16 de novembro de 2007

Mariza no Atlântico

Como tinha anunciado há algum tempo atrás, fui ver o concerto da Mariza ao Atlântico e calculo que devo ter sido das poucas pessoas que saíram do mesmo algo desiludidas. Tudo bem que a Mariza tem uma excepcional voz, mas continua-me a meter um pouco de confusão quando se dá tanta importância a alguém que canta músicas que não compôs e que pouca influência terá tido nos arranjos das músicas que canta. Depois, achei o concerto muito previsível, sem nada que surpreendesse de facto.
Mas do que menos gostei foi do papel desempenhado pelos convidados durante o concerto, principalmente da parte do sr. angolano e do sr. brasileiro, que subiram ao palco do Atlântico e que por pouco transformaram aquilo mais num concerto seu do que propriamente numa lógica de Mariza e Convidados. Isto porque esses tais convidados, o angolano e o brasileiro, meteram-se a contar história da maria cachucha a a divagar em grande estilo, destruindo por completo o ritmo do concerto. Depois, fartaram-se de tocar músicas que pouco tinham a ver com a Mariza. Tudo bem que o concerto também pretendeu homenagear a Lusofonia, mas por favor, tudo tem um limite. Entre os convidados, o melhor foi sem dúvida o Rui Veloso. Com uma atitude altamente profissional e competente e que subiu ao palco para fazer o que tinha a fazer e acabou, não houve para cá conversa de chacha. Também gostei do Tito Paris, enquanto representante do povo cabo verdiano, sem dúvida muito mais simples e humilde do que angolanos e brasileiros. Também apreciei a actuação do Tito Paris porque me fez recordar a viagem que fiz este ano à Ilha do Sal. Gostei da prestação do Carlos do Carmo, mas não deixou de ser extremamente previsível e óbvia.

Uma última palavra para o público, que batia palmas por tudo e por nada e que até obrigou o Carlos do Carmo a dizer que não se bate palmas enquanto se ouve o fado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Imagino a merda que deve ter sido isso, me admira que alguém do quilate do Ivan Lins se submeta a participar de um showzinho de uma portuguesa horrorosa dessas de voz esganiçada e que parece sofrer de prisão de ventre crônica.