26 de setembro de 2010

De volta a Paris para ver os maiores... e cumprimentar o Bono


Passei 3 dias excepcionais e inesquecíveis na cidade de Paris. Cumprimentei o Bono. Vi mais um concerto brutal dos U2. E voltei a visitar uma cidade que está entre as mais bonitas do planeta, só é pena o mau ambiente que vai pelas ruas.

Começando pelo cumprimento ao Bono, eu sabia que o vocalista dos U2 iria estar no Eliseu no dia 17 para uma reunião com o Sarkozi, Presidente Francês. Nos dias anteriores à minha partida para Paris, tive o cuidado de ir ao site da presidência francesa para confirmar a hora da reunião, ficando a saber que seria às 17h. Assim, lá vamos nós em direcção do palácio presidencial francês para tentar ver, e não só, o Bono. Quando chegámos ao Eliseu, já lá se encontrava uma pequena multidão junto ao portão principal. Juntámo-nos a eles e ali ficámos um bom bocado à espera que o Bono saísse. De repente, sai um carro com o Bono lá dentro, foi a euforia total. Mas a loucura mesmo a sério foi quando o Bono disse ao motorista para parar o carro e saiu do mesmo para vir ter com a malta que ali estava. Enfim, foi o delírio total, saltou tudo para cima do homem, o que valeu é que se encontrava ali alguma polícia. Eu só sei que também eu fui de imediato ao encontro do Bono. Inicialmente ainda tirei algumas fotos, mas a certa altura deixei de tirar fotografias e a minha prioridade era conseguir cumprimentar o Bono. Só sei que ele a certa altura vira-se para mim, também devo ter-lhe chamado a atenção porque tinha um boné e uma t-shirt dos U2, era o único da multidão que tinha coisas dos U2, eu estico-lhe o braço e ele cumprimenta-me, ficando os dois de mão dada durante algum tempo. Enfim, quem leia isto ainda pensa que sou gay lol, mas para qualquer fã dos U2, conseguir cumprimentar qualquer um dos 4 membros da banda é algo de verdadeiramente extraordinário e inesquecível. Fiquei doido e com lágrimas no canto dos olhos, enviando logo de seguida mensagens para várias pessoas a dizer o que tinha acabado de acontecer. Para mim, só por aquilo já tinha valido a pena ter ido a Paris.



Falando agora do que me levou a Paris, o concerto dos U2 no Stade de France no dia 18, o que posso dizer é que foi um dia memorável. Levantámo-nos cedo e rumámos ao Stade de France. Na Gare du Nord, encontrámos outros tugas nossos conhecidos também fãs dos U2, e fomos todos juntos de RER para o estádio. Chegámos ao Stade de France às 9h30 (hora francesa). Depois, foi o normal nestas coisas de passar horas à porta de um estádio, facilitado neste caso de Paris pelo facto de estar fresco, quando está calor, que é o que acontece quase sempre, digamos que é bem mais complicado.




Mas todas aquelas horas acabam por passar relativamente rápido, a malta vai conversando, vai comendo e o tempo vai-se passando. A abertura das portas não foi lá muito bem organizada. Em primeiro lugar, haviam uma série de portas que davam acesso à relva e, ao contrário do que acontecia em Wembley, em que as portas abriam todas exactamente ao mesmo tempo, aqui fiquei com a ideia de que houve portas a abrir antes das outras. Depois, as filas não estavam organizadas e parece-me ridículo pedir às pessoas que queriam correr para apanhar um bom lugar lá á frente que passassem com o bilhete no scanner para depois passar o torniquete. Mas conseguimos entrar bem e corremos que nem uns doidos até lá á frente, onde já estava alguma gente, por isso ficámos com a tal ideia de que as portas não tinham todas aberto ao mesmo tempo. Mas mesmo assim, conseguimos entrar para dentro da elipse e ficar na segunda fila junto à passadeira, ao lado do Edge. Era um bom lugar, com uma perspectiva bastante interessante, e o facto de estarmos junto à passadeira permitiu ver os membros da banda mesmo ao pé de nós quando por ali passavam. Para além de que quando uma das pontes do palco ficava por cima de nós, estas pontes andam de um lado para o outro durante o concerto, isso permitia ter os membros dos U2 ali mesmo por cima a uma curtíssima distância. Mas, a certa altura do concerto, no final da Crazy, mudámos de lugar, mas isso já conto mais à frente.






A primeira parte do concerto foi assegurada pelos Interpol, que também estarão em Coimbra. São uma boa banda, com boas músicas, mas falta-lhes qualquer coisa, talvez seja o facto das músicas terem todas um som muito idêntico. Depois, foi aguardar pelos maiores. Ao som de Space Oddity de David Bowie o estádio quase vem a baixo. É a música que nos informa que o concerto vai começar. Os U2 entram em palco e arrancam com Return Of The Stingray Guitar, um dos inéditos que eles têm vindo a apresentar na tour deste ano e que é sem dúvida uma forma bem poderosa de arrancar com os concertos. A seguir bem Beautiful Day, sinceramente preferia a Magnificent. Em poucos minutos, percebemos que o Bono está, como sempre, em grande forma e cheio de energia, nem parece que foi operado à coluna este ano. Aliás, toda a banda está em grande forma e a adorar estar em palco. Vivem-se ali momentos de pura magia. Para mim, os dois melhores momentos do concerto foram Get On Your Boots e Mercy, que é simplesmente arrepiante. Desde 2004 que conhecemos esta maravilhosa canção e foi verdadeiramente emocionante ouvi-la pela primeira vez ao vivo. É sem dúvida uma enorme canção. Mas, apesar destes dois pontos altos, a verdade é que os concertos dos U2 estão sempre lá em cima, não havendo pontos mortos ou quebras, aquilo é sempre magia pura do princípio ao fim.

