25 de novembro de 2007

20 anos depois...


... a árvore mais famosa do planeta está de volta.


Adega da Barroca


Um dos hábitos que ganhei nos últimos anos, foi o de ir jantar regularmente a um restaurante no Bairro Alto chamado Adega da Barroca. Ontem, lá fui mais uma vez visitá-lo para uma bela jantarada. A Adega da Barroca é um restaurante bem castiço, mas ninguém melhor que o meu amigo Jorge para o descrever num brilhante texto. Podes lê-lo aqui.

Até quando vamos ter de aturar este tipo?


Portugal lá se qualificou para o Euro 2008. Sinceramente, não fiquei assim tão contente como isso. Em primeiro lugar, se há coisa que em Portugal cada vez me fascina menos é o futebol. Este, enquanto espectáculo e festa, em Portugal é algo que roça a estupidez e a parvalheira e é sem dúvida um espectáculo de qualidade muito duvidosa. Há pessoas que justificam isso com o facto do país ser pobre, mas para mim acima de tudo é uma questão cultural. Desde os adeptos aos dirigentes, passando pelos treinadores, todos abordam o espectáculo futebol de uma forma que eu considero errada.

Mas, em relação à Selecção Nacional a coisa ainda é mais grave. Primeiro, o facto desta ter cada vez menos portugueses e mais africanos e brasileiros. Se é para isto, então que se acabem com as selecções nacionais. Depois, a comandar a nossa selecção está um indivíduo que eu tenho alguma dificuldade em tolerar. Tudo bem que em Portugal a comunicação social é chata e aborrece, por vezes até chega a difamar, tudo e todos, mas vir alguém e dizer que a ele ninguém pode criticar ou fazer uma pergunta mais polémica, isso é que de facto não me parece lá muito correcto. Em Portugal todos são vítimas da comunicação social, então porque é o Scolari não o haveria também de o ser?! O problema desse indivíduo é o facto de se sentir superior a todos os portugueses e de ter imensas dificuldades em conviver com uma sociedade democrática da Europa Ocidental. O que os jornalistas fazem com o Scolari, fazem-no também com os outros treinadores, com políticos, etc.. Ninguém se livra deles. Então, quem é que o Scolari pensa que é para não aceitar criticas ou perguntas complicadas?! E depois ainda se arma em vítima. Detesto indivíduos arrogantes e ditadores e que depois gostam de assumir uma postura de se vitimizarem para todos terem pena dele, algo que o Scolari faz muito bem e que os portugueses se deixam levar com muita facilidade. E ainda teve a lata, talvez por vir do terceiro mundo, de vir dizer que os portugueses não o apoiaram quando deu um soco num jogador da equipa adversária. Enfim, nem há palavras para o comportamento deste senhor. Depois vem afirmar que faz muito por Portugal, enfim ele é só um treinador de futebol, deve-se julgar mais importante que o Presidente da República ou do que o Primeiro-Ministro, então mas ele não é pago, e muito bem pago, para defender os interesses de Portugal ao nível da sua selecção de futebol?! O nosso país tem milhões de pessoas a receberem ordenados da tanga, mas nem por isso se livram da pressão e por vezes de situações complicadas em termos profissionais, então porque é que o Scolari que é tão bem pago, não tem de passar também por situações complicadas?!

Por isso, na realidade estou-me completamente nas tintas para o que Portugal fará no Euro 2008.

E para o Scolari, aconselho a selecção da Venezuela.

19 de novembro de 2007

Control




Nem sei como começar a escrever sobre o filme que vi ontem. A verdade é que o adorei, mesmo fantástico a todos os níveis. O filme chama-se "Control", foi realizado pelo holandês Anton Corbijn, conhecido por trabalhos que tem feito com diversas bandas e músicos (U2, Depeche Mode, Rolling Stones, etc), e pretende retratar os últimos anos de vida de Ian Curtis, vocalista dos Joy Division.

Sinceramente, nunca fui grande fã da música dos Joy Division e do Ian Curtis sabia, para além de que tinha sido vocalista dos Joy Division, que ele se tinha suicidado muito novo e que era um indivíduo muito especial e bastante atormentado. Mas, ao saber que o filme tinha sido realizado pelo brilhante Anton Corbijn, do qual eu destaco, como é óbvio, os diversos trabalhos que tem feito com os U2, aproveito para dizer que os U2 sempre assumiram a sua admiração pelos Joy Division, a verdade é que eu não o podia deixar de ver. Para além de que, como gosto imenso de música, ver um filme sobre alguém que fez parte de uma banda tão marcante é sem dúvida quase obrigatório.

