29 de janeiro de 2012

5ª Corrida Luzia Dias por joaolx no Garmin Connect - Leitor

5ª Corrida Luzia Dias (10 km)
Fiquei em 424 lugar
Tempo de chip: Ainda à espera (mas o relógio indicou um tempo à volta de 00:48:20)
Tempo oficial: 00:48:34

5ª Corrida Luzia Dias por joaolx no Garmin Connect - Leitor

14 de janeiro de 2012

Jogging, Corrida Sporting e São Silvestre de Lisboa 2011

Sempre adorei correr e digamos que sempre tive alguma vocação para a coisa. Ganhei, e fiquei em segundo e terceiro, algumas provas nas Doroteias, na terra dos meus pais, na urbanização onde vivo, etc.. Até cheguei a fazer provas para entrar para o atletismo do Sporting, mas nunca o consegui.

Desde muito novo que me habituei a ir ao Estádio Universitário, nomeadamente para a prática de desporto. Mas de há cerca de 11/12 anos para cá que ganhei o hábito de ir todos os fins-de-semana correr para lá, geralmente ao domingo de manhã. Mais do que um hábito foi quase um vício que eu ganhei, ao ponto de ir correr até em dias de chuva e depois de noites mal dormidas, nomeadamente depois de ter dado um concerto. Para mim, um fim-de-semana tem de ter a corrida no Estádio Universitário, senão é quase como se estivesse a cometer um crime.

O Estádio Universitário, obra do tempo do Estado Novo, duvido que actualmente algum presidente da câmara autorizasse que um terreno tão grande de uma cidade se destinasse à prática de desporto, actualmente é tudo para construir prédios e ponto final, é um espaço fantástico a todos os níveis e muito bem frequentado. Uma pessoa encontra ali todas as condições para a realização de um jogging. Assim, não é de admirar que já conheça de há alguns anos algumas das caras que vejo por lá também a correr.

Nos primeiros tempos em que ganhei o hábito de ir correr para o Estádio Universitário, digamos que corria menos tempo, e por etapas. Corria um pouco, depois andava, voltava a correr... Até que a certa altura disseram-me que o melhor é uma pessoa correr tudo de seguida, nem que seja mais devagar, e foi o que eu comecei a fazer. Depois, fui aumentando ao longo do tempo a distância percorrida e o tempo de corrida. Mas digamos que nos últimos anos ganhei o hábito de correr à volta de uma hora. Até que surgiu a Corrida Sporting.

Ao longo de todos estes anos em que ganhei o hábito de ir correr para o Estádio Universitário, sempre ouvi falar nas diversas corridas que se iam realizando, principalmente em Lisboa, nomeadamente aquelas em que se atravessa as pontes, Vasco da Gama e Sobre o Tejo, mas nunca dei grande importância a essas corridas, digamos que nunca estive para aí virado.

Até que um dia, estou muito bem no Facebook, e vejo que a página do Sporting coloca um anúncio à sua  corrida, que seria a primeira. A verdade é que me chamou logo a atenção, pelo facto de ser a corrida do meu clube. Visitei de imediato o site da corrida e comecei logo a ver se havia alguém conhecido que também iria participar. Mal soube de pessoas conhecidas que também iriam participar, nessa altura inscrevi-me de imediato e o entusiasmo tomou conta de mim. Passei semanas a pensar na corrida.

Assim, e por causa da Corrida Sporting, comecei a correr mais rápido no meu jogging, e ganhei o hábito de ir correr também a meio da semana depois do trabalho, passando a fazer jogging 2 vezes por semana, hábito que se manteve depois da Corrida Sporting. Para além de tudo isso, comecei também a correr mais em alcatrão, antes era um misto de alcatrão e terra batida, já que a corrida iria ser toda nesse piso.

Foram semanas a pensar na Corrida Sporting e a preparar-me para a mesma, até que chegou o grande dia.

Nos dias que antecederam a corrida, tenho que agradecer ao João Cravo por me ter respondido a uma série de dúvidas típicas de um inexperiente nestas coisas das corridas.

No dia da corrida, encontro-me com a malta conhecida. Realizamos alguns alongamentos e o aquecimento e fomos então para a partida aguardar pelo início da prova. A corrida começa e digamos que, talvez por ter sido a primeira Corrida Sporting, a partida foi uma bela confusão. Para além do espaço ser algo estreito, algo a ser corrigido em futuras corridas é na partida dividir as pessoas por tempos e colocar no final aquelas que vão só para andar, como se fez na São Silvestre de Lisboa. Assim, o início da prova foi uma bela trapalhada e o primeiro quilómetro foi um pouco numa lógica de andarmos a desviar das pessoas mais lentas que iam à nossa frente. A primeira fase da corrida foi então ultrapassar os mais lentos, até que a certa altura encontramos malta que corre ao nosso ritmo e nessa altura estabilizamos.

É muito bonito ver uma coluna enorme de gente vestida de verde e branca a percorrer as avenidas principais de Lisboa. É sem dúvida uma imagem lindíssima e fazermos parte dela até nos provoca arrepios.

Chegados ao túnel do Campo Pequeno, 2 coisas a reter. Primeiro, o facto de já estarem a regressar os concorrentes profissionais que participaram na prova, e nós ainda a irmos para lá. Depois, à saída do túnel tínhamos então o primeiro abastecimento e aí revelei a minha inexperiência. Peguei numa garrafa de água e meti-me a beber aquilo que nem um louco, claro que o resultado não foi o melhor, fiquei com o estômago cheio e pesado, e quase sem fôlego. Percebi então que o melhor é beber pouca quantidade e aos poucos.

