24 de julho de 2009

Os 3 concertos dos U2


Vou começar a falar mais detalhadamente da viagem de 17 dias e tal por aquilo que me levou a fazê-la, os concertos dos U2.

Ver os primeiros 3 concertos da nova tour dos U2 foi um verdadeiro sonho. Foi pena não ter dado para ir ao segundo concerto em Milão, ainda para mais sabendo depois do cancelamento do concerto dos Depeche Mode, esses patifes! Mas a verdade é que estive uma série de dias dias no estrangeiro disponível para ver concertos dos U2 e aqueles 4 dias de intervalo entre os concertos de Barcelona e os de Milão foram um verdadeiro disparate, nunca se viu tal coisa. Na realidade, eu adiei ao máximo a compra dos bilhetes para os Depeche Mode, à espera que os U2 anunciassem a sua tour e só depois organizar as minhas férias. A verdade é que a nova tour dos U2 nunca mais era anunciada e começou-se a ouvir que os bilhetes para os DM estavam quase esgotados. Decidi então comprar bilhetes para o concerto do Porto. Quando a tour dos U2 foi apresentada comecei de imediato a organizar a minha viagem e quando o segundo concerto de Milão foi anunciado, o de dia 8, eu fiz os possíveis para que desse para o ver e depois estar no dia 11 no Porto para os DM. O problema disto tudo foi o facto de no dia 9 não haver comboios entre Milão e Barcelona. Foi pena!!! Mas continuo a dizer que os intervalos nos primeiros concertos da tour foram um enorme exagero.

No domingo anterior ao primeiro concerto, decidi ir a Camp Nou ver se já estava lá alguém, estudar as portas e ver se os U2 estavam a ensaiar. Infelizmente nesse dia os U2 não ensaiaram. Pude então constatar que já lá estavam umas 6 pessoas, e verificar também a minha porta de entrada, etc.



1.º Concerto (Barcelona, Camp Nou - 30/06/2009)



Para o primeiro concerto de Barcelona, e também o primeiro da tour, tinha combinado com o João e com o Paulo às 8 da manhã em Camp Nou. Acontece que como o hostal onde eles ficaram ficava perto do estádio, eles decidiram passar por Camp Nou na segunda-feira à noite, dia 29, e puderam aperceber-se que já lá estavam entretanto algumas centenas de pessoas. Assim, depois de alguns telefonemas, lá decidimos combinar afinal o encontro para as 6 da manhã.

Em Barcelona há metro a partir das 5 da manhã e isso seria excelente para mim para me levar a Camp Nou, mas, e baseado na experiência portuguesa, digamos que estava com algum receio em ir sozinho a essa hora no metro. A verdade, e como prova da vida daquela cidade, o metro até a essa hora ia cheio de gente.

Coloquei então o telemóvel a despertar para as 4h30 da manhã, falo sempre na hora espanhola, e saí do hotel onde estava às 5 e pouco. Apanhei o metro e cheguei a Camp Nou às 5h30. A primeira foto que tirei, e que aparece no álbum com o link mais a baixo, foi tirada no momento em que cheguei ao estádio. Era de noite e por isso não ficou grande coisa. Pouco tempo depois de eu ter chegado, chegaram os camaradas de luta e fomos então para o fim da fila onde colocámos os nomes na lista, tendo eu ficado com o número 806, o que praticamente nos garantia o acesso ao interior da "elipse". Ao olharmos para a lista apercebemo-nos que o Tiago estava um pouco à frente na fila. Fiz um telefonema e encontrei-o de imediato.

Depois, foi o normal nestas situações. Sem dúvida que é preciso gostar muito de algo para se estar ali tantas horas e em condições que são tudo menos cómodas. Mas a verdade é que estas situações tornam-se inesquecíveis e ficam sempre muitas histórias e recordações para mais tarde recordar. Diga-se de passagem que a organização dos concertos em Barcelona esteve excelente. É a própria segurança que pega na lista e que tem o cuidado de fazer com que a ordem da mesma se mantenha até à abertura das portas.

