7 de junho de 2012

Passeio de fim-de-ano da UTIL 2012

Depois de Mérida, Norte de Portugal/Galiza, Porto/Cruzeiro Porto-Régua-Porto, Paris e Praga, o passeio de fim-de-ano deste ano da UTIL decorreu de 22 a 24 de Maio e teve como destino: Ferreirim, Lamego, Peso da Régua, Casa de Mateus, Mirandela, Murça, Vila Real, Museu do Douro, Cruzeiro Régua-Pinhão-Régua e Quinta Produtora de Vinhos no Pinhão.

No dia 22 de Maio, bastante cedo, saímos de Lisboa em direcção a Lamego. Mas, antes, fizemos uma paragem em Ferreirim para visitar o Convento de Santo António de Ferreirim. Logo aí, chamou-nos a atenção o verde, as flores a as árvores lindíssimas que se viam por todo o lado. Sem dúvida que uma das características daquela zona são as maravilhosas paisagens e vistas que vamos encontrando.


Depois de Ferreirim, rumámos então em direcção a Lamego, cidade à qual já não ia há muito tempo. Fiquei bastante bem impressionado com o meu regresso a Lamego. A cidade é de facto muito bonita, com os jardins muito bem tratados e estimados, e até as rotundas se destacam pela sua beleza, num país caracterizado pelas muitas rotundas, quase todas horrorosas. Chegados a Lamego, fomos almoçar ao Restaurante Novo, localizado mesmo em frente à Sé, onde se comeu muito bem, mas gostaria de destacar a excepcional bola. Eu que nem sou grande apreciador, digamos que ainda comi algumas fatias de bola, aquilo era mesmo bom, até se derretia na boca. Depois do almoço, visitámos a Sé Catedral, a Câmara Municipal, o Castelo, a Igreja de Santa Maria de Almacave, a Igreja das Chagas, a Igreja de São Francisco, a Fonte de Lamego, o Jardim da República, etc. Por fim, fomos ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, ex-libris da cidade, e de seguida eu e a quase totalidade do grupo descemos os 686 degraus do escadório de Nossa Senhora dos Remédios. Ainda são muitos degraus, mas o que nos acompanha na descida é tão bonito que a mesma se faz com um enorme prazer.


Depois da descida do escadório, o autocarro apanhou-nos em baixo e fomos então para o Peso da Régua, onde iríamos pernoitar as duas noites no Hotel Régua Douro, um hotel construído mesmo junto ao Douro e com uma vista maravilhosa sobre o mesmo. Jantar no hotel e de seguida um passeio a pé até ao cais da Régua e regresso ao hotel.

No segundo dia, partida da Régua em direcção à Casa de Mateus, localizada perto de Vila Real. É sem dúvida um espaço lindíssimo. Visita guiada do interior da casa e dos jardins, baseados nos jardins do Palácio de Versalhes. No final, comprei alguns frascos da famosa compota que é lá produzida.


Depois da Casa de Mateus, rumámos a Mirandela, onde em primeiro lugar almoçámos no Restaurante Távora, que tinha uma bela vista para a cidade, nomeadamente para o Rio Tua. Sem dúvida que cidades com um rio a passar pelo meio acabam por ter outra beleza. No almoço, destaco as entradas, com a bela da alheira de Mirandela, a linguiça, o presunto e o queijo, e depois a posta à mirandesa que foi de comer e chorar por mais.


A seguir ao almoço, visitámos a Igreja Matriz, os Paços do Concelho, passámos para a outra margem do Rio Tua onde visitámos o Santuário de Nossa Senhora do Amparo, etc.


Depois de Mirandela, partimos rumo a Murça onde visitámos a célebre Porca de Murça, a zona histórica da vila, etc.


A seguir, partimos para Vila Real onde pudemos desfrutar e ver os principais pontos de interesse desta cidade, com destaque para a Sé Catedral, Igreja dos Clérigos, a casa onde nasceu Diogo Cão e o passadiço, que proporciona extraordinárias vistas.


Digamos que Vila Real deixa um pouco a desejar, já que se trata de uma capital de distrito. Uma das coisas que estas localidades têm de curioso para quem vem de Lisboa é parecer que recuámos uns bons anos no tempo. É giro ver tipos de lojas que em Lisboa já não existem há muito tempo. Regresso à Régua e ao hotel. Jantar e novo passeio para ajudar à digestão, desta feita à estação de comboios e ao Restaurante/Bar Castas e Pratos.

