16 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011


No fundo, eu até sou monárquico, mas sem dar grande importância a isso. Parece-me é que um rei é preparado para tal desde o momento em que nasce e acima de tudo, só um rei é que consegue de facto estar acima de políticas, ideologias e partidos.

As eleições presidências irão realizar-se no próximo dia 23, e, tal como nas de 2006, também agora me sinto muito envolvido com elas. Isto porque o Professor Cavaco Silva é dos poucos políticos portugueses que de facto merece a minha consideração, respeito e admiração. Cavaco Silva é uma pessoa da maior honestidade e competência, colocando sempre em primeiro lugar o interesse nacional. Depois do 25 de Abril, Portugal nunca se desenvolveu tanto, em todos os níveis e em todas as áreas, como durante os 10 anos do cavaquismo. Por isso, é com toda a convicção que voto no Professor, esperando que ele vença logo à primeira e com mais de 60% dos votos. E já agora, que o Fernando Nobre fique em segundo, já explico porquê, mas isso deverá ser mais complicado.

Portugal encontra-se numa situação dramática a todos os níveis, estando cada vez mais distante, em tudo, do resto da Europa, e esta campanha revela, mais uma vez, o porquê do país estar como está. Com esta esquerda primitiva, terceiro-mundista e intolerante, o país nunca sairá deste buraco em que está mergulhado. Esta esquerda domina e controla por completo Portugal desde o 25 de Abril e é ela que não deixa que o país saia deste estado de miséria, de pobreza e de analfabetismo. Na minha opinião, Portugal é dominado por partidos, políticos, sindicatos, associações, e por aí fora, que vivem deste país atrasado, pobre, miserável e inculto. Se Portugal se desenvolve, se ficar mais rico, mais culto, com menos desemprego, então esses partidos e essa gente deixam de ter importância e de ter "clientes". Óbvio que quando falo em partidos, estou a falar nos da esquerda, que vivem, sem qualquer dúvida, deste Portugal atrasado e com pobreza. Assim, são também eles que tudo fazem para que o país não se desenvolva e não ande para a frente. Se Portugal melhorasse a todos os níveis, o que seria desses partidos de esquerda e dos sindicatos?! Será que alguém lhes ligaria alguma?! Porque será que em grande parte da Europa desenvolvida não existe praticamente comunismo e extrema-esquerda?! Aliás, não é ao acaso que os esquerdistas são todos republicanos, isto porque a monarquia, como aliás se pode verificar na Europa, garante mais estabilidade, paz e desenvolvimento. Como não é isso que interessa à esquerda, então toca a querer a república que é mesmo para haver mais confusão e instabilidade. É isso que lhes dá razão de existir

Em Portugal há então muita gente a viver da pobreza alheia, acabando por a estimular ao máximo, transformado esta mais numa opção de vida do que propriamente fruto de diversas circunstâncias. Ser pobre até é rentável, não se faz nada, não se trabalha, não se pagam impostos, saúde, escola, e depois o estado dá-lhes tudo. A juntar a isto, ainda temos uma boa parte da classe política que continua a dar a entender que podemos todos não fazer nada e viver à conta do estado, que nos dá tudo à borla sem receber nada em troca. São direitos para todos e ponto final.

Voltando às eleições presidenciais, e à respectiva campanha, esta vem mais uma vez demonstrar que há políticos que continuam a viver numa lógica de país atrasado, à beira do terceiro mundo, com um discurso que não se adequa em nada ao discurso que deveria ser seguido por um candidato presidencial. Só existem duas excepções: Cavaco Silva e Fernando Nobre.

Parece-me que com esta Constituição, tão elogiada pelos esquerdistas nomeadamente pelo candidato Manuel Alegre, e com este sistema de governo semi-presidencialista, o Presidente da República é o presidente de TODOS os portugueses, estando acima de partidos, querelas político-partidárias, ideologias, etc. O PR é o representante máximo da nação e de todos os portugueses, sem excepção. Olhando para os candidatos, temos o Francisco Lopes a fazer campanha para as legislativas e a mentir aos portugueses. Qualquer pessoa que conheça a realidade dos países comunistas, sabe que na prática o comunismo é exactamente o oposto das ideias que ele anda a defender. Depois, temos o Defensor Moura que imagino tenha sido lá colocado pelo PS para fazer o jogo sujo e dizer coisas que o Manuel Alegre não pode dizer. Ainda há um candidato da Madeira, que aparece sempre sem ninguém e que agora teve o descaramento de ir à casa de férias do actual Presidente da República dizer mais uns tantos disparates. E agora, vem o Manuel Alegre, que me leva a perguntar como é possível em pleno século XXI levarmos com uma coisa destas. Este senhor, tem o descaramento de se apresentar como o candidato da esquerda, desprezando e faltando ao respeito às pessoas de direita, e depois diz-se democrata, como também às pessoas que são contra o aborto e o casamento gay. Ele fala do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo como se fosse o dono da verdade, dando a entender de que quem é contra é atrasado e antiquado. Quem é democrata tem de respeitar as opiniões contrárias, o que não acontece com o Sr. Alegre que se julga dono da razão e da verdade. Como disse atrás, um PR tem de ser o presidente de todos os portugueses e o candidato Alegre caso vença as eleições será o presidente da esquerda e ponto final, desprezando por completo o facto de haver portugueses que não são de esquerda. Depois, este homem que fala tanto em democracia e se diz ter tido um papel importante na feitura da actual Constituição, tem o descaramento de vir dizer, ou dar a entender, que se for para Belém irá defender o estado social e, como é óbvio, a esquerda. Eu fico parvo com isto, como é possível alguém dizer que vai defender o que quer que seja para Belém, ainda para mais sendo uma pessoa que se diz democrata e defensor desta Constituição. Vamos supor que Alegre seria o próximo Presidente da República e nas próximas eleições legislativas o povos português decidia dar a vitória a um partido que achasse melhor reduzir ao mínimo o estado social. O que é que o Alegre faria?! Não deixava o governo concretizar o seu programa de governo?! Ia contra a vontade dos portugueses expressa em eleições legislativas?! É que não se percebe mesmo. O problema de pessoas como o Alegre é que continua a confundir democracia com as suas próprias ideias. Mas para ainda baralhar mais as coisas, o Alegre é do partido que neste momento está a destruir por completo o estado social em Portugal, levando tudo à bancarrota, nomeadamente o serviço nacional de saúde. É sem dúvida uma bela trapalhada e uma enorme aldrabice, mas acima de tudo um presidente da III República portuguesa tem de ser alguém que aceite aquilo que os portugueses decidam em eleições legislativas. Olhando para os últimos presidentes da república, rapidamente percebemos que tanto Mário Soares como Jorge Sampaio nunca respeitaram os governos de direita, fazendo de tudo para lhes dificultar a vida. São estes senhores que têm na realidade de ficar para trás na história deste país. Politicamente, eles não interessam para nada, se o objectivo é que o país se desenvolva e se acabe, a sério, com o desemprego e com a miséria.

