20 de setembro de 2009

Milão



A minha ida agora a Milão foi também a primeira vez que eu fui à Itália. Este país, riquíssimo em termos de património histórico, nunca me seduziu por aí além por achar, e por saber através de quem já lá foi, que aquilo é tudo muito caótico e desorganizado. Mas como Milão fica no norte, sempre pensei que fugisse um pouco a essa ideia de caos e confusão associados à Itália. A verdade, é que apesar da cidade ter algumas coisas muito interessantes e bonitas para se verem, e de não ter prédios degradados, algo que acontece em Lisboa e em todo o Portugal, Milão desiludiu-me pela suas parecenças com a realidade portuguesa, nomeadamente os carros estacionados em cima dos passeios, e por em algumas situações até ser pior do que nós, o metro que tem pouca informação e não diz qual é a estação seguinte, carros que não param nas passadeiras, quando um parou até batemos palmas e tudo, as paragens dos eléctricos que não têm qualquer protecção ao sol e à chuva, as bicicletas que circulam pela cidade sem qualquer lógica, os sinais dos peões que em muitos sítios são iguais aos dos automóveis, etc., etc., etc.. E tudo isto ainda se tornou mais notório pelo facto de termos ido de Barcelona para Milão.










Há chegada à estação de comboios de Milão, a Milano Centrale, apercebi-me desde logo do que aquilo era, quando nos dirigimos a um café da estação e tivemos de escolher e pagar a comida dum lado e depois escolher e pagar a bebida do outro. Logo a seguir, apanhámos um táxi para o hotel e qual é o nosso espanto quando o taxista vai quase a viagem toda a falar ao telemóvel. No hotel, que era de grande categoria, apesar de levarmos de cá mapas da cidade, decidimos pedir um e entregam-nos um mapa de Milão patrocinado por uma casa de strip tease. Basicamente, quando depois no metro ia a olhar para ele, havia pessoas que se riam. Enfim, a Itália é mesmo assim.

Milão digamos que tem então uma meia dúzia de coisas para ver, e que sem dúvida são muito interessantes e lindíssimas: A Catedral ou Duomo, as Galerias Vittorio Emanuele, o Teatro Scala, o Castelo, o espaço verde localizado por trás do castelo, a Igreja de Santa Maria Della Gracia e mesmo ao lado o Cenáculo onde está a Última Ceia de Leonardo da Vinci. No dia em que chegámos a Milão, vimos e visitámos logo todas estas coisas, com excepção do interior do Scala, da Igreja de Santa Maria Della Gracia e do Cenáculo. Mas, tal como em Barcelona, para Milão também já levávamos paga e marcada uma visita guiada, que percorreu Milão de uma ponta à outra, na qual para além de visitarmos novamente tudo aquilo que já tínhamos visitado no primeiro dia em que estivemos em Milão, também incluiu então a visita ao interior do Scala (nomeadamente à sala onde se realizam os espectáculos), à Igreja de Santa Maria Della Gracia e ao Cenáculo, onde pudemos então ver e apreciar a Última Ceia de Leonardo da Vinci. Esta excursão realizou-se na manhã seguinte ao concerto dos U2 em Milão e tinha uma verdadeira novidade em termos de tecnologia. Se em Barcelona tivemos um guia que usava um microfone ligado a uma pequena coluna presa ao pescoço, para as pessoas o ouvirem, em Milão a guia usou tecnologia wireless, ou seja, ela falava para um microfone e cada um dos participantes tinha uns phones ligados a um transmissor, assim podíamos ouvir a guia à vontade sem ter de estar perto dela e ver e apreciar as coisas enquanto íamos ouvindo as suas explicações.








Em relação às refeições, destaco três que se realizaram nas Galerias Vittorio Emanuele, uma numa esplanada na parte de fora das Galerias, na Praça Duomo, com vista para a Catedral, e outras duas numa esplanada num dos restaurantes localizados no interior das Galerias. Se há coisa que tem de ser elogiada em Milão é sem dúvida a sua excelente gastronomia. Comi por lá pizzas, lasanhas e gelados como nunca tinha comido antes. Que maravilha!!!




Outra coisa negativa de Milão, são os mosquitos. Logo no dia em que chegámos, quando estávamos no espaço verde localizado por trás do Castelo, começámos a ser "atacados" por mosquitos. Nesse mesmo dia à noite, quando fomos a San Siro para estudar e ver como estavam as coisas, ao longo do percurso a pé até lá, também fomos "atacados" por milhares deles. A minha irmã acabou por ser a única vítima de tudo isto, já que ficou toda mordida dos pés à cabeça.

Mais uma vez, associo à mensagem algumas das centenas de fotografias que tirei.

2 comentários:

peonia disse...

Que belas férias! É assim que se carregam baterias para um ano de trabalho!

Rufferto disse...

Com isto da formatação do disco nunca mais tinha vindo aqui, mas está mais uma bela crónica de viagem. A mim a Itália nunca me fascinou por aí além, fico curioso sobretudo é com essas pizzas que para lá se comem. É que é muito difícil para mim imaginar que possam ser melhores que as da Bella Italia na Avenida da República. Chouriço, cebola e pimentos... de que mais precisa uma pizza?