O filme é genial!!! Não há muito mais a dizer. A realização de Corbijn é uma espécie de desfilar de fotografias, o filme acaba por ser como que milhares de imagens vistas de seguida. Os planos são na sua grande maioria parados e altamente trabalhados a todos os níveis. Depois, a cor do filme. Um preto e branco que resulta na perfeição. Enfim, verdadeiramente fantástico. Por fim, eu que tanto admiro tudo o que tenha a ver com a Inglaterra, encontro aí mais uma razão para adorar o filme. As casas, as chaminés, as placas com os nomes das ruas, as pessoas, a cultura, o estilo de vida... tudo encantador para mim.

Claro que ao ver o filme, percebemos que Ian Curtis, e o filme centra-se acima de tudo nele, ficando os Joy Division para segundo plano, era um pouco para o idiota e por vezes para o ridículo. Era acima de tudo uma pessoa muito especial, com características típicas de pessoas do seu meio e da sua época, mas não nos podemos esquecer que ele se suicidou quando tinha só 23 anos. Era mesmo muito jovem. Destaca-se o facto de conseguir engatar e deixar as miúdas doidas por ele sem dizer rigorosamente nada, às vezes até irrita um pouco esse seu comportamento. Parecia que não reagia às coisas.

Um excelente filme. Daqueles que nos deixa orgulhosos por o ter visto. Daqueles que nos surpreende e que deixa marcas. Aconselho-o a todos!!!

Não queria deixar de realçar o facto de um filme de tão grande qualidade estar só em duas salas de cinema da cidade de Lisboa. As duas do Sr. Paulo Branco, o que me obriga a dizer que se não fosse ele, na volta nem teríamos a hipótese de ver este filme no cinema.

Podem visitar o site oficial do filme aqui.


Deixo-vos com um vídeo de "Love Will Tear Us Apart" interpretado pelos U2 e pelos Arcade Fire.





16 de novembro de 2007

Morangos Com Azedume



Deixo-vos com um texto que escrevi a pensar na quinta temporada da novela "Morangos Com Açúcar", sem dúvida caracterizada pelos excelente diálogos entre as personagens intervenientes.


O Manuel e a Cristina estão no bar do colégio a comer qualquer coisa depois das aulas e conversam entre si

Cristina - Já viste a Sara e o Paulo? Estão tão mega-love
Manuel - Ya, podes crer
C - Ya, podes crer
M - Ya
C - Ya
M - Então e nós? Só de estar aqui ao pé de ti já estou com o pincel todo molhado
C - A sério? Eu também estou toda em brasa
M - Porque é que a gente não baza daqui?
C - Ya, mas tens dinheiro para o hotel?
M - Não, só tenho aqui uns trocos, só dá mesmo para uma pensão. Conheces alguma? É que eu não percebo nada dessas coisas
C - Ya, já ouvi falar numa bacana
M - baril
C - Ya
M - Pá, mas tenho de assumir uma coisa
C - Ya, assume lá
M - Eu sou virgem

Nesta altura, Cristina fica com um ar envergonhado e atrapalhado

M - Então, o que se passa? Não me digas quê...
C - Ya, já não sou virgem, o meu pai violou-me até eu fazer 12 anos. Depois disso, diz que eu já sou uma senhora
M - Foda-se, que cena marada. Então quer dizer que o teu pai é peidófilio?!
C - PEDÓFILO, é mesmo estúpido
M - Ya
C - Vamos lá então, antes que a chama se apague. Mas olha, vamos afinal para minha casa, que agora lembrei-me que os meus pais estão para fora
M - Ya, assim ao menos não gasto dinheiro em pensões

Vão então os dois para casa da Cristina. Quando lá chegam, Cristina mostra-lhe toda a vivenda, incluindo o quintal onde estão umas galinhas, mais conhecidas por FRACAS, por parecer que estão sempre a gritar FRACAS FRACAS