Os únicos candidatos que estão então a fazer uma campanha com dignidade e adequada a umas eleições presidências, são Cavaco Silva e Fernando Nobre, que não falam nem na esquerda nem na direita, nem em situações que têm a ver com o Governo e não com o Presidente da República.

Eu nem vou falar da situação do BPN e da casa do Professor no Algarve. Acredito totalmente na sua inocência em todos estes casos. Mas, enfim, todos nós temos telhados de vidro e quem nunca errou que atire a primeira pedra. Em Portugal continua-se a criar aquela ideia de que os políticos têm de ser pessoas sem defeitos, que nunca tenham errado ou feito alguma coisa negativa ao longo da vida. Mas pessoas assim, pura e simplesmente não existem, nem em Portugal nem em qualquer parte do mundo.

Assim, eu acredito em Portugal e vou votar com toda a convicção em Cavaco Silva.

9 de janeiro de 2011

Resposta aos comentários dos membros dos LEMON

Sobre os comentários deixados aqui pelo guitarrista e vocalista dos LEMON U2 Tribute Band, gostaria de deixar a seguinte mensagem.

O comentário que coloquei no meu blogue foi unicamente pessoal e apesar de ter colocado a informação de que sou baterista dos THE FLY, em todo o texto não se encontra uma única referência ou comparação entre a banda tributo a U2 de que faço parte e a banda do Porto, cidade que adoro. Para além da mensagem ser da minha autoria, coloquei-a no meu blogue, e não no dos THE FLY, tendo também enviado uma cópia para a mailing list da U2Pt também em meu nome.

Ao contrário do Sr. João Paulo das Neves que nunca teve a humildade de nos ver ao vivo, apesar dos 4 concertos que já demos no Porto, eu desloquei-me no domingo à noite, dia 2, ao Hard Rock Cafe com a melhor das intenções e com o único objectivo de matar a curiosidade relativamente a esta banda tributo a U2 que surgiu recentemente. E claro, por ser fã, vibrar com a música daquela que é para mim a melhor banda do planeta.

Assisti ao concerto e no final saí do Hard Rock Cafe com uma opinião, como é natural, que coloquei então no dia seguinte no meu blogue, tendo também enviado uma cópia da mesma para a mailing list da U2Pt. Felizmente que isto não é a Coreia do Norte e que podemos ter e transmitir as nossa opiniões sobre tudo e mais alguma coisa, servindo o blogue, e também neste caso a mailing list da U2Pt, para isso mesmo. Foi uma opinião pessoal e nada mais do que isso, que tentei justificar ao máximo, tendo o cuidado de não entrar na calúnia e na difamação.

Se os fãs dos U2 criticam os próprios U2, então será que as bandas tributo não podem ser criticadas?! Aliás, até acho que a critica, desde que construtiva, é altamente benéfica para qualquer banda, como aliás se percebe dos comentários dos membros dos Lemon, principalmente do vocalista, que depois de terem lido a minha opinião parece estarem agora mais “espicaçados” relativamente ao que vão fazer no futuro.

Em relação às críticas que o Sr. João Paulo das Neves faz aos THE FLY, volto a dizer que ele nunca nos viu ao vivo e que mais parecem vindas de um menino mimado que não gosta de ser criticado. Eu admito perfeitamente que haja muita gente por aí a dizer mal de nós, só tenho pena é que essas críticas não tenham sido feitas directamente à banda, isto porque, como disse atrás, são elas que levam as bandas a evoluir e a crescer. O guitarrista dos Lemon afirma que há pessoas que dizem que nós somos chatos, mas na realidade nunca ninguém nos disse isso na cara. Então de duas uma, ou o Sr. João Paulo das Neves inventou isso, ou então quem lhe disse, disse-o nas costas não tendo coragem para o dizer publicamente, algo que, volto a dizer, não me parece ser a postura correcta.

Tal como disse no comentário ao concerto, apesar de achar que os outros 3 elementos da banda não estiveram bem, acima de tudo destaquei o papel do guitarrista e o que ele faz com as músicas dos U2. Acredito que os outros 3, com trabalho e dedicação, até poderão fazer muito melhor do que aquilo que fizeram, mas com aquele guitarrista, que também me parece ser o líder da banda, não terão, para mim, um grande futuro pela frente. O Sr. João Paulo das Neves tem a lata de destruir por completo as músicas dos U2, tocando coisas que não se assemelham em nada ao que acontece no original. Eles até poderiam dizer e apresentar-se como uma banda que dá umas roupagens diferentes aos temas dos U2, agora dizer que são uma banda tributo para depois o resultado final ser aquilo… isso é que me faz confusão!!! Eu não sou defensor da honra dos U2 e eles nem precisam que alguém os defenda, mas enquanto fã, se tenho o direito de criticar e de dar a minha opinião relativamente aos próprios U2, então porque razão é que não o posso fazer a uma banda tributo?!

Sobre o que disse atrás, relativamente ao que o guitarrista dos Lemon faz com as músicas dos U2, deixo em baixo dois vídeos: o original, ao vivo, e a versão dos Lemon do tema The Fly. Comparem e digam o que acham. Será que o Edge gostaria de ver e ouvir aquilo? Será que os U2 se sentiriam respeitados se vissem isto? (Tirei os vídeos dos LEMON do meu blogue).

Relativamente à ajuda, através de cunhas, disponibilizada pelo Sr. João Paulo das Neves, quero dizer que os THE FLY o que têm conseguido tem sido fruto, única e exclusivamente, de muito esforço, suor, trabalho e um enorme amor pelos U2. É isso que nos move, nada mais. Não precisamos de cunhas para nada, ao contrário dos Lemon que tudo o que têm só pode ser fruto delas. Nós, tal como aconteceu com os U2, queremos conseguir as coisas com mérito, começando por baixo.

