantes, nas lojas, nos museus, nos monumentos, nos pubs, na rua, em toda a parte somos recebidos de uma forma educada e altamente profissional.




Nos 10 dias que lá estive, apanhei lá pelo meio uns dias bem quentes, como já me tinha acontecido numa das visitas anteriores à cidade. Eu gosto de Londres é sem sol e com tempo fresco, digamos que aquela cidade não combina bem com sol e calor, para além de que a mesma foi construída mais a pensar no frio do que nas altas temperaturas. O metro então nesses dias esteve um forno. Giro, e que já tinha constatado na tal visita anterior em que tinha apanhado também muito calor, é o facto de por lá grande parte dos espaços verdes não terem sistemas de rega, assim quando não chove durante algum tempo, como aconteceu agora em que nos 10 dias choveu muito pouco, então é ver a relva quase toda seca e castanha. Também interessante de se ver nos dias muito quentes é as inglesas de bikini a apanharem sol deitadas na relva. Mas felizmente que os dias muito quentes e com muito sol foram poucos, na maior parte dos dias esteve, felizmente, o típico tempo britânico.





Começando por falar nos musicais que lá vi nesta estadia, já levava de cá bilhetes para dois, mas depois lá ainda comprei para um terceiro, o Hair. O primeiro que vi foi o Thriller – Live, que é basicamente um musical de tributo ao Michael Jackson. Não há cá histórias nem coisas disfarçadas, o objectivo ali é homenagear o homem e ponto final. Apesar de não ser grande fã de Michael Jackson, a verdade é que achei simplesmente brutal o musical, com momentos verdadeiramente arrepiantes. Penso que o futuro em termos de música passa um pouco por isto, pegar em canções de uma banda ou de um cantor e depois levá-las para um palco com muita gente a cantar e a dançar. O resultado final é excepcional. Acabei então por comprar também bilhetes para o Hair, que foi o segundo musical que vi nesta minha estadia em Londres. Este musical, estreado em 1967, foi um sucesso nos anos 60. Neste caso, fui um pouco com o pé atrás, mas, na realidade, também neste fiquei com pele de galinha por mais que uma vez. Só conhecia algumas das músicas, mas este musical surpreende-nos e muito, é feito com imensa criatividade e imaginação. E, surpresas das surpresas, no final da primeira parte todos os actores e actrizes se despem em palco. No penúltimo dia fui então ver o terceiro musical desta minha estadia, tratou-se de We Will Rock You, um musical baseado nas músicas dos Queen. Já o tinha visto em 2006, mas gostei tanto dele, que tive de o ver novamente. Comparado com os outros dois musicais que vi agora, este dos Queen é de uma dimensão superior, o teatro é maior, o palco também, tem mais actores, etc., mas apesar disso não consigo dizer qual dos três gostei mais. Todos eles são feitos com um profissionalismo, um empenho e uma qualidade excepcionais. Uma coisa impressionante naquela cidade é a quantidade de peças e de musicais, que por lá estão em cena ao mesmo tempo e a verdade é que está tudo cheio e esgotado.





O que também já levava pago de cá eram duas excursões, uma a Windsor e uma outra denominada The Celebrity Tour of London. Ir a Windsor era já um desejo muito antigo. Quando fiz uma excursão pela Grã-Bretanha em 95, infelizmente não fez parte do programa ir a Windsor. Desta vez pensei, não posso deixar de ir visitar esta localidade, localizada não muito longe de Londres, e assim foi. Lá fomos numa excursão, demorando cerca de 45 minutos a lá chegar. O castelo de Windsor é lindo e de uma enorme grandeza. Para além do castelo, também a própria localidade merece uma visita, já que também ela é tipicamente britânica. Em relação à The Celebrity Tour of London, em primeiro lugar destaco o autocarro, que era sem dúvida bem fora de vulgar e que chamava a atenção de todos. Depois, é interessante ver o nome do Mourinho no meio de nomes como a Diana e o Churchill. Esta excursão inclui a visita panorâmica de diversas casas de famosos em Londres nas zonas mais caras da cidade: a casa do treinador português, a casa (dois prédios inteiros) da Madonna, e que curiosamente ficam na mesma rua dos apartamentos onde fiquei na viagem de finalistas, a casa de Kylie Minogue, o edifício onde era o Hotel no qual faleceu faleceu Jimmy Hendrix, a casa de Jimmy Page, do Paul McCartney, onde já tinha estado em 92, o pub do ex-marido da Madonna, que é um pub todo fino e rico, o cinema que aparece no Match Point, etc., etc., etc. No final, a tour incluiu uma paragem em Abbey Road. Foi a quarta vez que lá fui. Para quem gosta de música, é sem dúvida um local de culto. A excursão começou e acabou na conhecida Baker Street, e assim pude, mais uma vez, visitar a loja dedicada ao Sherlock Holmes, a Beatles Store, como também uma outra loja que abriu recentemente, dedicada ao rock no geral, chamada It’s Only Rock n’ Roll.





