1 de dezembro de 2008

Juve Leo


Eu fui durante muitos anos da Juventude Leonina. Mas hoje em dia sou um pouco contra aquilo em que as claques de futebol em Portugal se transformaram. É como em tudo neste país, a má moeda coloca sempre fora a boa moeda. Metade dos anos que passei na Juve Leo corresponderam aos anos em que esta claque era dirigida por filhos e sobrinhos do então Presidente do Sporting João Rocha. A JL era então a melhor e a maior claque do planeta e tinha nível, digamos que era bem frequentado, sem nunca ter sido uma claque "queque". Acontece que a determinada altura, a família de João Rocha começou a afastar-se e foi então que a má moeda começou a tomar conta da claque. Eu continuei a fazer parte da Juve Leo durante mais alguns anos, mas sempre achei que ela pouco tinha a ver com aquilo que a claque era quando dirigida pelo clã Rocha. A JL transformou-se então, e cada vez é mais assim, num grupo de marginais bêbados e drogados, para além de haver gente a encher-se de dinheiro, de uma forma muito pouco transparente e nalguns casos até mesmo criminosa, à conta das claques.

Tudo isto vem a propósito do facto de ter encontrado recentemente no Youtube, um vídeo que reúne alguns momentos da Juventude Leonina nos anos 80, e que corresponde então aos grandes anos da claque leonina. Eu consigo ver-me, juntamente com as minhas bandeiras que hoje estão todas religiosamente guardadas, em praticamente todas as imagens, era puto como tudo. A certa altura do vídeo, ouve-se Sunday Bloody Sunday dos U2, e também se vê uma bandeira com um U2 pintado. Isto porque a JL era fã acérrima da banda irlandesa. Aliás, foi à conta de umas aparelhagens enormes que eram colocadas na JL nos jogos grandes, que eu me tornei fã dos U2 em 1984. Grande parte da música que passava nessas aparelhagens era deles.

Deliciem-se então com o vídeo.



1 comentário:

Rufferto disse...

As claques hoje em dia são tipo máfia para gente sem ligações à dita. O facto de serem muitos dá-lhes impunidade para tudo e mais alguma coisa.