6 de outubro de 2007

Fica atento aos comunas

Se há coisa que eu tenho de criticar ao Salazar e ao Marcello Caetano, é o facto de não terem conseguido limpar de vez o comunismo de Portugal. Prenderam alguns, mas na realidade o PCP, fundado ainda durante a I República, continuou a desenvolver actividades e a divulgar a sua mensagem durante todo o período do Estado Novo.

Cada vez se percebe mais que o regime anterior ao 25 de Abril ruiu a partir de dentro, ele estava podre e por isso foi com alguma facilidade que ele morreu. E porque é que o Estado Novo se encontrava naquele estado?! Claro que não foi a única razão, mas uma delas, e talvez a mais importante, foi o facto de muitos membros do PCP se terem infiltrado dentro do regime de então. Na própria PIDE, nas Forças Armadas, em todo o lado os comunistas foram-se infiltrando e assim destabilizando e destruindo o regime a partir de dentro. Mas o que é preciso realçar, é que enquanto para Salazar a prioridade era sempre Portugal, para os comunistas o objectivo sempre foi colocar as nações ao seu serviço. Em Portugal, o objectivo dos comunistas nunca foi o de fazer com que o País passasse a ser um país democrático, nunca foi que houvesse liberdade e pluripartidarismo em Portugal. O seu único objectivo era o de ter em Portugal um regime comunista, apoiado pela União Soviética. Aliás, tudo o que o PCP fez durante o Estado Novo, foi sempre com o apoio da então denominada URSS. Assim, o 25 de Abril quando se deu, foi muito em resultado dos muitos comunistas que estavam infiltrados, por isso não houve praticamente reacção da parte do regime que então foi derrubado.

Depois do 25 de Abril, os comunistas, que estavam muito bem organizados, já que se mantiveram sempre activos, e muito, durante a II República, tomaram conta do país e ainda hoje isso é bastante notório, apesar do PCP nunca ter ganho nenhumas eleições legislativas, e é para mim a principal razão do atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. Para além de durante algum tempo terem tomado de facto conta do país e de terem corrido com todos os empresários, que é quem cria emprego, a verdade é que os comunistas tomaram de assalto toda a função pública, sindicatos, comunicação social e também a própria mentalidade dominante do pós 25 de Abril. Hoje, Portugal ainda é dominado por essa gentalha que está por todo o lado.

Desde o 25 de Abril, vivemos neste suposto regime democrático, mas que na verdade não o é, pelo menos por enquanto. Para aqueles que fizeram o 25 de Abril e que o comemoram todos os anos, gritando de boca cheia coisas como "viva o 25 de Abril" "viva a democracia" "viva a liberdade", a verdade é que para essa gente o 25 de Abril não foi na realidade uma revolução democrática, foi sim o dia em que o país passou a viver sob um regime de esquerda, em que Portugal passou a ser dominado, em todos os aspectos, pela esquerda. Isto a mim parece-me óbvio e nota-se no dia-a-dia por todo o lado. Esses tipos, eles sim uns verdadeiros intolerantes e nada democratas, só aceitam quem é de esquerda, os outros são todos fascistas, intolerantes, ditadores, etc.. Para eles só há tolerância desde que se seja de esquerda, porque quem não for é logo discriminado. Isto é real e passa-se em todo o lado. A esquerda sente-se dona do país e, acima de tudo, da razão e da verdade e o que é preciso que essa gente saiba é que na democracia ninguém é dono da verdade.

Bom, mas andar a berrar pelas ruas "viva a democracia" e mais o raio que o parta não vale de nada. O que realmente interessa é o que as pessoas são na prática. Por experiência própria, sei muito bem o que essa esquerda 25 de Abril é na realidade. É na verdade altamente intolerante, arrogante, com a mania que eles é que sabem tudo e que estão sempre certos, vaidosa, autoritária e altamente elitista, e depois ainda se dizem amigos dos pobrezinhos, dos coitadinhos e dos imigrantes. Quem não alinha neste grupo de gente que tomou conta do país com o 25 de Abril, é logo catalogada por estes como sendo gente altamente antiquada, autoritária, o muito utilizado fascista, anti-democrática, etc.. Mas na realidade é tudo ao contrário. Podemos provar isso com o melhor programa da televisão portuguesa da actualidade, que se chama "Vai Tudo Abaixo". Neste, o excepcional Jel meteu-se na altura da campanha eleitoral para as eleições intercalares em Lisboa, com diversos candidatos que não são de esquerda e o que aconteceu é que todos eles reagiram de uma forma simpática e positiva. Até posso destacar o fadista monárquico, que para a esquerda é um fascista antiquado, Gonçalo da Câmara Pereira, que quando Jel e companhia se meteu com ele, o fadista reagiu de uma forma excepcional, amigável, brincalhona e até cantou com eles uma das músicas da "Marcha do Cavalo". Pois é, mas quando o Jel e o seu irmão foram recentemente à Festa do Avante, a tal que comemora os valores da democracia e da liberdade, aconteceu isto (a partir deste vídeo podem ver outros relacionados com o mesmo assunto):





Palavras para quê, acho que contra factos não há argumentos.

Eu, já há algum tempo que não faço parte de qualquer partido, mas se há coisa que eu sou é anti-esquerda trauliteira que falsamente se intitula como tolerante e democrata. Tudo falso, não se deixem enganar, essa gente não vale nada.

1 comentário:

Rufferto disse...

Excelente post! O comunismo já matou milhões de pessoas, mas para alguns menos inteligentes (tipo Jorge Máximo) ainda é um ideal a seguir. O Jel teve muita coragem em pôr-se mesmo na boca do lobo, a julgar pelas imagens não deve ter faltado muito para levar porrada a sério. E o giro, por assim dizer, é que nos comentários ao vídeo há alguns comunas que, imbuídos desse espírito democrata que os caracteriza, defendem que a culpa do que aconteceu foi do Jel por lá ter ousado ir, e que se alguém o tivesse espancado a coisa seria justificada. É este tipo de pessoas que depois ainda tem lata para chamar fascista aos outros...