Como já disse atrás, uma pessoa cada vez que vai a Londres, encontra sempre novidades e coisas novas para ver e eu tive o cuidado de saber quais eram e de as ir ver. A British Music Experience, localizada na O2, foi uma delas e foi das coisas que mais gostei de ver nesta viagem. Já tinha ido anteriormente à O2, mas, na altura, esta era uma arena de espectáculos e pouco mais. Actualmente, tem também uma área comercial e então o British Music Experience, que se trata de um museu dedicado à música pop-rock, principalmente à de origem britânica, mas não só, já que também temos por lá coisas dos U2 e de outros músicos não britânicos. O museu foi inaugurado recentemente, sendo assim altamente moderno e interactivo. No final, temos uma sala patrocinada pela Gibson, onde encontramos montes de instrumentos que podemos tocar à vontade, como também gravar as coisas que tocamos e cantamos. Já estive a ouvir as coisas que gravei e se ao nível da bateria as coisas nem correram mal, na voz a qualidade não é assim tão grande quanto isso. Este museu também tem vídeos feitos com grande qualidade, um deles até nos dá a sensação de estarmos num concerto. Digamos que para quem goste de música, a British Music Experience é um autêntico paraíso. Outra novidade em Londres, e que também foi das coisas que mais gostei de fazer neste meu regresso à cidade, é o Absolut Icebar London, que é um bar feito todo em gelo, incluindo os copos. A entrada custa treze libras e meia e dá direito a um cocktail de vodka, à roupa que nos emprestam para aquecer e a 40 minutos dentro do bar, funcionando aquilo por sessões. Aguentei-me lá dentro os 40 minutos e foi sem dúvida uma experiência bem interessante. Tudo feito em gelo, um frio do caraças, e beber uma bebida num copo de gelo não é propriamente vulgar. Este bar fica localizado na Heddon Street, mesmo ao lado da famosa cabine telefónica popularizada pelo Sr. David Bowie. Outra coisa que abriu há não muito tempo em Londres e que também tive o cuidado de ir ver é a Saatchi Gallery, uma galeria dedicada à arte contemporânea, do estilo só obras dos últimos anos. Destaque para uma obra, que ocupava uma sala enorme inteira, composta por 300 colunas de aparelhagens, umas em cima das outras e acompanhadas por um piano que ia tocando umas coisas sozinho.







A juntar às coisas novas que entretanto surgiram em Londres, houve coisas que vi e fiz pela primeira vez. Aconselhado por alguém que viveu muito tempo em Londres, e que lá continua a ir uma série de vezes, fui a Canary Wharf e não me arrependi nada. Em primeiro lugar, a estação de metro é uma coisa lindíssima. Depois, o local em si é muito bonito, trata-se de uma zona moderna, composta por prédios grandes que são ocupados por escritórios de grandes empresas. O ambiente é então composto maioritariamente por yuppies. A juntar a tudo isso, ao sair da estação de metro deparei-me com três carros de Fórmula 1 da Williams. Outra coisa que nunca tinha visto era a St. Katharine Docks, que fica junto à Tower Bridge, não do lado da Tower of London, mas do outro. É sem dúvida uma zona bem interessante, sendo uma mistura de docas, canais, pontes, pubs, esplanadas, restaurantes, casas de habitação, etc. Já tinha ido várias vezes a Notting Hill, mas desta vez decidi conhecer mais a fundo, nomeadamente os pubs, esta zona tão tipicamente british. Agora quero ver se vejo o filme com o mesmo nome. Outro local onde fui pela primeira vez foi a Downing Street, nomeadamente para ver o famoso n.º 10, mas digamos que neste caso acaba por haver alguma desilusão, já que só conseguimos ver a tal entrada ao longe, a rua encontra-se completamente fechada ao público e cheia de segurança. Outro sítio que penso que nunca tinha ido e que agora tive o cuidado de ir ver foi a Carnaby Street, uma rua extremamente bonita e cheia de lojas de roupa de marcas internacionais. Também entrei pela primeira vez na Igreja que está localizada em Trafalgar Square, chamada St Martin-in-the-Fields.