O terceiro e último dia do passeio arrancou com a visita ao Museu do Douro, localizado relativamente perto do hotel. No final, ainda deu para eu fazer algumas compras na loja do Museu. Depois da visita, fomos para o Cais da Régua, onde apanhámos o barco da Douro Azul que nos iria então levar no cruzeiro Régua-Pinhão-Régua. Como disse no início da mensagem, já tinha feito com a UTIL um cruzeiro no Douro, também com a Douro Azul, em 2009, mas dessa vez tinha sido entre o Porto/Vila Nova de Gaia e a Régua, ida de barco e regresso de comboio. Desta vez, digamos que iria ser uma espécie de continuação desse cruzeiro. Partimos então da Régua em direcção ao Pinhão.


O barco desta vez era mais pequeno, mas para compensar era quase todo do nosso grupo, era-mos nós mais uns 6 ou 7 franceses. Pouco depois de arrancar, foi servido vinho e uns salgados. A Douro Azul é sem dúvida um empresa que explora da melhor forma a beleza e o potencial do Douro.


O giro nestes passeios pelo Douro é também quando temos de passar por uma barragem. No cruzeiro de 2009 tínhamos passado por duas. Desta vez foi por uma, a Barragem de Bagaúste, com um desnível de 27 metros. Havendo um desnível entre um lado e o outro da barragem, basicamente o que se passa é que o barco entra num "poço", onde quando se olha para cima a coisa mete algum respeito. O barco entra então no "poço", fechando-se a comporta que está por trás. Nessa altura, o "poço" começa a encher-se de água até o barco ficar ao nível da parte superior da barragem. É então que a comporta da frente se abre e o barco segue o seu caminho.


Pouco depois de passarmos pela barragem foi servido o almoço, acompanhado pelas extraordinárias paisagens oferecidas pelo Douro.

Chegada ao Pinhão e desembarque para visita a uma Quinta Produtora de Vinhos desta localidade, com o nome de Quinta da Foz. Pudemos então fazer uma prova de vinhos e visitar toda a quinta. No final, ainda comprei uma garrafa de vinho lá produzido.


De seguida, embarque e regresso à Régua. Agora na Barragem de Bagaúste, em vez de subirmos no "poço", descemos, algo que fiz pela primeira vez nas barragens do Douro, já que em 2009 também subimos nas duas barragens pelas quais passámos. O processo de descer não é muito diferente do de subir, a única diferença é que em vez de se encher o "poço" com água, esvazia-se até o barco ficar ao nível da parte inferior da barragem. Regresso ao Cais da Régua, onde apanhámos o autocarro de regresso a Lisboa. Pelo meio ainda parámos numa estação de serviço onde comi a bela da sandes de leitão.

Foram sem dúvida 3 dias muito bem passados. O tempo esteve óptimo, o grupo foi extraordinário e o guia e o motorista 5 estrelas. É uma zona onde se come e se bebe muito bem, o vinho é do melhor. Destaque também para as cerejas, talvez a minha fruta de eleição, servidas quase sempre no final das refeições, juntamente com as sobremesas. As pessoas são muito simpáticas e recebem os de fora da melhor forma. É sem dúvida uma zona lindíssima de Portugal, que merece ser conhecida por todos os portugueses e estrangeiros. E a companhia que tive nos 3 dias foi do melhor. Obrigado a todos eles!!!

28 de abril de 2012

E as corridas continuam

Decidi realizar algumas mudanças neste blog ao nível do design e da apresentação, como também resolvi acrescentar no lado esquerdo os concertos que já vi dos U2, por agora são 15 mas espero aumentar e muito esta lista, e no lado direito vou pondo os tempos, e não só, das corridas em que vou participando, isto porque apesar de achar que o mais importante quando se participa nessas provas é a prática de desporto, a verdade é que para mim elas só fazem sentido se forem encaradas com um mínimo de espírito competitivo e ambição.

Recuando ao início do ano, alguns dias antes da Corrida Luzia Dias decidi quebrar um pouco a rotina e ir correr uma vez para a Quinta das Conchas, para experimentar um espaço diferente e porque a corrida atrás referida tinha a sua parte final e a chegada precisamente nesse lindíssimo espaço verde. É sem dúvida um excelente espaço para correr, mas eu cá continuo a preferir o Estádio Universitário, talvez também pelo hábito que ganhei de ir para lá.

