20 de abril de 2008

U23D... 5 vezes



Quem me conhece, encara com alguma naturalidade o facto de eu ter ido ao cinema ver por 5 vezes o filme U23D. A verdade é que enquanto enorme fã dos U2, foi com muita ansiedade que esperei a estreia do filme em Portugal e que entrei em loucura quando ele finalmente chegou às nossas salas de cinema.

Através de um passatempo da RFM, consegui bilhetes para a antestreia do filme no dia 1 de Abril, uma terça-feira, exactamente a primeira sessão a passar o filme em Portugal. Assim, é com orgulho que digo que fiz parte do grupo de portugueses que viu o U23D pela primeira vez. Depois da antestreia, vi o filme mais 4 vezes. No total foram 5 vezes, 3 no Colombo, 1 no Vasco da Gama e 1 no Alvaláxia. No Colombo estava tudo impecável, só o som é que estava um pouco baixo e tratando-se de um filme-concerto sem dúvida que fazia todo o sentido que o som estivesse mais alto, o que aconteceu no Vasco do Gama, de facto aí o som estava impecável. No Alvaláxia o som estava ao nível e idêntico ao Vasco da Gama.

Antes de U23D, já tinha tido a possibilidade de ver os U2 no cinema, aquando da exibição do filme Rattle and Hum nas salas de cinema portuguesas. Tinha 14 anos quando fui ao cinema Tivoli ver esse excepcional filme. Lembro-me de estar extremamente excitado no dia em que o fui ver e também nos dias anteriores e seguintes.

Como alguns sabem, U23D é um filme-concerto gravado nos concertos da América Latina da Vertigo Tour. O que justifica o facto dos U2 terem feito este filme e de o terem colocado nas salas de cinema foi, sem qualquer dúvida, o recurso à tecnologia digital 3D. De facto, o filme apresenta uma banda em excelente forma e ainda com muito para dar a todos os níveis, mas parece-me que se não fosse a particularidade do filme ser em 3D, os U2 não o teriam concebido. O objectivo da banda foi na realidade o de serem, mais uma vez, pioneiros, sendo assim os primeiros a mostrar ao mundo uma determinada inovação. Depois de U23D, todos já pudemos constatar que vão estrear mais uma porrada de filmes em três dimensões.

O filme está verdadeiramente extraordinário, captando muito bem o que foi a Vertigo Tour. Quem conhece bem essa tourné, acaba por não ser surpreendido por nada o que acontece ao longo de U23D, daí eu dizer que o que está por trás da concepção deste filme é o recurso às três dimensões.

No início do filme, podemos ver as primeiras pessoas que entram no estádio a correr que nem umas loucas para conseguirem ficar na primeira fila, situação pela qual eu já passei montes de vezes, em concertos dos U2 e não só.

Duas coisas negativas no filme, o facto do mesmo não ter conseguido captar a intensidade e a emoção que é a entrada da banda em palco e o início do concerto. E também a não existência de pelo menos uma câmara na bancada oposta ao palco, para apanhar todo o estádio. De resto, não tenho nada a apontar, temos um filme-concerto da maior e melhor banda de todos os tempos, que apesar de não se encontrar na altura no seu auge criativo, continua a revelar muita criatividade e paixão em tudo o que faz. U2 SEMPRE!!!

1 comentário:

Rufferto disse...

O filme está um grande espectáculo, mas é impossível não se ficar a imaginar como será esta tecnologia 3D aplicada noutros campos, tipo perseguições de carros, lutas de naves espaciais ou aventuras na Mansão da Playboy.