7 de junho de 2012

Passeio de fim-de-ano da UTIL 2012

Depois de Mérida, Norte de Portugal/Galiza, Porto/Cruzeiro Porto-Régua-Porto, Paris e Praga, o passeio de fim-de-ano deste ano da UTIL decorreu de 22 a 24 de Maio e teve como destino: Ferreirim, Lamego, Peso da Régua, Casa de Mateus, Mirandela, Murça, Vila Real, Museu do Douro, Cruzeiro Régua-Pinhão-Régua e Quinta Produtora de Vinhos no Pinhão.

No dia 22 de Maio, bastante cedo, saímos de Lisboa em direcção a Lamego. Mas, antes, fizemos uma paragem em Ferreirim para visitar o Convento de Santo António de Ferreirim. Logo aí, chamou-nos a atenção o verde, as flores a as árvores lindíssimas que se viam por todo o lado. Sem dúvida que uma das características daquela zona são as maravilhosas paisagens e vistas que vamos encontrando.


Depois de Ferreirim, rumámos então em direcção a Lamego, cidade à qual já não ia há muito tempo. Fiquei bastante bem impressionado com o meu regresso a Lamego. A cidade é de facto muito bonita, com os jardins muito bem tratados e estimados, e até as rotundas se destacam pela sua beleza, num país caracterizado pelas muitas rotundas, quase todas horrorosas. Chegados a Lamego, fomos almoçar ao Restaurante Novo, localizado mesmo em frente à Sé, onde se comeu muito bem, mas gostaria de destacar a excepcional bola. Eu que nem sou grande apreciador, digamos que ainda comi algumas fatias de bola, aquilo era mesmo bom, até se derretia na boca. Depois do almoço, visitámos a Sé Catedral, a Câmara Municipal, o Castelo, a Igreja de Santa Maria de Almacave, a Igreja das Chagas, a Igreja de São Francisco, a Fonte de Lamego, o Jardim da República, etc. Por fim, fomos ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, ex-libris da cidade, e de seguida eu e a quase totalidade do grupo descemos os 686 degraus do escadório de Nossa Senhora dos Remédios. Ainda são muitos degraus, mas o que nos acompanha na descida é tão bonito que a mesma se faz com um enorme prazer.


Depois da descida do escadório, o autocarro apanhou-nos em baixo e fomos então para o Peso da Régua, onde iríamos pernoitar as duas noites no Hotel Régua Douro, um hotel construído mesmo junto ao Douro e com uma vista maravilhosa sobre o mesmo. Jantar no hotel e de seguida um passeio a pé até ao cais da Régua e regresso ao hotel.

No segundo dia, partida da Régua em direcção à Casa de Mateus, localizada perto de Vila Real. É sem dúvida um espaço lindíssimo. Visita guiada do interior da casa e dos jardins, baseados nos jardins do Palácio de Versalhes. No final, comprei alguns frascos da famosa compota que é lá produzida.


Depois da Casa de Mateus, rumámos a Mirandela, onde em primeiro lugar almoçámos no Restaurante Távora, que tinha uma bela vista para a cidade, nomeadamente para o Rio Tua. Sem dúvida que cidades com um rio a passar pelo meio acabam por ter outra beleza. No almoço, destaco as entradas, com a bela da alheira de Mirandela, a linguiça, o presunto e o queijo, e depois a posta à mirandesa que foi de comer e chorar por mais.


A seguir ao almoço, visitámos a Igreja Matriz, os Paços do Concelho, passámos para a outra margem do Rio Tua onde visitámos o Santuário de Nossa Senhora do Amparo, etc.


Depois de Mirandela, partimos rumo a Murça onde visitámos a célebre Porca de Murça, a zona histórica da vila, etc.


A seguir, partimos para Vila Real onde pudemos desfrutar e ver os principais pontos de interesse desta cidade, com destaque para a Sé Catedral, Igreja dos Clérigos, a casa onde nasceu Diogo Cão e o passadiço, que proporciona extraordinárias vistas.