O Sr. João Paulo das Neves vem falar em humildade, o que me faz rir depois ter visto a sua atitude no Hard Rock Cafe, e de coragem por terem interrompido o concerto a meio. Esta atitude não revela qualquer espécie de humildade ou coragem, mas sim uma enorme falta de respeito pelo público, por duas razões. Em primeiro lugar, a banda Lemon não se preparou devidamente para esta actuação, se o tivessem feito as coisas tinham corrido de outra forma. Em segundo lugar, os Lemon anunciaram um intervalo, mas depois o que se passou foi que não regressaram ao palco, não dando qualquer satisfação a quem ficou na sala à espera deles. Mais uma vez não respeitaram quem lá estava para os ver. Além de que, como é possível alguém falar em humildade para depois na sua página do Facebook se definir com a frase: “...nothing less than the best!”

Agora, vamos à democracia. O nível da democracia vê-se, em primeiro lugar, através de algo da maior importância… a VERDADE!!!. Na realidade, quem visitar o site dos Lemon não encontra a verdade daquilo que é esta banda. O seu blogue não tem qualquer vídeo, nem áudio, de actuações, para além de que nem anunciaram a mudança de vocalista. A juntar a tudo isso, ainda têm um ficheiro áudio muito duvidoso no canto superior direito. Quem visitar o site dos Lemon, sai de lá como entrou, sem saber o que de facto estes senhores fazem e valem ao vivo. Ao contrário dos THE FLY, que sempre colocaram à disposição de toda a gente vídeos das suas actuações, para além de terem noticiado as duas mudanças de vocalista. É no dizer a verdade que se vê o nível da democracia. A propósito disto, e da questão das cunhas, se a página deles não tem nada que prove o que estes senhores são ao vivo, então como é que terão conseguido os concertos?!

E por aqui me fico, dando um conselho aos outros 3 membros dos Lemon. Se querem ter uma banda tributo a U2 decente, então mudem de guitarrista. Com este não vão lá. Podem perder as cunhas, mas tudo o que conseguirem será por mérito próprio e terão um verdadeiro tributo à banda irlandesa.

U2 SEMPRE!!!


3 de janeiro de 2011

Lemon U2 Tribute Band no Hard Rock Cafe... Uma vergonha!!!

Por ser um enorme fã dos U2 e baterista da banda THE FLY, fui neste domingo ao Hard Rock Cafe para ver os Lemon U2 Tribute Band, grupo do Porto formado recentemente, tendo tomado conhecimento da sua existência por alturas dos concertos dos U2 em Coimbra. No curriculum desta banda estão actuações em locais como o Hard Club, FNACs, etc., e no dos músicos podemos ver participações em projectos conhecidos, tanto portugueses como estrangeiros, nomeadamente Oasis e New Order.

A única coisa que tinha visto e ouvido desta banda foi uma entrevista e uma actuação deles num programa do Porto Canal, em que interpretaram o tema Desire, actuação essa que foi um autêntico desastre a todos os níveis, principalmente da parte do vocalista. Também já tinha visitado por diversas vezes a página na Internet destes senhores, que, por muito estranho que pareça, não tem qualquer vídeo nem comentários. Tem sim muitas fotos, na qual se poderia constatar que o guitarrista tinha imenso material e roadies.

Fui então para o Hard Rock com alguma curiosidade em constatar ao vivo como era então a mais recente banda portuguesa tributo aos U2.

Pensei que na noite de 2 de Janeiro o HRC teria pouca gente, mas a verdade é que a casa estava muito bem composta e com um público que estava ali de facto para curtir U2. Portanto, não seria por aí que o concerto iria correr mal.

Quando entrámos, podemos constar de imediato que o guitarrista tinha um enorme arsenal de material. Dois amplificadores VOX, umas 20 guitarras, mais não sei quantos pedais. Para além de todo o material, e podemos apercebermo-nos disso depois durante a actuação, o senhor ainda tem um roadie, estilo Dallas Schoo, só para lhe afinar e dar-lhe as guitarras para as mãos. Para além deste roadie, ainda tinham pelo menos mais um. A mim faz-me confusão como é que uma banda de bares tem capacidade, nomeadamente financeira, para ter roadies, mas isso é lá com eles.

A certa altura, apercebo-me que o vocalista era outro, o que me fez pensar que a banda agora até poderia estar bem melhor do que aquando da actuação no Porto Canal.

O concerto começa e desde logo meti as mãos à cabeça. Mas como é possível algo tão mau, tão horrível?! Eu nem vou falar das constantes desafinações, tanto do vocalista como dos instrumentos, nem da postura decadente e completamente fora do universo U2 de todos os membros dos Lemon. Acima de tudo, apetece-me destacar a tremenda falta de respeito que estes senhores têm para com os U2, principalmente da parte do guitarrista. O baterista toca umas coisas parecidas com o que o Larry faz, o baixista também toca umas malhas que ao longe fazem lembrar as malhas do Adam, o vocalista, que teve o concerto todo "a ler o jornal", nunca deve ter visto uma actuação do Bono, etc.. Mas cima de tudo, é preciso destacar o guitarrista. O senhor durante todo o concerto não tocou uma única coisa igual, ou até mesmo parecida, com algo que o Edge toque. Nada, tudo completamente diferente e a uma distância brutal do original. Ele deve-se julgar de tal forma bom e superior, que pensa que tem o direito de fazer aquilo com as músicas dos U2. Por muito curriculum que ele tenha, nada lhe dá o direito de destruir as músicas. Pura e simplesmente, o guitarrista dos Lemon faz com a guitarra o que lha passa pela cabeça, tanto em termos de acordes/notas/melodias como de som, não fazendo lembrar nem por uma vez o que se ouve nos U2. Isto é uma vergonha!!! Já vi muitas bandas tributo, umas melhores do que outras e todas a soarem, como é óbvio, um pouco diferente do original, mas em todas elas encontrei um mínimo de respeito pela obra da banda irlandesa, que é algo que não encontrei, nem um bocadinho, nesta banda tributo do Porto. O que vi foi alguém com muita mania achar-se no direito de dar cabo das melhores músicas que alguma vez se fizeram no planeta.

Mas será que o senhor guitarrista tem noção da figura que faz?! Ter aquele material todo para depois resultar naquilo. Tocar cada música com uma guitarra diferente para depois sair aquela vergonha.

A mim o que me ainda me revolta mais é o facto destes senhores serem mais uma prova de que Portugal continua a funcionar à base da cunha. Estes Lemon são a prova disso mesmo, fazem o que fazem mas já tocaram em sítios como as FNACs, Hard Club, Hot Five e agora Hard Rock Cafe. Como é possível???? Enquanto fã, não posso aceitar que alguém faça o que estes senhores fazem com as músicas dos U2, aquilo chega a ser crime!!!