Chegamos a meio da Fontes de Pereira de Melo e voltamos para trás. Claro que o regresso custou mais do que a ida. O corpo já está algo cansado e aquele início de prova algo confuso deixou algumas mazelas. Para além de que o facto de irmos pelos túneis também parte um gajo todo, tanto as subidas como as descidas. Regresso a Alvalade, novo abastecimento no mesmo sítio, agora já não cometi o mesmo erro, e começamos a aproximar-mos da meta instalada em pleno relvado de Alvalade. É uma sensação maravilhosa uma pessoa aproximar-se do fim da prova, ainda para mais neste caso quando esta fica dentro do estádio do nosso clube. Entro no estádio e a sensação é espectacular, ao mesmo tempo a felicidade é grande por conseguir acabar a prova e com um tempo bem interessante.

Eu antes da corrida tinha como objectivo terminar a mesma e com um tempo não muito longe da 1 hora. Eu sabia que corria uma hora no Estádio Universitário, mas não tinha noção da distância que percorria, por isso tinha imensas dúvidas da minha capacidade para acabar a corrida. Assim, foi com enorme alegria que percebi que tinha feito 00:52:40.



Depois, em casa, fui ao site da corrida e fiquei a saber que tinha feito 00:50:33 de tempo de chip, que é o que interessa já que o tempo oficial inclui o tempo que demoramos no início desde o sítio onde estamos até passarmos a linha de partida, 00:52:40 de tempo oficial, ficando em 1540º na classificação geral e 318º no meu escalão (Veterano 1).

Fiquei muito satisfeito com este meu primeiro resultado em corridas deste género, para além de ter adorado a experiência.

Tudo o que envolve uma corrida é verdadeiramente fascinante. O ir levantar o dorsal, o chip e as diversas ofertas, nomeadamente a camisola oficial da prova e que depois levamos na corrida. Depois de cortarmos a meta, mais ofertas são entregues nessa altura, nomeadamente as medalha, bebidas, sacos, etc., e na Corrida Sporting até um pêro me deram.

Depois da Corrida Sporting, mantive então o hábito de ir correr 2 vezes por semana. Mas percebi que tinha de comprar um daqueles relógios com GPS, que nos indicam tudo e mais alguma coisa. Comprei então um Garmim Forerunner 405, que tem mil e uma potencialidades, digamos que ainda agora tenho muito para descobrir naquele relógio, mas acima de tudo tem aquilo que eu mais queria, para além do tempo como é óbvio, a distância. Assim, a partir da compra do relógio muita coisa mudou na forma como encaro o jogging. Depois de anos a correr sem relógio, digamos que finalmente iria deixar de contar as voltas que dava aqui e ali e controlar o percurso que fazia, passando a correr à vontade, por onde muito bem me apetecer... o relógio dá-me todas as informações.

Uma coisa que eu percebi logo com a utilização do relógio é que nos treinos nunca conseguimos fazer os mesmos tempos que fazemos numa corrida. Na realidade, não voltei a fazer no Estádio Universitário os 10 km ao mesmo tempo e ritmo que fiz na Corrida Sporting. Isso fazia-me alguma confusão, mas a verdade é que quando estamos numa prova tudo é diferente, a envolvência, a motivação, etc., e a São Silvestre de Lisboa veio confirmar isso mesmo.

Fazer jogging é um prazer, mas depois da Corrida Sporting fiquei com a pica toda para voltar a participar numa prova. Esteve para ser na Corrida Luzia Dias, mas na altura foi cancelada, será agora em Janeiro, e já estou inscrito para participar nela. Assim, quando recebo um e-mail a publicitar a São Silvestre de Lisboa, inscrevi-me de imediato e começou o entusiasmo.

A verdade é que fiz uma corrida estrondosa, ficando em 1055º lugar, 224º no meu escalão, com o tempo de chip de 00:49:45 e tempo oficial de 00:50:38. Ou seja, à segunda corrida consegui baixar dos 50 minutos, já que o que interessa é o tempo de chip, algo verdadeiramente extraordinário. Foi uma corrida muito gira, é fenomenal andarmos a correr por sítios onde normalmente não o fazemos e não o podemos fazer, nomeadamente no Rossio, Cais do Sodré, Rua do Ouro, Rua da Prata, Av. da Liberdade, etc. A primeira parte da corrida foi toda mais ou menos plana e andei sempre num ritmo muito bom. Ao final do primeiro km tive a tal confirmação de que de facto numa corrida é tudo diferente, já que o fiz em quatro minutos e tal, algo que soube através do relógio, que ainda não tinha na Corrida Sporting. Os primeiros kms foram todos feitos abaixo dos 5 minutos. Depois, veio aquela subida doida dos Restauradores até ao Saldanha. Uma autêntica loucura!!! Foi só durante este bocado que andei acima dos 5 minutos por km, para depois na descida para os Restauradores voltar a baixar dos 5 min/km.

Cheguei ao final muito satisfeito com o que tinha feito, foi sem dúvida uma excelente corrida.

(Infelizmente só começaram a tirar fotografias às pessoas a cortarem a meta a partir do 51 minutos e tal).




Ainda antes da São Silvestre de Lisboa, já me tinha inscrito para a 5ª Corrida Luzia Dias, a realizar no dia 29 de Janeiro, aqui pelo Lumiar. E já ando em contagem decrescente. O meu objectivo será o de fazer novamente um tempo abaixo dos 50 minutos.