Pouco tempo antes da abertura das portas, passaram por nós alguns membros da U2Portugal com quem trocámos algumas palavras. Alguns deles também foram ao inesquecível U2 Tour Bus Ibérico e por isso aproveitámos para lembrar que 4 anos depois lá estávamos nós outra vez em Camp Nou para ver os maiores. De seguida, despedimo-nos e eles lá tiveram que ir para o final da fila, que já era bem grande. Pouco depois passou a minha irmã, que também nos veio cumprimentar e que de seguida também teve de ir para o fim da fila.

Por volta das 17h, as portas abrem e foi a correria do costume. Chegámos lá à frente bem cansados e transpirados. Conseguimos um lugar muito bom, dentro da "elipse", lá mesmo à frente, muito perto da grade, mesmo à frente do Edge, mas depois ao longo do concerto fomos ficando entre o Edge e o Bono.

Depois, foi o aguardar pelos Snow Patrol, banda da qual conhecia umas 3/4 músicas. Digamos que sem ser uma grande banda, fizeram e muito bem o seu papel de aquecer o público. O vocalista é de uma enorme simpatia e as músicas ouvem-se muito bem. Os Snow Patrol fizeram a primeira parte dos 3 concertos e tocaram sempre as mesmas músicas e digamos que as fiquei conhecer relativamente bem. Notava-se também nos Snow Patrol uma certa euforia por também eles estarem a fazer parte daquela que seria a primeira vez que se veria algo verdadeiramente inovador e único.

O primeiro concerto de uma nova tour dos U2 é sempre algo muito especial e de uma enorme importância para qualquer fã. Lembro-me de ficar sempre com uma ansiedade incrível cada vez que os U2 iniciavam uma nova tour, saber a set-list, como era o palco, como as coisas funcionavam, etc., mas desta vez eu estava lá e podia ver tudo em primeira mão.

Por volta das 22h, os U2 sobem ao palco e desde logo se notou que o Bono se atirou de cabeça. O homem estava mesmo imparável. Como já tinha referido, apesar dos vários erros que a banda cometeu ao longo do primeiro concerto, este foi muito mas mesmo muito especial. Era o primeiro e depois porque apesar de já se saber algumas coisas, a verdade é que era a primeira vez que estava a ver aquilo tudo. As surpresas foram muitas. O concerto foi esmagador. A versão remix da Crazy é daqueles momentos que só mesmo os U2 conseguem criar. Os regressos de The Unforgettable Fire e Ultraviolet são de arrepiar. As músicas da Bomba, City e Vertigo, resultaram muitíssimo bem. Enfim, foram 2 horas e um quarto, mais ou menos, de pura magia. No encore, o Bono ressentiu-se do excessivo esforço dispendido ao longo do concerto e teve algumas dificuldades nomeadamente em cantar as músicas, faltava-lhe força vocal.

Quando o concerto acabou, eu estava verdadeiramente eufórico, nem consigo descrever o estado em que estava. A verdade é que tinha acabado de assistir ao primeiro concerto da nova tour dos U2 e este tinha sido do caraças, a provar que a banda continua a adorar aquilo que faz e numa excepcional forma.

Um pouco depois do concerto acabar, lá começámos a andar e a dirigimo-nos para a saída. Mas a certa altura, ainda dentro do estádio, pedi ao João e ao Paulo para esperarem um pouco por mim enquanto eu ia buscar a minha irmã que tinha visto o concerto encostada à mixing desk, e que durante o concerto teve sempre atrás dela os familiares e amigos dos membros dos U2, nomeadamente o irmão do Bono, os seus filhos, a mulher do Edge, etc. Destes 3 concertos dos U2, a minha irmã foi só a este, e também ela ficou completamente eufórica com o que tinha visto. Quando regressava com a minha irmã ao reencontro do João e do Paulo, encontrei novamente um fã conhecido, que também estava eufórico. Quando chegámos ao pé do João e do Paulo, já o Tiago estava com eles. Depois lá saímos do estádio, completamente loucos com aquilo que tínhamos acabado de presenciar.