Depois, fiz e vi uma série de coisas, algumas pela terceira ou quarta vez, que já tinha feito e visto nas vezes anteriores que fui a Londres. Nomeadamente:

- Ir ver o Big Ben;




- Percorrer e andar muito por todos os espaços verdes da cidade, em Hyde Park estive pela primeira vez numa fonte dedicada à Diana;






- Trafalgar Square;




- O Soho;




- Na Soho Square vi novamente a McCartney Publishing Limited, empresa de Paul McCartney;





- Toda aquela zona de Piccadilly Circus, Leicester Square, Charing Cross, Regent Street e Oxford Street;





- Entrar na Royal Academy of Arts;






- O Harrods, aquilo agora está cheio de muçulmanas com montes de dinheiro, mas giro foi ter encontrado na livraria o Freitas do Amaral;





- A Convent Garden já não ia como deve ser há algum tempo, quando lá fui em 92 vi a fundo esta zona de Londres, depois disso voltei lá esporadicamente, mas desta vez apeteceu-me voltar a ver como deve ser Convent Garden, nomeadamente o Central Market, que é sem dúvida das zonas mais interessantes de Londres, indo pela primeira vez à Royal Opera House, ao Coliseu de Londres, à St Paul’s Church, que fica num recanto lindíssimo, e ao famoso pub Lamb & Flag;




- O London Eye, onde já tinha andado uma vez, mas agora voltei a repetir a experiência, é giro que apesar do tamanho e da altura daquilo, a coisa oferece uma tal sensação de segurança que o medo é completamente nulo. Ao contrário da outra vez, agora o London Eye tem uma experiência em 4D, que fazemos antes de andar na roda gigante, que é sem dúvida excepcional. Nunca vi algo tão bem feito em 3D, ou neste caso em 4D, até porque a juntar ao filme, eles vão-nos atirando coisas para cima, como água e espuma, mesmo para termos a sensação de fazermos parte do filme;




- Depois do London Eye, explorámos e percorremos a pé toda a zona do South Bank, fomos então sempre junto ao Tamisa, passando pela Oxo Tower, que subimos até ao topo, até à Tate Modern e ao Shakespeare’s Globe. Voltei a visitar a Tate Modern, que é sem dúvida dos museus mais interessantes de Londres. Ao teatro do Shakespeare já lá tinha ido uma vez dentro, desta vez vi só por fora. Este passeio do South Bank junto ao rio é das coisas mais interessantes que Londres nos oferece, há muita coisa para ir vendo ao longo do percurso;




- Depois do South Bank, passámos para o outro lado do Tamisa na ponte pedonal que lá existe e fui, mais uma vez, à St Paul’s Cathedral;





- Fui também à Tower of London e à Tower Bridge, que vi pela primeira vez a abrir-se para passar um barco e fiquei com a ideia, de que cada vez tenho menos paciência para locais com muitos turistas;





- Fui pela terceira vez ao Imperial War Museum, que é dos meus museus preferidos de Londres;





- Também vi o render da guarda pela terceira vez, mas vale sempre a pena repetir a experiência, por lá andava um tipo com uma camisola do Sporting; subir a The Mall a pé também é obrigatório, e pelo meio ver outro render da guarda em ponto mais pequeno;





- A Camden Town, onde comprei, entre outras coisas, uns sapatos Dr. Martens, que é a minha marca preferida de botas e sapatos, mas que cada vez se encontra menos à venda em Portugal, e uma t-shirt com o símbolo dos Ghostbusters;





- A Tate Britain, já lá tinha ido quando se chamava Tate Gallery, é também um museu fundamental para se ver em Londres.




Em termos de refeições, fui aos inevitáveis Hard Rock Café, que já teve mais coisas dos U2 agora só tem um casaco usado pelo Bono no início dos anos 80, e Sticky Fingers, este propriedade de Bill Wyman, ex-baixista dos Stones. Sempre que vou a Londres faço questão de ir a estes restaurantes, e não gostasse eu tanto de música. Outro local onde faço questão de ir é ao Abeerden Steak Houses, fui jantar duas vezes ao de Piccadilly Circus. Este restaurante é especialista em carne, mas curiosamente na primeira vez até comi o típico Fish and Chips. Uma coisa que tive o cuidado de fazer desta vez, foi o de ir muito a pubs. Fomos então várias vezes e a vários, para almoçar, jantar, ou então só para beber uns copos. Alguns dos pubs a que fomos, eram tão british, que devíamos de ser os únicos não ingleses, que por lá estavam. Tive o cuidado de voltar a beber a cerveja deles chamada London Pride, mas mais uma vez a mesma não me cativou por aí além. Preferi beber a Guinness e outras, e uma cerveja que a maioria dos pubs tinha, chamada Frülli e que é belga, com sabor a morango. Mas que maravilha de cerveja!!! É muito interessante ver os ingleses a saírem do trabalho e a irem para os pubs. Com o calor que estava, muito deles iam buscar a cerveja e iam para a rua, todos a beber e na conversa. Giro é o facto deles colocarem os sacos e as malas no chão no meio deles. Aquela gente bebe que se farta, diga-se de passagem que a cerveja deles é bem mais fraca que a nossa, mas apesar disso, e de comerem muito, nomeadamente fritos, a verdade é que as mulheres mantêm os corpos sempre altamente elegantes e bem feitos. Também comi num restaurante localizado em pleno Hyde Park e que por estar onde está o torna tão especial. Outro restaurante onde também fui, foi ao Garfunkel’s, onde também se come bastante bem. Ao Starbucks também fui várias vezes, não para almoçar ou jantar mas para beber e comer qualquer coisa a meio da manhã ou da tarde.