No dia 29 de Janeiro, realizou-se então a 5ª Corrida Luzia Dias, que contou com o apoio da Junta de Freguesia do Lumiar. O percurso desta corrida teve a particularidade de ser numa zona que conheço bem e com a qual lido diariamente, tendo até passado junto a minha casa.

Consegui melhorar o meu tempo, tendo feito tempo do relógio 00:48:26 e tempo oficial 00:48:34. Cheguei assim ao minuto 48. Mas esta corrida foi algo difícil, para além do frio o percurso não era fácil, com várias subidas e descidas, sendo uma das subidas logo na parte inicial. Mas, a pior subida estava reservada para os instantes finais, uma verdadeira loucura pôr uma coisa daquelas a acabar uma prova que já de si é um pouco dura.

No entanto, gostei de participar nesta corrida e é sem dúvida mais uma que coloco no meu calendário anual de corridas.


A seguir à Corrida Luzia Dias, digamos que tive um momento de alguma pequena desmotivação e saturação. Depois de anos a encarar o correr só numa lógica de jogging, a partir da Corrida Sporting comecei a ver a coisa de uma outra forma, mais exigente a todos os níveis, e isso terá levado a uma certa saturação… é normal!!! Para além disso, depois da Luzia Dias a única corrida que eu na altura tinha nos meus horizontes, e que eu pensava que seria a prova seguinte em que iria participar, era a Corrida de Santo António, a realizar no dia 9 de Junho, e a verdade é que para mim, para ter a motivação a um certo nível é necessário ter provas com alguma regularidade. Como na altura pensava que só em Junho é que voltaria a participar numa corrida, também isso causou uma certa desmotivação. Depois, o stress do trabalho, o frio e os dias pequenos do Inverno, tudo isso também contribuiu para a pequena sensação de cansaço/saturação que sentia.

Mas, nunca desisti, continuando a manter os dois treinos semanais. Fiz só uns ajustes. O treino de meio da semana passou a ser de 45 minutos, se for dia de trabalho mas se for um feriado, como aconteceu agora a 25 de Abril e acontecerá no dia 1 de Maio, mantenho a 1 hora de jogging, e o de fim-de-semana manteve-se na 1 hora, e deixei de me preocupar com o relógio, este servia acima de tudo para me avisar de que o treino tinha acabado. Apeteceu-me durante algum tempo voltar à lógica de jogging sem preocupações de tempos. Mas esta fase durou pouco tempo, já que entretanto surgiu mais uma prova.

Penso que foi através site Run Ganfas Run do amigo Cravo que descobri a Corrida de Solidariedade. Fiquei logo muito entusiasmado com esta prova, principalmente pelo percurso, plano e a passar por sítios muito interessantes a todos os níveis: Calvário, Av. 24 de Julho, Av. Da Índia e o final na grandiosa Praça de Império. Foi assim que me inscrevi e o entusiasmo apoderou-se novamente de mim. Continuei, e continuo, na lógica de fazer 45 minutos a meio da semana, tirando então se houver feriados, e 1 hora ao fim-de-semana, mas voltei a dar importância aos tempos realizados, nomeadamente ao km.

Na véspera da corrida, fui ao ISCPSI levantar o dorsal, o chip e diversas ofertas, depois de cortarmos a meta ainda deram mais ofertas, mas logo aí me chamou a atenção a simpatia e a amabilidade da malta envolvida na organização desta prova. Aproveitei a véspera também para perceber qual seria o melhor sítio para deixar o carro e fazer alongamentos. No dia da corrida, lá vou eu feliz da vida com a esperança de melhorar o meu tempo. Estacionei o carro, tal como na véspera, ao lado do Café In, já que este ficava relativamente a meio entre a partida e a chegada. Fiz uns alongamentos nos relvados ali mesmo ao lado e fui a correr devagar, para aquecer, até ao local da partida. Quando aí cheguei, como ainda faltava um bocado para a hora de partida, ainda fiz mais uns alongamentos e algum aquecimento, e entretanto aparece o Cravo com quem ainda conversei um pouco antes da partida. A prova arranca e confirmou-se a beleza do percurso, como também que o facto de ser plano ajuda um pouco, mas ao nível do tempo fiquei com a ideia de que as descidas, quando existem no percurso, também dão uma ajuda importante. De qualquer forma, voltei a bater o meu tempo, tendo feito no relógio 00:47:59 e tempo oficial 00:48:11. Cheguei assim ao minuto 47 e arranjei mais uma prova para o meu calendário anual. Para além de que fiquei bem entusiasmado para que em breve volte a quebrar a rotina e vá de vez em quando correr para junto do Tejo.