A certa altura perdemos o Tiago, e pouco depois despedi-me do João e do Paulo. Eu e a minha irmã lá fomos a pé para o hotel. Barcelona tem o defeito de o metro fechar cedo e para apanhar um táxi à noite é difícil como tudo, algo que eu já me tinha apercebido no concerto de 2005.



2.º Concerto (Barcelona, Camp Nou - 02/07/2009)



No segundo concerto fomos para a bancada e para tal tínhamos comprado os bilhetes mais caros.

Para a manhã desse dia, tínhamos combinado encontrarmo-nos às 10 da manhã na Praça de Espanha, que era para ir-mos ao Museu do Rock ver uma suposta exposição sobre os U2. Depois de alguma procura, perguntámos a uma pessoa que nos disse que o Museu do Rock ainda estava a ser construído e que só abriria em 2012. Alugámos então 15 minutos de internet num Ciber para tentar então perceber onde era a exposição. Descobrimos que a mesma ficava fora de Barcelona e que era extremamente pobre de conteúdo e por isso decidimos não ir.

Apesar de termos lugares marcados, a verdade é que fomos para Camp Nou logo a seguir ao almoço. Quando chegámos ao estádio ainda faltavam umas horas para a abertura das portas, por isso fomos até à loja do Barcelona, que é grande como tudo, e ver o ambiente em redor do estádio, nomeadamente a fila para a relva, na qual tínhamos estado uma porrada de horas no dia 30.

Algum tempo antes da abertura, fomos então para a nossa porta. Como ainda faltava um pouco, sentámo-nos numa sombra mesmo ao lado. A certa altura há um grupo que se vem sentar ao pé de nós, o giro é que também eles eram portugueses, mais precisamente da Figueira da Foz. Mete-mos conversa com eles e tivemos um bocado na palheta, aproveitando eu para fazer alguma publicidade aos The Fly lol.

Pouco tempo antes da abertura das portas, lá fomos nós para junto dela, e isto com lugares marcados lol. Às 17 horas as portas abriram e lá fomos nós, desta vez a andar e não a correr. Aproveitámos este dia mais descansado em que fomos para a bancada, para irmos ao merchandising oficial comprar alguma coisa. Eu comprei uma t-shirt oficial da tour, que foi esta aqui.

De seguida, fomos então à descoberta dos nossos lugares no estádio, que eram sem dúvida muito bons. Depois de termos estado lá mesmo à frente no dia 30, iríamos ter agora uma perspectiva bem diferente do espectáculo. E neste show há coisas que só se vêem da bancada.

Quando entrámos na bancada, a mesma estava completamente deserta, como quase todas as bancadas do estádio. Aproveitámos então para ver o estádio e o palco de diferentes perspectivas.

Depois, lá vieram os Snow Patrol e de seguida os maiores. Nesta segunda noite, houve algumas surpresas no alinhamento, nomeadamente a Electrical Storm, que nunca tinha sido tocada ao vivo anteriormente. Comparado com o primeiro concerto, este correu melhor e notou-se da parte do Bono um cuidado em gerir as energias de outra forma para assim se aguentar melhor durante todo o concerto.

Depois do concerto, regresso ao hotel. Tinha a minha irmã à espera na porta por onde nós tínhamos entrado, isto para não estar a ir sozinho a pé para o hotel, e a distância ainda era alguma. Enquanto esperava por mim, a minha irmã teve a oportunidade de ver a passar os carros e as carrinhas onde iam os U2, e respectivas famílias, depois de terem dado mais um excepcional concerto.


3.º Concerto (Milão, San Siro - 07/07/2009)



Em Milão, o grupo era maior do que em Barcelona. Encontrámo-nos todos na véspera do concerto a seguir ao almoço, e nesse dia à noite, depois do jantar, fomos até San Siro para ver como estava o ambiente, se estava lá muita gente, o que não era o caso, estudar as portas, etc.

