8 de novembro de 2009

Paulo Bento... 4 anos a mais no Sporting


Começo por afirmar que sempre admirei o Paulo Bento enquanto jogador, como também nada tenho contra aquilo que ele é, ou parece ser, como pessoa. Mas, desde o primeiro segundo que fui contra a sua chamada para orientar a equipa principal do Sporting. Em primeiro lugar, porque a chegada de Paulo Bento a treinador ocorreu como consequência da saída do excelente treinador José Peseiro, algo que me deixou profundamente irritado, pela saída em si, porque achava que ele era o melhor treinador para o Sporting, como também pela forma vergonhosa como correram com ele de Alvalade. Na altura fiquei extremamente revoltado com o que aconteceu. Em segundo lugar porque sempre considerei que Paulo Bento não tem cultura nem conhecimentos científicos para treinar uma equipa da grandeza do Sporting. E isso ficou à vista ao longo destes 4 anos. O Sporting apresentou sempre um futebol miserável e nada atractivo, em que o espectáculo e o efeito surpresa estiveram sempre ausentes, a história do losango já cheirava mal. Dos muitos jogadores novos que chegaram a Alvalade nenhum vingou, talvez a única excepção tenha sido o Ismailov. Os jogadores não eram valorizados e não praticavam bom futebol e por isso o clube não fazia bons negócios, a excepção foi o Nani. Depois, apesar de ter sido o treinador mais protegido da história do clube, como afirmou o próprio Pedro Barbosa, tanto pela direcção, adeptos e imprensa, a verdade é que as conquistas não foram assim tantas como isso. Os segundos lugares nos campeonatos foram mais demérito do Benfica do que mérito do Sporting. Por último, não gostava do perfil e da forma como Paulo Bento interpretava o futebol, o facto de justificar todos os maus resultados com as arbitragens era algo irritante e primário, influenciando os adeptos que depois me obrigavam a ouvir 90 minutos de assobios em todos os jogos em Alvalade.

Até mesmo a questão do clube estar falido está directamente relacionada com o Paulo Bento. Como ele não valorizava os seus jogadores, o clube não vendia. Depois, com aquele futebol miserável e sempre igual, a consequência era um Estádio de Alvalade com cada vez menos gente. Pior de tudo ainda foi o Sporting se ter transformado num clube coitadinho, do qual todos tinham pena.

Apesar de toda a revolta que tive com a saída do grande Peseiro e de nada gostar do treinador Paulo Bento, a verdade é que continuei ao longo destes 4 anos a ir a todos os jogos do Sporting e sempre devidamente fardado com coisas do meu clube. Para além de que nunca ninguém me viu em Alvalade a assobiar ou a mostrar lenços brancos ao treinador. Mantive-me sempre fiel ao meu clube e nunca o deixei de apoiar e ainda há poucos meses vibrei imenso com o facto de receber o emblema de 25 anos de sócio do grande Sporting. Mas claro que foram 4 anos em que o meu sportinguismo esteve um pouco por baixo, digamos que vibrava menos com as vitórias e não sofria tanto com as derrotas.

Para o futuro, desejo um treinador que ponha os jogadores a saberem jogar à bola e que coloque a equipa a dar espectáculo... e a vencer. Também desejo um treinador pela positiva, que encare o futebol pelo lado do espectáculo. Se me perguntarem nomes, eu diria que o Paulo Sérgio e o Villas Boas seriam excelentes soluções, mas prometi a mim mesmo deixar de me envolver tanto com a questão do treinador. Acho que isto da clubite tem de ser mesmo uma coisa totalmente irracional e ponto final. A direcção que decida quem vai treinar o Sporting, que por mim a escolha está aprovadíssima.

VIVA O SPORTING!!!

1 comentário:

Rufferto disse...

Nestes últimos dias já se falou de para aí uma dúzia de nomes para novo treinador do Sporting... na volta treina uma semana cada um, que é da maneira que os adversários nunca sabem bem o que esperar.