No final da excepcional interpretação da Crazy, aconteceu algo cómico. Nessa altura, tínhamos mais uma vez por cima de nós uma das pontes do palco, e a malta que estava à nossa frente, em relação à parte principal do palco, estavam uns para um lado e outros para o outro que era para verem o que se passava por cima da ponte. Apercebemo-nos então do corredor que se criou por baixo da ponte onde não estava ninguém. Aproveitámo-nos então dessa situação para ir para a segunda fila mas junto à parte principal do palco, ficando com o Edge mesmo ali ao pé de nós. Acabámos por ter no mesmo concerto, duas perspectivas diferentes do espectáculo.


O concerto acabou, mas nós não estávamos com grande vontade de ir embora. Ficámos então ali, nomeadamente para conseguirmos umas palhetas e umas baquetas. Primeiro, fizemos sinal para o Dallas Schoo, técnico do Edge, a pedir umas palhetas. Ele virou-se para mim e apontou para um sítio onde iria atirá-las. Lá fomos então para o sítio. Ele lá foi então atirar algumas palhetas, e numa delas, antes de a lançar, ele olhou para mim e atirou-a propositadamente na minha direcção para eu a apanhar, mas aquilo é tão leve e a confusão era tanta que eu infelizmente não a consegui agarrar. Depois, ainda tentei arranjar umas baquetas do Larry, ainda pedi lá a vários tipos mas nada feito. De longe, fiz sinais para o Sam O´Sullivan, técnico do Larry, mas nada. A certa altura, tiveram de ser os seguranças a dizer que tínhamos de ir embora.

Depois, saímos do estádio e ainda nos encontrámos com algumas pessoas conhecidas no exterior do mesmo. De seguida, apanhámos o RER de regresso à Gare du Nord, que ficava perto do nosso hostel.

Destaco o excelente ambiente que encontramos sempre nos concertos dos U2, ao contrário das ruas de Paris, mas neste da capital francesa é de realçar as muitas pessoas já com alguma idade que lá estavam. Bem vistas as coisas, até eu já começo a fazer parte desse grupo.


Em relação à cidade de Paris propriamente dita, ainda deu para dar umas voltas e ver algumas coisas no primeiro e no terceiro dia, que o segundo foi dedicado totalmente ao concerto dos U2. Fomos à Place de la Concorde mais que uma vez. Depois de termos estado no Eliseu, fomos a pé daí até à Torre Eiffel, passando pelo Invalides, sem dúvida um passeio lindíssimo. Depois da Torre Eiffel, fomos até ao Trocadéro. Daí fomos de metro até ao Hard Rock Cafe para jantar, mas estava tanta gente e o tempo de espera era tão grande que acabámos por desistir e ir comer a outro lado. De seguida, fomos até ao Pigalle e ao Moulin Rouge. No terceiro dia, fomos à Sacré Coeur, Montmartre, ao Louvre, Jardin des Tuileries, onde almoçámos, Place de La Concorde, etc.






Paris é sem dúvida uma cidade lindíssima, com monumentos do mais belo que há no planeta, e todos muito bem estimados. O problema é que Paris deixou de ser uma cidade francesa para ser sei lá o quê. Basicamente, chegamos ali e não encontramos nada francês, da cultura francesa, aliás encontrar um francês naquela cidade é uma missão algo complicada. A imigração matou por completo a Paris francesa, assassinou por completo a cidade que era a capital da cultura francesa. O pior de tudo é o ambiente horrível que se encontra em grande parte dos sítios. Em algumas zonas é mesmo de fugir.

Juntamente com o texto, coloquei algumas das fotografias que tirei nestes 3 dias. Para o concerto não levei a máquina, as fotos que tirei foram com o meu telemóvel, porque, como já disse anteriormente, não gosto de ir para os concertos tirar fotografias, gosto sim de me concentrar totalmente no show e em tudo o que se está a passar. Por isso, foram poucas as fotografias que tirei durante o concerto, e até acabei por tirar mais porque como mudámos de lugar, tive o cuidado de tirar mais umas tantas do segundo lugar para ficar com uma recordação dos dois sítios onde ficámos no concerto.

Entretanto, já mandei vir da u2.com a camisola alusiva ao concerto dos U2 em Paris.

Também já comprei a revista especial U2 Glória, totalmente dedicada à banda irlandesa, como também a Blitz, da qual sou leitor desde os meus 14 anos, com o Bono na capa e muitas páginas dedicadas aos U2.

Agora, vem aí Coimbra e mais dois concertos dos U2. Parto para a cidade dos estudantes no dia 1 de manhã, vou de comboio, e regresso no dia 4 ao final do dia. No dia 2 vou para a relva e no dia 3 vou para a melhor bancada.

12 de setembro de 2010

U2 em Paris


Na próxima sexta-feira de manhã parto para Paris, para aquela que será a minha 4 ida à capital francesa, a segunda este ano. Ficarei em Paris 3 dias, regresso depois no domingo à noite. Desta vez vou a Paris com o propósito de ir ver o concerto que os U2 irão dar no Stade de France no próximo sábado. Este será o meu 13º concerto da banda irlandesa. Depois, irei a Coimbra ver os dois concertos que os U2 irão lá dar, para além de que é quase certo que os THE FLY tocarão naquela cidade no dia 1 de Outubro.

Será que os U2 vão estrear a Mercy em Paris?! Seria um sonho tornado realidade.