19 de novembro de 2007

Control




Nem sei como começar a escrever sobre o filme que vi ontem. A verdade é que o adorei, mesmo fantástico a todos os níveis. O filme chama-se "Control", foi realizado pelo holandês Anton Corbijn, conhecido por trabalhos que tem feito com diversas bandas e músicos (U2, Depeche Mode, Rolling Stones, etc), e pretende retratar os últimos anos de vida de Ian Curtis, vocalista dos Joy Division.

Sinceramente, nunca fui grande fã da música dos Joy Division e do Ian Curtis sabia, para além de que tinha sido vocalista dos Joy Division, que ele se tinha suicidado muito novo e que era um indivíduo muito especial e bastante atormentado. Mas, ao saber que o filme tinha sido realizado pelo brilhante Anton Corbijn, do qual eu destaco, como é óbvio, os diversos trabalhos que tem feito com os U2, aproveito para dizer que os U2 sempre assumiram a sua admiração pelos Joy Division, a verdade é que eu não o podia deixar de ver. Para além de que, como gosto imenso de música, ver um filme sobre alguém que fez parte de uma banda tão marcante é sem dúvida quase obrigatório.

O filme é genial!!! Não há muito mais a dizer. A realização de Corbijn é uma espécie de desfilar de fotografias, o filme acaba por ser como que milhares de imagens vistas de seguida. Os planos são na sua grande maioria parados e altamente trabalhados a todos os níveis. Depois, a cor do filme. Um preto e branco que resulta na perfeição. Enfim, verdadeiramente fantástico. Por fim, eu que tanto admiro tudo o que tenha a ver com a Inglaterra, encontro aí mais uma razão para adorar o filme. As casas, as chaminés, as placas com os nomes das ruas, as pessoas, a cultura, o estilo de vida... tudo encantador para mim.

Claro que ao ver o filme, percebemos que Ian Curtis, e o filme centra-se acima de tudo nele, ficando os Joy Division para segundo plano, era um pouco para o idiota e por vezes para o ridículo. Era acima de tudo uma pessoa muito especial, com características típicas de pessoas do seu meio e da sua época, mas não nos podemos esquecer que ele se suicidou quando tinha só 23 anos. Era mesmo muito jovem. Destaca-se o facto de conseguir engatar e deixar as miúdas doidas por ele sem dizer rigorosamente nada, às vezes até irrita um pouco esse seu comportamento. Parecia que não reagia às coisas.

Um excelente filme. Daqueles que nos deixa orgulhosos por o ter visto. Daqueles que nos surpreende e que deixa marcas. Aconselho-o a todos!!!

Não queria deixar de realçar o facto de um filme de tão grande qualidade estar só em duas salas de cinema da cidade de Lisboa. As duas do Sr. Paulo Branco, o que me obriga a dizer que se não fosse ele, na volta nem teríamos a hipótese de ver este filme no cinema.

Podem visitar o site oficial do filme aqui.


Deixo-vos com um vídeo de "Love Will Tear Us Apart" interpretado pelos U2 e pelos Arcade Fire.





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