Felizmente que os senhores do HRC acabaram com o concerto a meio. Pessoalmente, nunca mais quero ouvir falar desta banda.

Entretanto, houve alguém que fez uns vídeos e colocou-os no Youtube. Podem vê-los aqui. Aquela cena deles a afinar as guitarras com o som a sair para fora é do melhor, fica aqui para se rirem um bocado.

2 de janeiro de 2011

Como me soube bem voltar a ouvir Delfins


Qualquer pessoa da minha geração, que goste de música e tenha acompanhado o que se fazia a esse nível em Portugal nas décadas de 80 e 90, foi marcado pelo trabalho dos Delfins. Eu nunca fui propriamente fã, mas gostava, e até os vi várias vezes ao vivo. Nunca me esquecerei de um desses concertos, por Timor e num dos pavilhões antigos do Sporting, em que os Delfins tocaram depois dos Censurados. Já se está a ver no que aquilo deu, depois da actuação da banda punk, em que o público teve o tempo todo aos encontrões e a fazer moche, surge a banda "beta" de Cascais que foi recebida da pior maneira. Eu só me lembro do Miguel Ângelo a partir de certa altura borrifar-se completamente para o que tinha de cantar e ir à ponta do palco ameaçar, com as mãos nos tomates, a malta que lhe estava a atirar latas de cerveja, etc.

Bom, mas gostava dos Delfins, só que nos últimos anos eles não fizeram nada de relevante, talvez por isso tenham acabado, e eu, tal como grande parte dos portugueses, borrifei-me totalmente para eles.

Entretanto, vi na televisão a anunciarem a última edição da banda de Cascais, e não é que fiquei com vontade de comprar aquilo.

Assim, na sexta-feira, fui até à FNAC comprar o "Delfins - 25 Anos, 25 Êxitos, 1 Abraço... Ao vivo Baía de Cascais", composto por 2 CDs e 1 DVD, com o último concerto que a banda deu, no dia 31 de Dezembro de 2009.

Nem imaginam como me soube bem ouvir aqueles temas que já não ouvia há uma série de tempo. Digamos que me fez recuar no tempo. Os Delfins fizeram sem dúvida grandes canções pop, só foi pena eles a certa altura se terem desorientado com o sucesso. Os últimos álbuns são um enorme fiasco.

21 de novembro de 2010

Coimbra 2010


Já tinha ido várias vezes a Coimbra, e também a Conimbriga. Quando andava nos colégios fui mais que uma vez. Fui também várias vezes com os meus pais. Fiz lá a minha inspecção para a tropa. Durante a licenciatura estive lá uns dias para fazer um trabalho precisamente sobre Conimbriga. Etc.. Mas, a última vez que tinha ido à cidade dos estudantes foi em 2003, para ver o concerto que os Rolling Stones lá deram. Nessa altura, fui no próprio dia do concerto e vim depois dele ter acabado, tendo sido o regresso bem caótico fruto do imenso trânsito, demorei horas a chegar à A1.

Desta vez, decidi fazer as coisas de maneira diferente, até por se tratarem dos U2. Resolvi então colocar férias nos dias 1 e 4 de Outubro, sexta e segunda, ficando assim 4 dias em Coimbra, chegando no dia anterior ao primeiro concerto da banda irlandesa e regressando no dia a seguir ao segundo concerto. Depois de comprados os bilhetes para os concertos e definidas as férias, tratei do hotel em Novembro de 2009. Falei com algumas pessoas, fiz alguns contactos, e rapidamente percebi que já naquela altura os hotéis estavam quase todos cheios, entrando um pouco em pânico. Assim, quando soube que o Hotel Astória ainda tinha quartos disponíveis, foi de imediato que fiz uma reserva, pagando para isso um verdadeiro balúrdio. Digamos que os hotéis, e só eles, os cafés e restaurantes parece-me que mantiveram os preços, aproveitaram-se da ida dos U2 à cidade para inflacionar, e muito, os preços dos quartos. Assim, em Novembro do ano passado, já tinha tudo tratado, bilhetes, férias e hotel, ficando assim mais descansado e relaxado. Em relação às viagens, resolvi que iria de comboio Alfa Pendular, para não ter preocupações com estacionamentos, etc., mas só pude comprar os bilhetes com um mês de antecedência.

O tempo passou a correr e num instante chegámos ao concerto de Paris e aos concertos de Coimbra. Parti então para Coimbra na sexta-feira, dia 1 de Outubro, de manhã, mas não muito cedo para poder dormir bem nessa noite, o comboio partiu às 12h. Arrancámos então de Santa Apolónia rumo a Coimbra, a cidade que seria a capital e o centro de Portugal durante aquele fim-de-semana.


A viagem de Alfa Pendular é uma maravilha, já o tinha experimentado quando fui ao Porto ver os Stones, e, num instante, e sem qualquer cansaço, chegámos à estação de Coimbra B. Aqui, uma breve espera pelo comboio que nos levaria à estação Coimbra A, localizada no coração da cidade e bem perto do Hotel Astória.

O hotel ficava extremamente bem localizado, mesmo junto ao Rio Mondego, e tinha um estilo e um tipo de decoração que mais parecia que tinha parado no tempo. Uma mobília antiga, mas tudo muito bem estimado, tratado e conservado. Naquele hotel era tudo estilo antigo, mas tudo com bom gosto e a verdade é que fiquei muito agradado com ele. Mas, sabendo eu de antemão da localização do hotel, digamos que pensei logo se eles me dariam um quarto com vista para o rio. Quando cheguei à recepção, perguntei de imediato se o quarto teria vista para o Mondego, ao que o senhor me disse que sim, também... para aquilo que eu tinha pago por ele, o que me deixou muito satisfeito. O quarto era muito espaçoso, todo com a tal decoração estilo antigo, e tinha então uma vista maravilhosa sobre o rio.



Quando cheguei ao hotel, outra coisa que perguntei de imediato era se havia algum supermercado na zona, ao que fui informado de que havia um Mini Preço mesmo ao lado da estação. O que era uma excelente notícia. Assim, depois de arrumarmos as coisas, lá fomos então ao supermercado com o objectivo de fazer algumas compras, nomeadamente a pensar no concerto do dia a seguir.