No dia a seguir, Cristina está no recreio do colégio com a sua colega Ana

Ana - Então, como correu ontem com o Manuel? Ouvi dizer que saíram daqui a correr
Cristina - Nem imaginas... Sabes as galinhas FRACAS que tenho no meu quintal?
A - Sim
C - Pois, ele pegou numa e deixou-me ali sozinha e abandonada
A - Desculpa, mas o que estás dizer?
C - O que é que te parece?
A - Bem, que cena marada. Foda-se!!!
C - Estou de rastos
A - Sim, nunca tinha ouvido falar numa gaja a ser trocada por uma galinha FRACA
C - Ya, estou bueda de rastos
A - E ele saiu lá de tua casa e nunca mais o viste?
C - Eu não, mas o Ricardo há bocado contou-me que o viu a entrar num hotel com uma galinha. E isso é que me deixa ainda mais lixada. Comigo só tinha dinheiro para a pensão, mas com a galinha já tinha para o hotel
A - Bem que cena
C - Ya podes crer

CSI



Já há algum tempo que estava para prestar alguma atenção à conhecida série CSI. A verdade é que nunca conseguia ver um episódio a partir do início, quando o apanhava já ele estava a decorrer e acabava por não perceber grande coisa, até porque é logo no início que tomamos conhecimento do que está na base do episódio, ou seja, do crime que depois alimenta toda a história. Por vezes, ainda se verifica mais um crime ao longo do episódio, mas o que aparece de início é o que mais interessa. Assim, quem não vê de início acaba por não valer a pena vê-lo a partir do meio, já que não vai perceber grande coisa. Mas, há algumas semanas atrás, consegui ver do princípio ao fim um episódio e a verdade é que me convenceu. Não é uma série tão boa como o 24, também tem outras características, mas vê-se muito bem e desde que vi o primeiro episódio que já vi mais uns tantos, todos no canal AXN, que todas as noites dá uns tantos episódios. Basicamente, o que se passa em cada um dos episódios, não há qualquer espécie de continuidade entre eles, é um crime ou dois e depois o acompanhamento, exaustivo diga-se de passagem, de toda a investigação. Por vezes, explicam as coisas tão ao pormenor que até chega a cair no ridículo.

Apesar de não ser uma série brilhante, a verdade é que se vê muito bem e aconselho-a a toda a gente.

Mariza no Atlântico

Como tinha anunciado há algum tempo atrás, fui ver o concerto da Mariza ao Atlântico e calculo que devo ter sido das poucas pessoas que saíram do mesmo algo desiludidas. Tudo bem que a Mariza tem uma excepcional voz, mas continua-me a meter um pouco de confusão quando se dá tanta importância a alguém que canta músicas que não compôs e que pouca influência terá tido nos arranjos das músicas que canta. Depois, achei o concerto muito previsível, sem nada que surpreendesse de facto.
Mas do que menos gostei foi do papel desempenhado pelos convidados durante o concerto, principalmente da parte do sr. angolano e do sr. brasileiro, que subiram ao palco do Atlântico e que por pouco transformaram aquilo mais num concerto seu do que propriamente numa lógica de Mariza e Convidados. Isto porque esses tais convidados, o angolano e o brasileiro, meteram-se a contar história da maria cachucha a a divagar em grande estilo, destruindo por completo o ritmo do concerto. Depois, fartaram-se de tocar músicas que pouco tinham a ver com a Mariza. Tudo bem que o concerto também pretendeu homenagear a Lusofonia, mas por favor, tudo tem um limite. Entre os convidados, o melhor foi sem dúvida o Rui Veloso. Com uma atitude altamente profissional e competente e que subiu ao palco para fazer o que tinha a fazer e acabou, não houve para cá conversa de chacha. Também gostei do Tito Paris, enquanto representante do povo cabo verdiano, sem dúvida muito mais simples e humilde do que angolanos e brasileiros. Também apreciei a actuação do Tito Paris porque me fez recordar a viagem que fiz este ano à Ilha do Sal. Gostei da prestação do Carlos do Carmo, mas não deixou de ser extremamente previsível e óbvia.

Uma última palavra para o público, que batia palmas por tudo e por nada e que até obrigou o Carlos do Carmo a dizer que não se bate palmas enquanto se ouve o fado.

Viagem à Irlanda (21 a 25 de Julho 2012)

Sendo eu um enorme fã dos U2 desde os meus 10 anos de idade (desde 1984), ir à Irlanda era há muito tempo um desejo e um sonho que eu queri...