27 de abril de 2008

Grande Júlio... amigos para sempre!!!






Recentemente, aconteceram-me duas coisas, relacionadas com meus amigos de infância e juventude da Quinta do Lambert, que me deixaram um pouco emocionado. A primeira ocorreu em Setembro, como aliás mencionei na altura aqui no blog. Enquanto estava no trabalho telefona-me a minha mãe a dizer que o meu amigo Rodrigo brasileiro se encontrava em minha casa. É impressionante pensar que ele ao vir a Lisboa, lembrou-se de mim e de vir a minha casa para me visitar. A segunda ocorreu esta semana e para além de, por um lado, me ter dado algum orgulho, por outro deixou-me um pouco de rastos porque teve um lado muito trágico.

Na terça-feira ao chegar a casa depois do trabalho, a minha mãe vira-se para mim e diz-me que tinha estado aqui em casa a mãe do Júlio e que este tinha morrido há dois anos atrás. O Júlio foi um dos meus melhores amigos de infância e juventude. Viveu na Quinta do Lambert durante muitos anos, depois foi morar para Loures. Quando foi para Loures, nos primeiros tempos ainda mantivemos o contacto, mas depois aos poucos fomos-nos afastando. O facto de na altura não haver telemóvel nem Internet, também ajudou ao afastamento, hoje seria diferente. O Júlio, para além de ter sido um enorme amigo, era uma pessoa que marcava, era mesmo muito à frente, um grande artista. A pintura enorme dos U2 que eu tenho no meu quarto foi feita por ele e por isso coloco aqui quatro fotos, das muitas fotografias e vídeos que já fiz à pintura, da mesma. Foi com ele, com a mãe dele e com a minha irmã que fui ver o filme Rattle and Hum dos U2 ao Tivoli, algo que referi na anterior mensagem publicada. Foi com o Júlio e com outros que fui aos The Cure em Alvalade em 1989, que também referi recentemente. Nunca me esquecerei da imagem dos dois no Cinema São Jorge a ver "Aonde É Que Pára a Polícia" deitados no chão de tanto rir. Nunca me vou esquecer da semana de férias que passámos sozinhos na Quarteira, ambos com 16 anos, na qual numa das noites fomos, de camioneta, à discoteca Kadoc, aberta muito pouco tempo antes. Foi uma semana de loucos!!! Foi ele o vocalista da minha primeira banda, os The Flats, formada quando eu tinha 15 anos. Levei-o algumas vezes comigo para a Juventude Leonina. Enfim, tudo isto são só alguns exemplos das inúmeras coisas que fiz com essa pessoa que soube agora ter falecido, faz em Maio dois anos, de uma forma trágica e que prova que de um momento para o outro tudo pode acabar.

Mas voltando à mãe do Júlio, aproveitando o facto de ter vindo a uma clínica da Quinta do Lambert marcar uma consulta, lembrou-se de descobrir a minha casa para me visitar, só cá tinha vindo uma vez. Depois de ter perguntado na papelaria de baixo e na porteira pelo andar onde eu moro, lá conseguiu encontrar a casa onde o Júlio tinha estado tantas vezes. Não me apanhou a mim porque estava a trabalhar, mas com a minha mãe conversou umas 3 horas, só tinham estado juntas uma única vez já há montes de anos, onde abordou e mostrou toda a tristeza pela perda de um filho. E não se esqueceu de perguntar se eu ainda era fã dos U2.

Não falava com o Júlio há muitos anos. Mas apesar de há muito tempo não falar com ele, a verdade é que continuávamos a ser amigos. Faz-me uma confusão incrível lembrar-me das coisas que fizemos e pensar que essa pessoa hoje já não existe e que está reduzida a cinzas espalhadas pelo mar. De vez em quando lembrava-me do Júlio, recentemente até fui ao HI5 ver se o encontrava, mas nestes dias veio-me à memória todas as loucuras e momentos inesquecíveis que passámos juntos. Até tenho andado a ver fotos antigas que já não via há muito tempo.

Grande Júlio, magrinho como tudo mas com uma sorte incrível com as mulheres. Seremos amigos para sempre!!!

Não sei se ele manteve os mesmos gostos musicais, mas nos vários anos que convivemos havia músicas que ele adorava. Deixo, em jeito de homenagem, para além das quatro fotos da pintura dos U2 que eu tenho no meu quarto, vídeos de algumas dessas canções, começando por aquela que ele mais gostava dos U2, banda da qual o Júlio não era fã mas que apreciava.

Grande Júlio!!!

















20 de abril de 2008

U23D... 5 vezes



Quem me conhece, encara com alguma naturalidade o facto de eu ter ido ao cinema ver por 5 vezes o filme U23D. A verdade é que enquanto enorme fã dos U2, foi com muita ansiedade que esperei a estreia do filme em Portugal e que entrei em loucura quando ele finalmente chegou às nossas salas de cinema.

Através de um passatempo da RFM, consegui bilhetes para a antestreia do filme no dia 1 de Abril, uma terça-feira, exactamente a primeira sessão a passar o filme em Portugal. Assim, é com orgulho que digo que fiz parte do grupo de portugueses que viu o U23D pela primeira vez. Depois da antestreia, vi o filme mais 4 vezes. No total foram 5 vezes, 3 no Colombo, 1 no Vasco da Gama e 1 no Alvaláxia. No Colombo estava tudo impecável, só o som é que estava um pouco baixo e tratando-se de um filme-concerto sem dúvida que fazia todo o sentido que o som estivesse mais alto, o que aconteceu no Vasco do Gama, de facto aí o som estava impecável. No Alvaláxia o som estava ao nível e idêntico ao Vasco da Gama.