Depois de levarmos as coisas que comprámos no supermercado ao quarto, fomos dar uma volta, tendo um primeiro contacto com a cidade e como esta estava preparada para os concertos dos U2. A verdade é que devo ter sido dos primeiros fãs a chegar à cidade, já que nas ruas era o único que tinha coisas dos U2. Andámos então ali na zona do hotel, fomos ao posto de turismo, passámos a Ponte de Santa Clara para o outro lado, voltámos a passar a ponte, e de seguida fomos às Docas de Coimbra.




Aqui, demos uma vista de olhos por todos os bares que lá estão, não são assim muitos, nomeadamente no Mondego Irish Pub, e acabámos por nos sentar no Rock Café, onde bebemos e comemos qualquer coisa. A seguir, voltámos para a zona do hotel, percorremos a Rua Visconde da Luz, fomos até à Igreja de São Tiago, Praça do Comércio, etc.


De seguida, regressámos ao hotel. O resto do dia estava algo indefinido. Eu tinha um bilhete pata entregar a uma amiga, como também um jantar da U2Pt no Parque de Campismo de Coimbra, local onde os THE FLY estiveram para tocar, acabando eu, enquanto baterista da banda tributo aos U2, por fazer parte do júri de um concurso de karaoke que lá se realizou. Mas digamos que as coisas estavam algo indefinidas em relação à hora em que a Inês estaria em Coimbra para ir buscar o bilhete, como também a hora do jantar e a forma como eu iria para o parque de campismo. Mas depois acabou por correr tudo da melhor forma, a Inês lá apareceu perto do meu hotel para lhe dar o bilhete, e logo de seguida apanhei um táxi rumo ao parque de campismo, onde cheguei exactamente à mesma hora dos meus colegas de staff da U2Pt. Esperámos pelo resto da malta e lá arrancámos com o jantar que foi sem dúvida um excepcional momento de convívio e de boa disposição. De seguida, fomos então para o concurso de karaoke, onde iria então ser um dos júris. Mas, como disse na mensagem anterior, eu encaro de uma forma altamente profissional os concertos dos U2, sendo assim, para além de não ter bebido álcool, a partir de certa altura comecei a preocupar-me com a questão das horas, já que não me queria deitar tarde. Assim, exerci a minha função de júri durante algum tempo, tendo dado pontos a vários concorrentes, mas a certa altura quando comecei a ver que aquilo tão cedo não iria acabar, decidi dar o meu lugar ao Luís, que por lá ficou até ao final do concurso. Eu vim de imediato embora, aproveitando a boleia do Paulo.




O dia 2, como sabem da mensagem anterior, foi totalmente preenchido com o primeiro concerto dos U2 em Coimbra.

No dia 3, dia do segundo concerto, eu tinha então bilhete para a melhor bancada, com lugar marcado. Assim, a minha ideia era aproveitar a manhã para visitar algumas coisas da cidade. Mas, infelizmente, estava um temporal enorme, o que não permitiu fazer grandes coisas nessa manhã. Ainda fui a alguns quiosques, por causa dos jornais que falavam do concerto dos U2 da noite anterior, mais uma volta ou outra, mas na realidade estava um péssimo tempo para fazer turismo na cidade de Coimbra.



A certa altura, encontrei-me com o Paulo e fomos os 3 até às Docas, onde já tinha então estado no dia anterior, onde acabámos por almoçar no Mondego Irish Pub. A partir daqui, já sabem o que aconteceu no resto do dia, foi o segundo concerto dos U2 na cidade dos estudantes.



No dia 4, segunda-feira, aproveitei então para visitar algumas coisas da cidade de Coimbra. Digamos que neste dia estava um pouco mais calmo e relaxado, mas ao mesmo tempo completamente maluco com os concertos dos U2. Depois do pequeno-almoço, lá saímos então do hotel para dar uma volta e subimos em direcção à Universidade de Coimbra. Ainda se sobe um bom bocado e a meio da subida encontramos uma escada enorme quase na vertical.



Sobe-se mais um pouco e chegamos então à Universidade, que ainda se tornou mais interessante de se ver já que se tratava de um dia normal de aulas. Percorremos a Universidade, e respectivas faculdades, toda. É muito interessante uma pessoa ver tudo aquilo, mas acima de tudo sentir o ambiente daquela universidade. Já há uns anitos que eu lá não ia. Mas, a parte mais negativa é que muitas das faculdades estão a precisar de obras, já que apresentam um aspecto algo degradado.




De seguida, fomos à Sé Nova de Coimbra, que vimos só por fora já que se encontrava fechada.


A seguir, fomos até à Sé Velha, que visitámos também por dentro, esta encontrava-se aberta.



À frente da Sé Velha, está a casa onde viveu Zeca Afonso, de onde a certa altura saíram alguns tipos com um péssimo aspecto.


Depois, continuámos a caminhada rumo à Igreja de Santa Cruz, onde estão os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I, e que podemos visitar por dentro e estar perto dos dois primeiros reis de Portugal.




Ao lado da Igreja, está a Câmara Municipal de Coimbra.



Depois, andámos mais um bocado, fui comprar mais alguns jornais e revistas que falavam dos concertos dos U2 em Coimbra, etc. E estava na altura de almoçar.

Quando saímos do hotel de manhã, tinha encontrado uns amigos que me disseram que tinham ido comer a um restaurante onde os U2 tinham jantado. Eu quis logo saber qual era esse restaurante para também lá ir. Assim, quando chegou a hora do almoço, tratei de começar a procurar esse restaurante. Depois de algum tempo à procura, lá o encontrámos, mas quando entrámos percebemos de imediato que os U2 de certeza que não teriam ido ali. O restaurante era todo castiço e popular, mas os U2 certamente que, principalmente andando em tour, não escolheriam um restaurante tão "popular". Dirigi-me de imediato a um dos empregados do restaurante para confirmar a presença ou não dos U2 por lá. Fiquei então a saber que os U2 infelizmente não tinham por lá estado, mas sim elementos da equipa da tour da banda irlandesa. Assim, e até porque o espaço até era bem catita, decidi por lá ficar e almoçar. O The Edge português acabou por ir lá ter connosco e também almoçar. O restaurante chama-se Adega Paço do Conde e é muito popular naquela cidade.






De seguida, fomos à Pastelaria Briosa comprar algumas caixas de Pastéis de Tentúgal para trazer, que coisa tão boa.


Depois, hotel buscar as coisas e rumámos a Coimbra A e daí para Coimbra B, onde apanhámos o comboio de regresso a Lisboa.