Digamos que Vila Real deixa um pouco a desejar, já que se trata de uma capital de distrito. Uma das coisas que estas localidades têm de curioso para quem vem de Lisboa é parecer que recuámos uns bons anos no tempo. É giro ver tipos de lojas que em Lisboa já não existem há muito tempo. Regresso à Régua e ao hotel. Jantar e novo passeio para ajudar à digestão, desta feita à estação de comboios e ao Restaurante/Bar Castas e Pratos.

O terceiro e último dia do passeio arrancou com a visita ao Museu do Douro, localizado relativamente perto do hotel. No final, ainda deu para eu fazer algumas compras na loja do Museu. Depois da visita, fomos para o Cais da Régua, onde apanhámos o barco da Douro Azul que nos iria então levar no cruzeiro Régua-Pinhão-Régua. Como disse no início da mensagem, já tinha feito com a UTIL um cruzeiro no Douro, também com a Douro Azul, em 2009, mas dessa vez tinha sido entre o Porto/Vila Nova de Gaia e a Régua, ida de barco e regresso de comboio. Desta vez, digamos que iria ser uma espécie de continuação desse cruzeiro. Partimos então da Régua em direcção ao Pinhão.


O barco desta vez era mais pequeno, mas para compensar era quase todo do nosso grupo, era-mos nós mais uns 6 ou 7 franceses. Pouco depois de arrancar, foi servido vinho e uns salgados. A Douro Azul é sem dúvida um empresa que explora da melhor forma a beleza e o potencial do Douro.


O giro nestes passeios pelo Douro é também quando temos de passar por uma barragem. No cruzeiro de 2009 tínhamos passado por duas. Desta vez foi por uma, a Barragem de Bagaúste, com um desnível de 27 metros. Havendo um desnível entre um lado e o outro da barragem, basicamente o que se passa é que o barco entra num "poço", onde quando se olha para cima a coisa mete algum respeito. O barco entra então no "poço", fechando-se a comporta que está por trás. Nessa altura, o "poço" começa a encher-se de água até o barco ficar ao nível da parte superior da barragem. É então que a comporta da frente se abre e o barco segue o seu caminho.


Pouco depois de passarmos pela barragem foi servido o almoço, acompanhado pelas extraordinárias paisagens oferecidas pelo Douro.

Chegada ao Pinhão e desembarque para visita a uma Quinta Produtora de Vinhos desta localidade, com o nome de Quinta da Foz. Pudemos então fazer uma prova de vinhos e visitar toda a quinta. No final, ainda comprei uma garrafa de vinho lá produzido.


De seguida, embarque e regresso à Régua. Agora na Barragem de Bagaúste, em vez de subirmos no "poço", descemos, algo que fiz pela primeira vez nas barragens do Douro, já que em 2009 também subimos nas duas barragens pelas quais passámos. O processo de descer não é muito diferente do de subir, a única diferença é que em vez de se encher o "poço" com água, esvazia-se até o barco ficar ao nível da parte inferior da barragem. Regresso ao Cais da Régua, onde apanhámos o autocarro de regresso a Lisboa. Pelo meio ainda parámos numa estação de serviço onde comi a bela da sandes de leitão.

Foram sem dúvida 3 dias muito bem passados. O tempo esteve óptimo, o grupo foi extraordinário e o guia e o motorista 5 estrelas. É uma zona onde se come e se bebe muito bem, o vinho é do melhor. Destaque também para as cerejas, talvez a minha fruta de eleição, servidas quase sempre no final das refeições, juntamente com as sobremesas. As pessoas são muito simpáticas e recebem os de fora da melhor forma. É sem dúvida uma zona lindíssima de Portugal, que merece ser conhecida por todos os portugueses e estrangeiros. E a companhia que tive nos 3 dias foi do melhor. Obrigado a todos eles!!!