Antes de U23D, já tinha tido a possibilidade de ver os U2 no cinema, aquando da exibição do filme Rattle and Hum nas salas de cinema portuguesas. Tinha 14 anos quando fui ao cinema Tivoli ver esse excepcional filme. Lembro-me de estar extremamente excitado no dia em que o fui ver e também nos dias anteriores e seguintes.

Como alguns sabem, U23D é um filme-concerto gravado nos concertos da América Latina da Vertigo Tour. O que justifica o facto dos U2 terem feito este filme e de o terem colocado nas salas de cinema foi, sem qualquer dúvida, o recurso à tecnologia digital 3D. De facto, o filme apresenta uma banda em excelente forma e ainda com muito para dar a todos os níveis, mas parece-me que se não fosse a particularidade do filme ser em 3D, os U2 não o teriam concebido. O objectivo da banda foi na realidade o de serem, mais uma vez, pioneiros, sendo assim os primeiros a mostrar ao mundo uma determinada inovação. Depois de U23D, todos já pudemos constatar que vão estrear mais uma porrada de filmes em três dimensões.

O filme está verdadeiramente extraordinário, captando muito bem o que foi a Vertigo Tour. Quem conhece bem essa tourné, acaba por não ser surpreendido por nada o que acontece ao longo de U23D, daí eu dizer que o que está por trás da concepção deste filme é o recurso às três dimensões.

No início do filme, podemos ver as primeiras pessoas que entram no estádio a correr que nem umas loucas para conseguirem ficar na primeira fila, situação pela qual eu já passei montes de vezes, em concertos dos U2 e não só.

Duas coisas negativas no filme, o facto do mesmo não ter conseguido captar a intensidade e a emoção que é a entrada da banda em palco e o início do concerto. E também a não existência de pelo menos uma câmara na bancada oposta ao palco, para apanhar todo o estádio. De resto, não tenho nada a apontar, temos um filme-concerto da maior e melhor banda de todos os tempos, que apesar de não se encontrar na altura no seu auge criativo, continua a revelar muita criatividade e paixão em tudo o que faz. U2 SEMPRE!!!

David Fonseca no Coliseu

Vi vários concertos dos Silence 4, mas ainda não tinha visto um concerto a sério do David Fonseca a solo. O único que tinha presenciado foi, há pouco tempo atrás, na FNAC do Colombo, onde o músico esteve sozinho em palco sem a companhia da sua banda, para além do concerto ter tido pouca duração. Assim, no Coliseu pude ver o David Fonseca a dar um concerto a sério e muito especial, já que quando um músico português toca no Coliseu é sempre um concerto diferente dos outros e para mais este foi filmado para uma futura edição em DVD. Com um Coliseu esgotado à sua frente, David Fonseca deu um excelente concerto onde demonstrou a sua enorme criatividade e talento para surpreender. Com ele, as coisas nunca são como estamos à espera. Destaco as interpretações de "Silent Void" e "This Raging Light", dois temas do último disco e que melhor resultaram no concerto do passado dia 12. A única coisa negativa para mim foi o algum exagero de versões de outros músicos. Não havia necessidade de fazer tantas covers, ainda por cima quando já se tem uma discografia tão boa como ele já tem.

Uma palavra também para Rita Redshoes, que se encarregou de aquecer o público. Gostei da sua actuação, apesar de só conhecer duas músicas. Agora, o seu papel na banda do David Fonseca é que me parece não ter a maior das relevâncias, tirando uma música ou outra onde o piano está mais presente e no excelente dueto em "Hold Still".

12 de abril de 2008

U23D 4 vezes



Já vi quatro vezes o filme U23D e não vou ficar por aqui. Mais uma vez vou de certeza. Depois contem com um texto aprofundado sobre ele aqui neste blog.

Orelhas de Porco... ao seu melhor nível



Só a ausência de uma alternativa com qualidade para ocupar o lugar de presidente do Benfica é que pode justificar o silêncio dos adeptos lampiões perante Luís Filipe Vieira. É muito triste que em pleno século XXI, um país europeu tenha de aturar alguém tão baixo como esse senhor. Eu já nem falo da destruição que ele está a levar a cabo do clube Benfica, mas sim de nada contribuir para que o povinho português comece a ver o futebol de uma forma mais inteligente. Justificar a má prestação do Benfica no campeonato com as más arbitragens, é algo primário e até mesmo infantil e que o jogo de ontem frente à Académica veio revelar que é falso.

Por mim, cada vez estou mais contente por ter Sport TV. Através dela vejo o futebol inglês, sem dúvida muito superior ao nosso e onde tipos como o Orelhas de Porco não têm lugar nem voz.

SPORTING SEMPRE!!!

The Cure... A Forest

Em relação ao concerto dos The Cure, esqueci-me de referir algo que foi sem dúvida um dos momentos mais arrepiantes de todo o espectáculo realizado no Pavilhão Atlântico. Estou a falar da famosa parte final do tema "A Forest", em que 19 000 almas começaram a acompanhar com palmas o baixo do nosso amigo Simon Gallup. Felizmente houve pessoas que filmaram o momento e que o disponibilizaram no Youtube, como foi o caso do myevilwitch. Vejam com atenção e oiçam bem o que se passa a partir, mais ou menos, dos 6 minutos.