Foram 4 dias inesquecíveis na cidade de Coimbra. Principalmente por causa dos concertos dos U2, como é óbvio. Coimbra é uma cidade especial, principalmente por causa dos estudantes e da Universidade. Destaco também a zona do Mondego, digamos que Coimbra aproveita bem o facto de ter um rio a passar pelo meio da cidade. A zona do rio, tanto de um lado como do outro, está muito bonita e muito bem conservada e felizmente o hotel onde fiquei ficava mesmo junto a ele e o quarto com vista para o mesmo. De resto, Coimbra é uma cidade em tudo idêntica às outras cidades, da mesma dimensão, portuguesas. Alguns edifícios degradados, algumas construções completamente aberrantes etc. A zona do Estádio Cidade de Coimbra também não está má, até é muito agradável. O que também se destaca na cidade são as montras das pastelarias, ocupadas na totalidade com a maravilhosa doçaria, principalmente Pastéis de Tentúgal, da região.

Coimbra já era uma cidade algo especial para mim, mas agora entrou para sempre no meu coração.

Entretanto, já recebi o programa da 360º Tour deste ano, o Calendário U2 para 2011, como também mais uma t-shirt, esta com todas as datas da 360º Tour europeia 2010.

E continuo a ressacar e a sentir um enorme vazio.

16 de outubro de 2010

U2 em Coimbra

Apetece-me começar esta mensagem por dizer que se não existissem os U2 a minha vida seria bastante diferente daquilo que é hoje. A eles devo muita coisa. Sem dúvida que ser fã dos U2 é um estilo de vida e algo extremamente especial.

Vou começar por falar naquilo que me levou a Coimbra, os dois concertos que os U2 lá realizaram.

Começando pelo primeiro concerto, o de dia 2, sábado, eu tinha bilhete para a relva e o meu propósito era ir cedo para o estádio e ficar lá mesmo à frente. Sendo assim, levantei-me bem cedo, tomei banho e fiz a higiene normal, e fui tomar o pequeno-almoço às 7h30, que era a hora em que o começavam a servir no hotel onde estava hospedado. Cheguei à sala dos pequenos-almoços antes das 7h30, esperei um pouco, e à hora prevista lá abriram as portas para se poder começar a tomar a primeira refeição do dia. Tomei um excelente pequeno-almoço em poucos minutos. Saí do hotel e, tal como combinado, fui ter com o Paulo Ramos ao hotel onde ele estava hospedado, e que ficava perto do meu. Cheguei ao hotel dele antes das 8h e esperei um pouco até que ele chegasse à recepção. Saímos então em direcção à praça de táxis, para apanharmos um que nos levou ao Estádio Cidade de Coimbra. Àquela hora não havia qualquer trânsito e assim foi em poucos minutos que nos metemos no estádio, onde chegámos às 8h da manhã. Procurámos a fila para onde devíamos de ir, e que tinha algumas pessoas que por lá tinham dormido, e quando chegámos demos o nosso nome, recebendo em troca um número, no meu caso foi o 266. Na fila já estavam algumas pessoas conhecidas, nomeadamente o Tiago, guitarrista dos THE FLY, e as nossas “fãs” do Porto, que tinham por lá dormido. Mas a generalidade das pessoas minhas conhecidas, nomeadamente aquelas com quem eu e o Paulo tinha-mos combinado encontrar, ainda não tinham chegado e foram aparecendo depois aos poucos, reunindo-se um grupo muito interessante, que assim passou em conjunto as longas horas até à abertura das portas.




Com o aproximar da abertura das portas, a ansiedade vai aumentando. Antes da hora marcada, abriram as portas do perímetro à volta do estádio. Apetece-me nesta altura sublinhar que a organização das filas deixou muito a desejar, as listas foram completamente postas de parte ainda de manhã, a única coisa que funcionou da melhor forma foi o facto de terem aberto a nossa entrada, do tal perímetro, antes de todas as outras, o que foi da maior justiça já que ali estavam as pessoas que tinham dormido no estádio e as que lá tinham chegado de manhã bem cedo. Giro foi que algumas pessoas que estavam na nossa fila, sabendo que as outras entradas do perímetro tinham menos gente, deslocaram-se para elas, mas depois lixaram-se já que acabaram por entrar bem mais tarde. Para além da nossa entrada ter aberto antes de todas as outras, a mesma tinha várias filas, abrindo primeiro a da esquerda, depois a imediatamente a seguir, e por aí fora. Como eu estava logo na segunda fila, a contar da esquerda, acabei por ser dos primeiros a entrar.

Depois de passada a primeira porta, foi um correr que nem uns doidos até à porta 4A, que era a nossa porta de acesso ao relvado. Nesta, mais uma pequena espera. Até que a certa altura, abrem as portas do estádio e foi, mais uma vez, um correr que nem uns doidos para conseguir o melhor lugar. Comigo à frente, e o resto da malta atrás de mim, lá conseguimos entrar na elipse e ficar mesmo junto ao palco, ao centro, mesmo à frente da posição base do Bono em palco. Era um excelente lugar, o melhor que tinha conseguido até agora na 360º Tour, no primeiro concerto de Barcelona do ano passado fiquei relativamente perto deste sítio, mas desta vez fiquei mesmo ao meio/centro.




Nesta altura, apetece-me contar que até há alguns anos atrás, aconteceu-me bastantes vezes, em vários concertos dos U2 e de outras bandas/músicos, eu chegar de manhã cedo ao estádio e ser o primeiro a lá chegar, e depois o primeiro a entrar no estádio, conseguindo ficar na primeira fila, encostado à grade, mesmo ao centro. Mas, desde que há alguns anos atrás se tornou moda as pessoas irem dormir para os estádios, por volta de 2005, tornou-se impossível conseguir tais proezas. Continuo a ir de manhã bem cedo para os concertos, de há alguns anos para cá só mesmo dos U2, mas quando chego aos sítios já lá estão as pessoas que por lá dormem, algumas já há alguns dias. Assim, acabo por não ser o primeiro a entrar e a não conseguir ficar na primeira fila mesmo ao centro. No concerto do passado dia 2, quase voltei a conseguir ficar nesse lugar, até porque quando começou a tocar a Space Oddity do David Bowie, música que serve de Intro aos concertos deste ano da 360º Tour, a euforia em mim foi tal que ainda furei algumas filas e conseguir ficar praticamente na primeira fila, quase encostado à grade, e sempre ao centro, em linha com o Bono, quando este está na sua posição base. Acabando por ficar à frente, e num melhor lugar, de pessoas que tinham dormido no estádio.