A próxima prova será então a Corrida de Santo António, a realizar no dia 9 de Junho e também ela com um percurso muito interessante a todos os níveis, na qual me inscrevi de imediato, tendo recebido o dorsal 93, número que me diz muito, é o ano do álbum Zooropa dos U2 e foi também nesse ano que vi os meus 3 primeiros concertos deles.

Neste momento, tenho 5 provas às quais vou tentar participar todos os anos (por ordem cronológica ao longo do ano): Corrida Luzia Dias; Corrida de Solidariedade; Corrida de Santo António; Corrida Sporting; São Silvestre de Lisboa. Dizem que o ideal será 5/6 provas por ano, assim se ficarem só estas 5 está excelente, a arranjar mais alguma que seja algures para o meio do verão.

Nos dias a seguir à Corrida Luzia Dias, comprei um Monitor de Ritmo Cardíaco, que emparelhado com o relógio Garmin faz com que este me dê mais uma informação da maior importância. No início de Março, comprei uns ténis novos para correr, desta vez da marca Nike. Há algum tempo atrás soube que quem corre com alguma regularidade, deve trocar de ténis todos os ano e meio/dois anos e digamos que já andava a correr com os ténis anteriores, da marca Reebok, há bem mais tempo do que isso. Estavam mesmo a precisar de ir para reforma, e isso era algo que eu já sentia enquanto corria... e também depois.

A título de curiosidade, deixo aqui uma foto, de Agosto de 1990, de uma das corridas que venci na terra dos meus pais, exactamente no momento em que corto a meta.

29 de janeiro de 2012

5ª Corrida Luzia Dias por joaolx no Garmin Connect - Leitor

5ª Corrida Luzia Dias (10 km)
Fiquei em 424 lugar
Tempo de chip: Ainda à espera (mas o relógio indicou um tempo à volta de 00:48:20)
Tempo oficial: 00:48:34

5ª Corrida Luzia Dias por joaolx no Garmin Connect - Leitor

14 de janeiro de 2012

Jogging, Corrida Sporting e São Silvestre de Lisboa 2011

Sempre adorei correr e digamos que sempre tive alguma vocação para a coisa. Ganhei, e fiquei em segundo e terceiro, algumas provas nas Doroteias, na terra dos meus pais, na urbanização onde vivo, etc.. Até cheguei a fazer provas para entrar para o atletismo do Sporting, mas nunca o consegui.

Desde muito novo que me habituei a ir ao Estádio Universitário, nomeadamente para a prática de desporto. Mas de há cerca de 11/12 anos para cá que ganhei o hábito de ir todos os fins-de-semana correr para lá, geralmente ao domingo de manhã. Mais do que um hábito foi quase um vício que eu ganhei, ao ponto de ir correr até em dias de chuva e depois de noites mal dormidas, nomeadamente depois de ter dado um concerto. Para mim, um fim-de-semana tem de ter a corrida no Estádio Universitário, senão é quase como se estivesse a cometer um crime.

O Estádio Universitário, obra do tempo do Estado Novo, duvido que actualmente algum presidente da câmara autorizasse que um terreno tão grande de uma cidade se destinasse à prática de desporto, actualmente é tudo para construir prédios e ponto final, é um espaço fantástico a todos os níveis e muito bem frequentado. Uma pessoa encontra ali todas as condições para a realização de um jogging. Assim, não é de admirar que já conheça de há alguns anos algumas das caras que vejo por lá também a correr.

Nos primeiros tempos em que ganhei o hábito de ir correr para o Estádio Universitário, digamos que corria menos tempo, e por etapas. Corria um pouco, depois andava, voltava a correr... Até que a certa altura disseram-me que o melhor é uma pessoa correr tudo de seguida, nem que seja mais devagar, e foi o que eu comecei a fazer. Depois, fui aumentando ao longo do tempo a distância percorrida e o tempo de corrida. Mas digamos que nos últimos anos ganhei o hábito de correr à volta de uma hora. Até que surgiu a Corrida Sporting.

