25 de maio de 2008

Rolling Stones Shine a Light


Fui ver na semana passada o filme Shine a Light dos excepcionais Rolling Stones, e posso dizer que é um filmaço do caraças. Digo isto porque ele capta aquilo que mais interessa num espectáculo dos Stones: a cumplicidade entre os membros da banda, o profissionalismo de Mick Jagger, o rock n' roll em pessoa que é Keith Richards, o bacano que é Ron Wood, o baterista mais calmo do mundo que é Charlie Watts, o quanto eles os quatro adoram estar em cima do palco a tocar a sua música e não só. Assim, um concerto dos Rolling Stones tem de ser visto lá à frente ou então, mas isso é mais complicado, numa sala pequena como o Beacon Theatre, sala onde foi gravado este filme. Estar a ir para longe do palco, naquela que o ecrã e as luzes compensam a distância do mesmo, é um enorme erro e desperdício. Ver Stones, é lá à frente, que é para nos apercebemo-nos do quanto aquela gente vibra com aquilo que está a fazer em cima do palco e é isso que Shine a Light capta da melhor forma.

Destaque também para a set list, em que lá pelo meio tem várias versões, verdadeiramente extraordinárias, de temas de outros, como também músicas dos Stones que são menos conhecidas e menos tocadas ao vivo. No final, os clássicos do costume, em relação aos quais já começa a existir uma certa saturação.

Para mim o momento alto do filme é a interpretação de Champagne & Reefer, em que os Stones contaram com a presença em palco de Buddy Guy.

Também uma palavra final para a excelente realização de Scorsese. Mas, estar a comparar este filme a U23D é um verdadeiro disparate. Quando se convida o Scorsese para realizador, o objectivo é um, quando se faz um filme em três dimensões, o objectivo é outro totalmente diferente.

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