Tal como em Paris, também nos dois concertos de Coimbra foram os Interpol a fazerem a primeira parte. Dos 3 concertos, a vez que mais gostei de os ver foi na primeira noite de Coimbra. Os Interpol têm sem dúvida músicas de grande qualidade e um som que não deixa de ser interessante, notam-se aliás algumas influências dos The Cure. O problema é que a banda é algo parada e apática em palco, tendo pouco energia e dinâmica. Destaque para o guitarrista que tem uma forma interessante, com uns movimentos algo cómicos, de estar em cima do palco. Apetece-me agora dizer que os Snow Patrol são superiores, a todos os níveis, aos Interpol.

A seguir aos Interpol, vem aquele momento de enorme ansiedade. Mal termina a primeira parte, começam de imediato os preparativos para a entrada dos U2 em palco. Muita gente e uma enorme correria marcam este intervalo entre a primeira parte e o concerto dos U2. De início, muitas pessoas em palco, mas depois para o final acabam por ficar praticamente só os roadies de cada um dos membros da banda.

Depois de algum tempo de espera, em que podemos ouvir do PA músicas escolhidas pelos membros dos U2, e que são sem dúvida de grande qualidade, começa-se então a ouvir Space Oddity de David Bowie, que, como já disse, é a música que assinala que o espectáculo vai começar. Nesta altura, entrei de tal forma em euforia que, como disse atrás, ainda fui mais para a frente, ficando praticamente encostado à grade. Sempre ao centro, mesmo à frente do Bono. Porreiro, foi o facto de que quem ficou no centro, como eu, ficou um pouco mais alto do que o resto da malta, já que no chão estavam umas placas a proteger os cabos que iam do palco até à mixing desk. Desde o início que se percebeu de imediato que aquele iria ser um grande, grande, grande concerto. De imediato ficou demonstrado que estavam reunidas todas as condições para que essa noite fosse memorável, nomeadamente o público que esteve de facto em grande. Se há coisa em que os portugueses são bons é enquanto público de concertos. Sabemos receber bem os artistas e transformar os concertos em grandes momentos de magia e de festa. Com os U2 então isso é levado ao extremo, há uma enorme química entre o público português e a banda irlandesa. Bono entrou a matar, gritando Briosa, revelando, algo que já sabemos de há muito tempo, que os U2 têm o cuidado de estudar, ou alguém estuda por eles, os sítios onde tocam. O concerto foi memorável, dos 15 concertos que já vi dos U2, este está sem dúvida entre os melhores. A setlist foi igual à de Paris, com excepção de um snippet ou outro, mas a forma extremamente calorosa como o público português recebeu a banda, o público francês é um pouco mais frio, fez com que este concerto fosse superior ao da capital francesa. O concerto foi brutal do princípio ao fim, com o público sempre em grande. É complicado estar a destacar momentos ou músicas neste concerto, que foi do caraças do primeiro ao último segundo. Foi mesmo uma noite memorável. A Until é sempre dos meus momentos preferidos, tendo sido nesta noite ainda mais especial pelo facto do final, em que o Bono e o The Edge dão a mão, estando cada um numa ponte/passadeira diferente, ter ocorrido mesmo por cima de mim. A Still foi memorável, com o público em grande. North Star foi arrepiante, com o palco todo às escuras, Bono pediu para apagarem as luzes, e o estádio todo iluminado com as lanternas da Worten que tinham sido distribuídas. Get On Your Boots e Mercy foram novamente grandes. A Crazy, talvez o momento mais marcante desta Tour, é sempre memorável. A Streets é sempre o apogeu de qualquer concerto dos U2. A Moment of Surrender ao vivo é arrepiante. Foi sem dúvida memorável, um concerto inesquecível. Os concertos dos U2 são sempre brutais, magníficos, mas, por uma razão ou por outra, uns acabam por ser mais marcantes do que outros, e este está sem dúvida entre os mais marcantes. O concerto terminou e eu estava completamente doido e eufórico com o que tinha acabado de ver. Fui dos últimos a abandonar a elipse, basicamente não me queria vir embora. Lá fomos saindo, falando uns com os outros, todos estavam malucos com o que tinham acabado de ver. A opinião era unânime, tinha sido um concerto do caraças, uma grande noite, e o público português esteve, mais uma vez, em grande. Ainda encontrei mais algumas pessoas conhecidas, uns encontros, e por fim a Diana lá nos ofereceu boleia até ao hotel. Viagem que num dia normal demoraria poucos minutos, mas que neste caso demorou muitos mais já que a cidade estava completamente entupida, o trânsito estava mesmo um caos.

No segundo concerto, tinha bilhete para a melhor bancada, que era a Nascente Inferior, com lugares marcados. Mas mesmo assim, depois de um almoço no Mondego Irish Pub, rumei, juntamente com o Paulo Ramos, ao estádio, desta vez num dos autocarros especiais criados de propósito por causa dos concertos dos U2. Chegámos ao estádio e ainda deu para ouvir o soundcheck. Pouco depois de chegarmos ao estádio, encontrámos o Tiago, guitarrista dos THE FLY, com quem eu iria ver o concerto na bancada, juntamente com a Diana e a Vanessa. A certa altura despedimo-nos do Paulo, que ia para a relva. Depois de irmos até um café lanchar, fomos então para a fila para podermos entrar. Entrámos, dentro do estádio ainda não estava praticamente ninguém nas bancadas mas nós somos assim, e fomos de imediato até ao lugar onde iríamos ficar para podermos constatar como era o sítio de onde iríamos ver o concerto. A verdade é que constatámos de imediato que era um grande lugar, ao lado do Adam, com uma vista excepcional sobre o palco.