Algo que esta viagem também teve de especial, foi o facto de ter ocorrido durante a fase final do Mundial de Futebol. Nas meias-finais já deu para assistir à festa holandesa, primeiro, mas principalmente depois à espanhola. Aquando da final, eu fui ver o jogo, enquanto jantava num restaurante do Soho, e depois de terminada a partida, a verdade é que Londres se transformou por completo numa cidade espanhola. Piccadilly mais parecia o Marquês de Pombal quando o Sporting ou o Benfica são campeões. Mas era impressionante, a quantidade de espanhóis que havia por todo o lado, por todas as ruas, carros a buzinar, uma enorme festa.




Antes de ir para Londres, tive o cuidado de perceber onde ficava o edifício da BBC, onde os U2 tocaram, numa varanda, por alturas da promoção do No Line on The Horizon. Fui para Londres, sabendo onde ficava o tal edifício e lá não tive dificuldades em encontrá-lo. Fica mesmo no topo da Regent Street, e como não havia de deixar de ser, tirei uma série de fotos.




Em relação às compras, gostaria de destacar uma loja, que deve ter aberto recentemente, localizada em Piccadilly Circus, chamada Cool Britannia, dedicada acima de tudo a artigos relacionados com a Grã-Bretanha e com Londres, mas não só, onde comprei uma série de coisas, nomeadamente 3 canecas dos U2, alusivas a 3 álbuns diferentes da banda. Só havia estas 3. Se houvessem mais, também as teria comprado. Uma é alusiva ao War, outra ao Under a Blood Red Sky e outra ao The Joshua Tree. No Sticky Fingers comprei umas boxers alusivas ao restaurante. No Hard Rock Café uma t-shirt. Em Camden Town o que referi atrás, para além de outras coisas. Numa das HMV de Oxford Street comprei um DVD raro dos Lloyd Cole and The Commotions ao vivo no início da sua carreira. Na Saatchi Gallery comprei uma t-shirt bem catita, e que aparece em duas das fotos, nomeadamente logo na primeira, que aparecem nesta mensagem. Na British Music Experience bem que quis comprar uma t-shirt que eles lá tinham com uma bateria, mas infelizmente não tinham o meu número, comprei então uma ventoinha bem gira, já que quando está a funcionar, vão acendendo uns leds vermelhos, que vão escrevendo o site do museu. Etc., etc., etc.. Enfim, isto são só algumas das coisas que comprei por lá, uma pessoa perde um bocado a cabeça naquela cidade.




Gostaria de fazer um apontamento para a mulher inglesa que, para mim, continua a estar no primeiro lugar da lista. Bonitas, elegantes e, acima de tudo, com imenso estilo.

Também em Londres se nota a crise nas vendas de CDs: a Virgin já lá não existe e uma loja de discos enorme que existia em Piccadilly Circus e que inicialmente se chamava Tower Records, e que depois também passou a ser uma Virgin, agora é uma loja de roupa. Tenho saudades acima de tudo da enorme Virgin, era a maior do mundo, que existia em Oxford Street. Mas a HMV continua em força na capital britânica, como também as lojas de discos para coleccionadores. Aproveito também para destacar as enormes livrarias e lojas de instrumentos localizadas em Charing Cross, as quais faço sempre questão de visitar.

Destaco também que, em Londres, os pacotes de açúcar têm uma quantidade bem inferior, comparada com Portugal. Os passeios londrinos que continuam num excelente estado de conservação e que, ao contrário de cá, apresentam sempre uma inclinação junto das passadeiras para facilitar a mobilidade de pessoas em cadeiras de rodas e das pessoas com malas de viagem. De referir também, a quantidade louca de câmaras de vigilância localizadas por todo o lado, no metro, no autocarro, nas ruas, etc.

Juntamente com o texto, juntei algumas das centenas e centenas de fotos, e vídeos, que tirei durante os 10 dias.

Foi sem dúvida uma viagem excepcional e inesquecível, aquela cidade não pára de me surpreender e como é óbvio é enorme o desejo de lá voltar, mas na próxima talvez seja em pleno inverno, em vésperas de Natal.