Combinámos então o encontro para o dia seguinte, dia do concerto, às 8 da manhã no hotel onde eles estavam, que por coincidência ficava perto do meu. Coloquei então o meu telemóvel a despertar para as 6h15 da manhã. Quando ele despertou, levantei-me de imediato e fui à janela para ver como estava o tempo, e qual foi o meu espanto quando vejo que estava a chover torrencialmente, um temporal de todo o tamanho. Mas como tinha combinado com eles e como se tratava de um concerto dos U2, quis lá saber, apesar do temporal fui então arranjar-me e fazer tudo normalmente para estar no hotel deles às oito da manhã. Eles depois até gozaram comigo por eu ter visto que estava um temporal, e apesar disso querer ir à mesma para o estádio àquela hora. A certa altura fui tomar o pequeno-almoço, e o temporal não parava, e é então que eles me começam a enviar mensagens a dizer que assim com aquele tempo era complicado ir para o estádio. A certa altura liguei-lhes a eles e eles depois a mim, e ficou definido que eu iria para o quarto e que eles depois me ligariam quando tivessem decidido o que fazer, enfim eles estavam espalhados por vários quartos e tornava-se complicado tomarem uma decisão final. Fui para o quarto e ainda passei pelas brasas enquanto esperava pelo telefonema deles. Mas estive pouco tempo no quarto, pouco tempo depois ligaram-me e disseram-me que o combinado era eu ir ter com eles, para depois irmos até ao centro da cidade comprar umas capas para a chuva. E assim foi, num instante meti-me no hotel deles e fomos então de eléctrico, sem pagar bilhete, até ao centro. Entretanto parou de chover. A ideia era ir a uma loja específica comprar então as capas, mas a mesma estava fechada e o segurança que estava à porta não soube dizer o porquê de estar fechada e quando abriria, em Milão tudo é possível. Demos mais uma volta ou outra à procura de capas e nada. Decidimos então ir para o estádio, apanhámos o metro e chegámos a San Siro por volta das 11 da manhã. Fomos de imediato para a fila e apercebi-me logo que em termos de organização aquele concerto estava a anos luz dos de Barcelona. Impressionante a quantidade de pessoas a venderem coisas em redor do estádio. Os candongueiros então eram aos montes e nem disfarçavam o que estavam a fazer. Giro foi o facto de estarem a vender capas no estádio. Apesar da chuva já ter parado há uma série de tempo, o dia até ficou quente, acabámos por comprar à mesma as capas, que depois não chegámos a usar.

Depois, o costume, algumas horas à espera da abertura das portas, que acabam por passar com alguma rapidez derivado da boa disposição e da galhofa constante entre a malta.

Um pouco antes das 16h, dá-se então a abertura das portas. Eu como me despachei rápido na passagem pela primeira porta, depois até tive de aguardar um pouco pelos restantes membros do grupo. Foi então a correria do costume e depois de alguma indecisão em relação ao lugar onde ficar, acabámos por decidir ficar junto da passadeira, do lado de fora de elipse, muito próximos da grade.

Acabei por ter então 3 perspectivas bem diferentes do espectáculo. No primeiro concerto de Barcelona fiquei lá mesmo à frente dentro da elipse, no segundo fui para a bancada, e no terceiro fiquei junto à passadeira, do lado de fora da elipse. Vi assim os 3 concertos de pontos distintos.

Dentro do estádio, também muita gente a vender coisas, nomeadamente umas miúdas de calções curtos a venderem tabaco.

Os Snow Patrol mais uma vez cumpriram muito bem a sua missão de aquecer o público presente.

O concerto dos U2 em Milão foi também ele extraordinário, estes irlandeses encaram todos os seus concertos como se de uma final de um mundial de futebol se tratasse. Novidades em termos de set-list, tivemos a Stand By Me no final da I Still Haven't Found. Na Party Girl em vez de ser uma aniversariante desconhecida a subir ao palco, como aconteceu no segundo concerto de Barcelona, tivemos a filha mais nova do Bono, a Eve Hewson, talvez um pouco gordita mas com um estilo do caraças. A One foi dedicada a Berlusconi, o que demonstra toda a imparcialidade de Bono relativamente à luta que leva a cabo em relação a África.