Ao longo de todos estes anos em que ganhei o hábito de ir correr para o Estádio Universitário, sempre ouvi falar nas diversas corridas que se iam realizando, principalmente em Lisboa, nomeadamente aquelas em que se atravessa as pontes, Vasco da Gama e Sobre o Tejo, mas nunca dei grande importância a essas corridas, digamos que nunca estive para aí virado.

Até que um dia, estou muito bem no Facebook, e vejo que a página do Sporting coloca um anúncio à sua  corrida, que seria a primeira. A verdade é que me chamou logo a atenção, pelo facto de ser a corrida do meu clube. Visitei de imediato o site da corrida e comecei logo a ver se havia alguém conhecido que também iria participar. Mal soube de pessoas conhecidas que também iriam participar, nessa altura inscrevi-me de imediato e o entusiasmo tomou conta de mim. Passei semanas a pensar na corrida.

Assim, e por causa da Corrida Sporting, comecei a correr mais rápido no meu jogging, e ganhei o hábito de ir correr também a meio da semana depois do trabalho, passando a fazer jogging 2 vezes por semana, hábito que se manteve depois da Corrida Sporting. Para além de tudo isso, comecei também a correr mais em alcatrão, antes era um misto de alcatrão e terra batida, já que a corrida iria ser toda nesse piso.

Foram semanas a pensar na Corrida Sporting e a preparar-me para a mesma, até que chegou o grande dia.

Nos dias que antecederam a corrida, tenho que agradecer ao João Cravo por me ter respondido a uma série de dúvidas típicas de um inexperiente nestas coisas das corridas.

No dia da corrida, encontro-me com a malta conhecida. Realizamos alguns alongamentos e o aquecimento e fomos então para a partida aguardar pelo início da prova. A corrida começa e digamos que, talvez por ter sido a primeira Corrida Sporting, a partida foi uma bela confusão. Para além do espaço ser algo estreito, algo a ser corrigido em futuras corridas é na partida dividir as pessoas por tempos e colocar no final aquelas que vão só para andar, como se fez na São Silvestre de Lisboa. Assim, o início da prova foi uma bela trapalhada e o primeiro quilómetro foi um pouco numa lógica de andarmos a desviar das pessoas mais lentas que iam à nossa frente. A primeira fase da corrida foi então ultrapassar os mais lentos, até que a certa altura encontramos malta que corre ao nosso ritmo e nessa altura estabilizamos.

É muito bonito ver uma coluna enorme de gente vestida de verde e branca a percorrer as avenidas principais de Lisboa. É sem dúvida uma imagem lindíssima e fazermos parte dela até nos provoca arrepios.

Chegados ao túnel do Campo Pequeno, 2 coisas a reter. Primeiro, o facto de já estarem a regressar os concorrentes profissionais que participaram na prova, e nós ainda a irmos para lá. Depois, à saída do túnel tínhamos então o primeiro abastecimento e aí revelei a minha inexperiência. Peguei numa garrafa de água e meti-me a beber aquilo que nem um louco, claro que o resultado não foi o melhor, fiquei com o estômago cheio e pesado, e quase sem fôlego. Percebi então que o melhor é beber pouca quantidade e aos poucos.

Chegamos a meio da Fontes de Pereira de Melo e voltamos para trás. Claro que o regresso custou mais do que a ida. O corpo já está algo cansado e aquele início de prova algo confuso deixou algumas mazelas. Para além de que o facto de irmos pelos túneis também parte um gajo todo, tanto as subidas como as descidas. Regresso a Alvalade, novo abastecimento no mesmo sítio, agora já não cometi o mesmo erro, e começamos a aproximar-mos da meta instalada em pleno relvado de Alvalade. É uma sensação maravilhosa uma pessoa aproximar-se do fim da prova, ainda para mais neste caso quando esta fica dentro do estádio do nosso clube. Entro no estádio e a sensação é espectacular, ao mesmo tempo a felicidade é grande por conseguir acabar a prova e com um tempo bem interessante.

Eu antes da corrida tinha como objectivo terminar a mesma e com um tempo não muito longe da 1 hora. Eu sabia que corria uma hora no Estádio Universitário, mas não tinha noção da distância que percorria, por isso tinha imensas dúvidas da minha capacidade para acabar a corrida. Assim, foi com enorme alegria que percebi que tinha feito 00:52:40.