Este segundo concerto foi marcado pelo temporal que abalou Coimbra e a quase totalidade do país. Impressionante o dia excepcional que esteve em Coimbra no sábado, como também na sexta e depois na segunda, e no domingo o autêntico dia de inverno que esteve. Mas, os fãs dos U2 sabiam perfeitamente que isso não colocaria em causa o concerto dos U2, isto porque já tinha acontecido em concertos da Tour deste ano, nomeadamente em Moscovo e principalmente na segunda noite em Zurique, os U2 estarem a tocar debaixo de imensa chuva. Depois de ter-mos visto como eram os lugares e por lá termos ficado durante algum tempo, fomos, porque entretanto ia chovendo imenso, para o interior da bancada, onde encontrámos as nossas amigas que iriam ver connosco o concerto. Regressámos aos lugares, para pouco depois voltamos ao interior da bancada para comer e beber qualquer coisa. De seguida, regressámos aos lugares para de lá não sairmos mais. Ainda esperámos um bom bocado pela entrada em palco dos Interpol, para aquela que foi, pelo menos para mim, a pior actuação das 3 que vi deles. Uma setlist diferente e menos baseada nos grandes êxitos. Eu, como não sou fã dos Interpol, digamos que não conhecia muitas das músicas que eles interpretaram nesse dia. Depois da primeira parte, vem a pausa do costume, até que chega o grande momento... a entrada dos U2 em palco ao som do David Bowie. Se tivesse de dizer qual foi o meu concerto preferido, dos 3 que vi este ano, escolheria o primeiro de Coimbra, em que de facto foi tudo memorável. No segundo concerto na cidade dos estudantes, esteve tudo em grande outra vez, mas notava-se um certo cansaço na banda, principalmente no Bono, que na noite anterior tinha dado tudo e mais alguma coisa. Mas ao mesmo tempo, tudo isto digamos que torna o espectáculo mais humano. De facto, na parte inicial do concerto, o Bono passou ali por uma fase algo complicada, mas são este tipo de coisas que tornam as actuações dos U2 ainda mais especiais e interessantes. Durante a Get On Your Boots, o vocalista dos U2 começou a mandar vir ou com as munições ou então com o facto das passadeiras/pontes ainda não se terem começado a movimentar. Durante a Magnificent, Bono não cantou durante a maior parte da música, bebendo litros e litros de água. Ele estava mesmo com dificuldades em cantar e depois de perder a voz pela segunda vez, lá pediu uma bebida ao seu roadie, que na realidade ressuscitou por completo o homem. Toda esta situação é reveladora do espectáculo que é um concerto dos U2, em que de facto são 4 pessoas que estão em cima do palco e não 4 máquinas. São 4 seres humanos como nós que estão ali a actuar.




O segundo concerto foi então praticamente ao nível do primeiro. Destaque para New Year's Day, que foi tocada no lugar de I Will Follow. Eu gosto muito da música que abre o Boy, mas a música do War é das minhas preferidas da banda. Depois, tivemos a Ultraviolet em vez da Hold Me. Em vez da North Star e da Mercy tivemos a Pride e um dos grandes momentos da segunda noite que foi a estreia mundial de mais um inédito, e que se chama Boy Falls From The Sky, e que é sem dúvida uma grande canção. Esta estreia foi uma espécie de agradecimento pela forma excepcional como os portugueses receberam os U2. Para além das mudanças na setlist, houve várias outras alterações em relação ao concerto da noite anterior, por exemplo o Larry deu a volta ao contrário durante a Crazy, o Bono fez aquela história do efe-erre-à, etc., etc.. O que só prova que de facto vale a pena ver muitos concertos dos U2, não há dois concertos iguais. Foi giro que durante o concerto praticamente não choveu, começando a cair chuva no momento em que a banda estava a terminar o último tema da noite, Moment of Surrender, o que levou Bono a cantar Singing In The Rain e a sair do palco com um chapéu de chuva. O concerto acaba e mais uma vez sou dos últimos a sair do estádio. Já cá fora, fala-se um bocado, encontram-se mais umas pessoas conhecidas e, mais uma vez, lá aceitámos a boleia da Diana, que desta vez, por ter ido por outro caminho, se meteu no Hotel Astória num instante.

Depois destes 3 concertos, Paris, eles este ano só deram um concerto na capital francesa, e 2 em Coimbra, sinto um vazio enorme, digamos que até tenho passado uns dias um pouco complicados. Foram meses e meses a pensar nisto, ainda para mais os concertos deste ano praticamente não descolaram dos do ano passado, já que quando esses se realizaram, nessa altura já se sabia que os U2 eventualmente iriam regressar à Europa, nomeadamente a Portugal, no ano seguinte. E na verdade, os bilhetes para os concertos deste ano foram colocados à venda não muito tempo depois dos concertos que vi no ano passado. Agora estou a ressacar.

Com mais estes 3 concertos deste ano, são já 15 os concertos que vi dos U2, e 6 da actual Tour. Mas apesar de já ter visto os U2 por diversas vezes, a verdade é que existe em mim sempre uma enorme ansiedade em relação aos concertos da banda irlandesa, para além de os encarar de uma forma altamente profissional. Não bebo álcool nem nos dias dos concertos nem nos dias anteriores. Não faço noitadas nas noites anteriores aos concertos, gosto de não me deitar tarde na véspera para conseguir dormir umas horas. Depois, eu em qualquer altura compro sempre os jornais e as revistas todas onde venham os U2, mas vindo a banda a Portugal, digamos que são muitos os jornais e revistas que eu compro. Também tratei de comprar o DVD, que vinha com alguns jornais, chamado “U2 A Rock Crusade” e que teve uma edição especial a propósito da passagem da banda por Portugal. Trata-se de um daqueles DVDs biográficos que não trazem nada de novo, mas enfim… um gajo quer ter tudo. Como também tenho o cuidado de gravar, ou de pedir a alguém para o fazer, tudo o que dê na televisão relativo à vinda dos U2 a Portugal. Tudo isto cria alguma pressão e algum stress, mas tem de ser mesmo assim.

Juntamente com o texto, coloquei algumas das fotos que tirei nos dias dos concertos com o meu telemóvel. Como sabem, eu nem levo a máquina, nos concertos gosto de estar totalmente concentrado no espectáculo. Assim, as fotos que tiro durante os concertos dos U2, digamos que escolho um momento do espectáculo que talvez seja menos especial para mim, e tiro algumas fotos a correr, só mesmo para ficar com uma recordação do lugar onde fiquei. Em Paris e no primeiro concerto de Coimbra tirei as fotos na In A Little While, no segundo de Coimbra foi na Pride. Digamos que gasto poucos segundos para tirar as fotos durante o concerto.

Entretanto, já recebi a t-shirt alusiva ao concerto dos U2 em Paris, e estou à espera que coloquem a alusiva a Coimbra à venda na u2.com para a comprar também. Como também vou mandar vir o programa da Tour deste ano, e o calendário 2011.

Para mim, os U2 são e serão sempre os maiores!!!

Viagem à Irlanda (21 a 25 de Julho 2012)

Sendo eu um enorme fã dos U2 desde os meus 10 anos de idade (desde 1984), ir à Irlanda era há muito tempo um desejo e um sonho que eu queri...