Tal como num dos concertos da Vertigo Tour em Milão, em que os U2 foram brindados com uma coreografia feita na bancada, nessa altura durante a Sometimes, agora foi a vez dela se realizar durante a Unknown Caller. Sem dúvida um momento bem arrepiante.

A certa altura do concerto, ainda caiu alguma chuva, mas ninguém vestiu as capas, o que tornou a coisa ainda mais mágica. Giro foi ver o Dallas Schoo com a preocupação de colocar de imediato um plástico a proteger os amplificadores do Edge.

Depois do concerto, a euforia do costume. Um concerto dos U2 deixa sempre um tipo completamente louco. Dirigimo-nos para a saída e já cá fora bebemos umas cervejolas e brindámos à melhor banda do mundo.

O regresso ao hotel foi feito sempre com o espírito de galhofa e de boa disposição presente. Quando chegámos ao cruzamento em que eu ia para o meu hotel e eles para o deles, despedimo-nos com emoção.


Foram sem dúvida 3 excepcionais concertos, como só os U2 sabem fazer. Depois da semi desilusão que foi o álbum No Line On The Horizon, estes concertos vieram demonstrar que a banda continua numa forma do caraças e a surpreender tudo e todos. Apesar da idade e do currículo que já têm, a verdade é que os seus concertos continuam a ser verdadeiramente inovadores e diferentes de tudo o resto.

Com estes 3 concertos, já vi 12 concertos dos U2 no total. Apesar disso, continuam a ser momentos de alguma tensão para mim, enervando-me sempre e encarando a coisa de uma forma altamente profissional, preocupando-me em deitar-me cedo na noite anterior e em não beber álcool ao longo do dia do concerto. Encaro os concertos dos U2 como sendo momentos muito especiais e por isso todo este "profissionalismo".

Se há coisa que me faz alguma confusão, são aquelas pessoas que vão para os concertos tirar montes de fotografias e que passam o mesmo a tirar fotos e a fazer vídeos. Eu num concerto dos U2 gosto de estar à vontade e não ter a preocupação das fotos. Por isso, nem levei a máquina para os concertos, levei o telemóvel, como é óbvio, que tem uma máquina bem catita, e já que o tinha aproveitei para tirar algumas fotos ao longo desses três dias mais numa de recordação. As fotos tiradas durante os concertos propriamente ditos não ficaram grande coisa, mas até estão jeitosas. Nunca usei o zoom. A primeira foto foi tirada no exacto momento em que cheguei a Camp Nou para o primeiro concerto, ainda era noite cerrada. Depois das fotos de cada um dos concertos de Barcelona, surgem umas fotos minhas e da minha irmã, que foram tiradas depois de termos vindo a pé de Camp Nou, numas esplanadas que existiam à frente do nosso hotel. Depois do cansaço e do stress dos concertos, e de toda a caminhada até ao hotel, sabia bem sentar um pouco na esplanada e beber e comer qualquer coisa. Podem ver as fotos aqui.

O Paulo, que viu os 3 concertos comigo, fez uns vídeos 5 estrelas durante os concertos, só do concerto de Milão de dia 7 é que não fez nenhum. Podem vê-los aqui. Na mesma página do Paulo, podem ver também vídeos dos concertos de Barcelona, San Sebastian e Madrid de 2005, nos quais também estava com ele.

14 de julho de 2009

Que grande viagem!!!


Cheguei domingo passado à noite da aventura de 17 dias e tal que me levou a 3 concertos dos U2, a conhecer a fundo Barcelona, e Figueres, a ir pela primeira vez a Milão, a voltar, por breves horas, a Madrid, e a ir mais uma vez ao Porto. Correu tudo às mil maravilhas, tirando o cancelamento do concerto dos Depeche Mode. Foram sem dúvida dias extraordinários e inesquecíveis.