Depois, em casa, fui ao site da corrida e fiquei a saber que tinha feito 00:50:33 de tempo de chip, que é o que interessa já que o tempo oficial inclui o tempo que demoramos no início desde o sítio onde estamos até passarmos a linha de partida, 00:52:40 de tempo oficial, ficando em 1540º na classificação geral e 318º no meu escalão (Veterano 1).

Fiquei muito satisfeito com este meu primeiro resultado em corridas deste género, para além de ter adorado a experiência.

Tudo o que envolve uma corrida é verdadeiramente fascinante. O ir levantar o dorsal, o chip e as diversas ofertas, nomeadamente a camisola oficial da prova e que depois levamos na corrida. Depois de cortarmos a meta, mais ofertas são entregues nessa altura, nomeadamente as medalha, bebidas, sacos, etc., e na Corrida Sporting até um pêro me deram.

Depois da Corrida Sporting, mantive então o hábito de ir correr 2 vezes por semana. Mas percebi que tinha de comprar um daqueles relógios com GPS, que nos indicam tudo e mais alguma coisa. Comprei então um Garmim Forerunner 405, que tem mil e uma potencialidades, digamos que ainda agora tenho muito para descobrir naquele relógio, mas acima de tudo tem aquilo que eu mais queria, para além do tempo como é óbvio, a distância. Assim, a partir da compra do relógio muita coisa mudou na forma como encaro o jogging. Depois de anos a correr sem relógio, digamos que finalmente iria deixar de contar as voltas que dava aqui e ali e controlar o percurso que fazia, passando a correr à vontade, por onde muito bem me apetecer... o relógio dá-me todas as informações.

Uma coisa que eu percebi logo com a utilização do relógio é que nos treinos nunca conseguimos fazer os mesmos tempos que fazemos numa corrida. Na realidade, não voltei a fazer no Estádio Universitário os 10 km ao mesmo tempo e ritmo que fiz na Corrida Sporting. Isso fazia-me alguma confusão, mas a verdade é que quando estamos numa prova tudo é diferente, a envolvência, a motivação, etc., e a São Silvestre de Lisboa veio confirmar isso mesmo.

Fazer jogging é um prazer, mas depois da Corrida Sporting fiquei com a pica toda para voltar a participar numa prova. Esteve para ser na Corrida Luzia Dias, mas na altura foi cancelada, será agora em Janeiro, e já estou inscrito para participar nela. Assim, quando recebo um e-mail a publicitar a São Silvestre de Lisboa, inscrevi-me de imediato e começou o entusiasmo.

A verdade é que fiz uma corrida estrondosa, ficando em 1055º lugar, 224º no meu escalão, com o tempo de chip de 00:49:45 e tempo oficial de 00:50:38. Ou seja, à segunda corrida consegui baixar dos 50 minutos, já que o que interessa é o tempo de chip, algo verdadeiramente extraordinário. Foi uma corrida muito gira, é fenomenal andarmos a correr por sítios onde normalmente não o fazemos e não o podemos fazer, nomeadamente no Rossio, Cais do Sodré, Rua do Ouro, Rua da Prata, Av. da Liberdade, etc. A primeira parte da corrida foi toda mais ou menos plana e andei sempre num ritmo muito bom. Ao final do primeiro km tive a tal confirmação de que de facto numa corrida é tudo diferente, já que o fiz em quatro minutos e tal, algo que soube através do relógio, que ainda não tinha na Corrida Sporting. Os primeiros kms foram todos feitos abaixo dos 5 minutos. Depois, veio aquela subida doida dos Restauradores até ao Saldanha. Uma autêntica loucura!!! Foi só durante este bocado que andei acima dos 5 minutos por km, para depois na descida para os Restauradores voltar a baixar dos 5 min/km.

Cheguei ao final muito satisfeito com o que tinha feito, foi sem dúvida uma excelente corrida.

(Infelizmente só começaram a tirar fotografias às pessoas a cortarem a meta a partir do 51 minutos e tal).




Ainda antes da São Silvestre de Lisboa, já me tinha inscrito para a 5ª Corrida Luzia Dias, a realizar no dia 29 de Janeiro, aqui pelo Lumiar. E já ando em contagem decrescente. O meu objectivo será o de fazer novamente um tempo abaixo dos 50 minutos.