14 de junho de 2008

Cheira bem, cheira a Lisboa



Na quinta-feira passada tive mais uma noite de Santo António. Para mim, que nasci e vivi quase sempre em Lisboa, a noite do dia 12 de Junho é sem dúvida muito especial. São acontecimentos como a noite de Santo António e a final da Taça de Portugal no Jamor que eu penso que se devem defender com unhas e dentes, já que são tipicamente portugueses. Quem os quer ver tem de vir a Portugal. Acabar com eles é estar a matar a nossa identidade.

Tinha 16 anos quando fui pela primeira vez aos Santos. Desde aí só falhei uma vez, mas mesmo nessa ocasião estive em Alfama à tarde mas à noite já não fui, de resto tenho marcado sempre presença. Assim foi também este ano. Depois de um jantar num restaurante em Alfama onde também fui nos dois anos anteriores, onde se come e se bebe bem mas que este ano decidiram inflaccionar imenso os preços, andámos pelo mais típico bairro de Lisboa e pelo Castelo a apreciar e a participar naquela festa tipicamente lisboeta. De seguida, ainda se deu um pulo à Av. da Liberdade para ver algumas marchas a desfilarem. Eu gosto de marchas e é algo que deve ser mantido, mas à quinta marcha uma pessoa já está um pouco cansada daquilo, é que se torna um pouco repetitivo.

Algo que se pôde constatar na noite de Santo António é que a crise está aí. Acho que foi a vez em que vi menos gente tanto em Alfama como na Avenida. Tudo bem que houve feriados e muita gente foi de férias, e o 13 de Junho calhou numa sexta-feira, mas mesmo assim isso não desculpa tudo. Até porque na sexta-feira fui para a terra dos meus pais, de onde vim hoje, sábado, e apesar do fim-de-semana prolongado para todos os que trabalham em Lisboa e do tempo excepcional, a verdade é que foram muito poucas as pessoas que foram lá passar estes dias. Noutros anos não era nada assim e a aldeia do concelho de Vila Velha de Ródão recebia muitas mais visitas do que aquelas que recebe agora.

2 comentários:

Rufferto disse...

Os Santos são mesmo uma tradição popular que não deve desaparecer nunca. É pena é as coisas estarem tão caras, mas com a crise o pessoal dos restaurantes e das banquinhas deve querer compensar numa só noite o que não anda a ganhar durante o ano. Mas é sem dúvida uma grande experiência!

Anónimo disse...

Concordo totalmente! O Santo António é "nosso", não pode acabar!...
E quanto aos fins de semana fora, as coisas fiam mais fino: gasolina cara e a crise não deixa...viajar tanto quanto se deseja!