Estou cansado, para além dos concertos dos U2 aproveitámos o tempo ao máximo para fazer turismo, visitando e conhecendo muita coisa.

Os 3 concertos dos U2 foram excelentes e fantásticos. A banda continua em grande forma e a gostar muito de estar em cima do palco. Depois, o palco e o conceito da nova tour são altamente inovadores. Dos 3 concertos, o meu preferido foi o primeiro, apesar de alguns enganos da parte da banda. A verdade é que nesse concerto, todos sentíamos que estávamos a ter o privilégio de sermos os primeiros a ver ao vivo um espectáculo, que é altamente inovador e diferente de tudo o resto. Para além de que, apesar de se ter uma ideia das músicas que os U2 iriam tocar e da set-list, e das fotos e vídeos do palco, a verdade é que havia muita coisa que não sabíamos e que assim nos surpreendeu e muito. Neste primeiro concerto o Bono atirou-se de cabeça e por isso chegou às últimas músicas algo cansado e com dificuldades para cantar. Talvez por isso, nos 2 concertos seguintes, se tenha controlado um pouco. Os 3 concertos estiveram todos ao mesmo nível, mas de facto o primeiro foi especial pelas razões que referi atrás. De louvar são o regresso de músicas como a The Unforgettable Fire e a Ultraviolet. Mas, para mim, o grande momento do concerto é o remix da Crazy, com o Larry a tocar jambé. Os U2 são sem dúvida os maiores e os seus concertos continuam a ser momentos de pura magia.

Também inesquecível foi o momento que vivi no dia a seguir ao concerto de Milão, quando vi os U2 a saírem do hotel onde estavam hospedados nessa cidade.

Já tinha estado em Barcelona em 2005, também para ver os U2, mas desta vez fiquei a conhecer a cidade a fundo. Não parei um segundo e vi e visitei uma porrada de coisas. Barcelona convenceu-me plenamente, é uma cidade incrível, com um pouco de tudo. É impressionante a quantidade de gente que se encontra em todo o lado, a qualquer hora do dia. A única coisa chata é mesmo o calor... 24 horas por dia.

Num dos dias em que estive em Barcelona, fui a Figueres, terra onde nasceu o artista Dalí e que merece sem dúvida uma visita.

Ao contrário de Barcelona, Milão desiludiu-me. Se a cidade catalã é organizada a todos os níveis, a cidade italiana é o caos, onde a desorganização impera, como também os carros em cima dos passeios, as passadeiras que não estão lá a fazer nada, etc. Depois há situações cómicas, como os sinais para os peões serem muitas vezes iguais aos dos carros. O de muita gente fumar e depois não haver tabaco à venda em lado nenhum. As estações do eléctrico que não têm qualquer protecção do sol/chuva. O metro que não tem indicações e não nos informa da estação seguinte. Sendo o expoente máximo de tudo aquilo, a sala de espera da estação de comboios de Milão, escura, feia, com os ecrãs desligados e cheios de caca de pombo.

A viagem de Milão para o Porto foi de loucos... e uma bela estafa. Em Madrid, como tivemos algumas horas de intervalo entre um comboio e outro, aproveitámos para ir até ao centro da cidade.

No dia em que chegámos ao Porto, soubemos do cancelamento do concerto dos Depeche Mode, algo que me deixou muito irritado. Se não tivesse sido esse concerto, tinha visto o segundo concerto dos U2 em Milão. Digamos que diversas circunstâncias fizeram com que fosse impossível ver os dois concertos dos U2 em Milão e depois estar no Porto no dia 11. De qualquer forma, aproveitámos a estadia no Porto da melhor forma possível.

Bom, mas agora preciso descansar de tudo isto, por isso vou para o interior do país passar uns dias de repouso. Quando voltar falarei novamente desta viagem, mas de uma forma mais detalhada.

U2 Sempre!!!