24 de março de 2013

Viagem à Irlanda (21 a 25 de Julho 2012)

Sendo eu um enorme fã dos U2 desde os meus 10 anos de idade (desde 1984), ir à Irlanda era há muito tempo um desejo e um sonho que eu queria concretizar. Lembro-me que em 1997 estive quase para ir ver os 2 concertos integrados na PopMart Tour que os U2 iriam dar a 30 e 31 de Agosto desse ano em Lansdowne Road (Dublin), e em que iria também aproveitar para fazer uma excursão por toda a Irlanda. Mas, infelizmente, tal viagem não se concretizou por não termos conseguido lugar no avião, na altura ainda havia menos voos para a Irlanda do que aqueles que existem hoje. Ainda ficámos em lista de espera durante algum tempo, mas acabámos mesmo por não conseguir lugar. Ao longo do tempo, sempre disse que era um sonho para mim ir conhecer a terra dos U2, mas tal nunca se concretizou. Enfim, eu dava tanta importância a esta viagem que ao mesmo tempo até parecia que tinha algum "medo" de a concretizar. Mas, acima de tudo, digamos que a razão principal por ainda não ter ido à Irlanda se deveu ao facto de nunca ter arranjado companhia, é que eu sou daquelas pessoas que não gosta de viajar sozinha. Só em 2012 é que finalmente arranjei companhia... e que companhia, 5 estrelas!!! Há muito tempo que falava com outros fãs dos U2 da possibilidade de fazermos uma viagem à Irlanda, até que finalmente conseguimos reunir um grupo para se fazer então a tão desejada aventura. Quatro fãs dos U2 iriam estar 5 dias na cidade e no país dos maiores e finalmente eu iria concretizar este meu enorme sonho.

Mal se confirmou a nossa viagem, comecei de imediato a prepará-la. Foi preciso preparar a viagem em duas perspectivas, uma enquanto fã dos U2, e que tinha a ver com o facto de querermos visitar os locais relacionados com a banda tanto em Dublin como no resto da Irlanda, e por outro lado a Irlanda que não tinha a ver directamente com os U2. Em relação à perspectiva de querermos ver os locais relacionados com os U2, que era sem dúvida prioritária e a mais importante nesta viagem, comecei desde logo a fazer uma série de pesquisas na Internet. Para além disso, tenho guardadas revistas, algumas já com uns bons anos, que falam dos locais relacionados com os U2 na Irlanda. Mas claro que a Internet foi o principal apoio. Visitei muitos sites e vi e li muita coisa na Internet. Até que consegui reunir toda a informação num documento Word que fiz, como também saquei da net, do site u2tour.de, um PDF impecável com tudo muito bem explicado (podem vê-lo e fazer o download aqui, que agora curiosamente tem uma actualização de Julho 2012). Para além disso tudo, ainda imprimi mais alguma informação que achei relevante levar. Também tive o cuidado de rever por diversas vezes tudo dos U2 que tinha a ver com Dublin e a Irlanda, nomeadamente videoclips, concertos, documentários, fotos, etc. Até andei a confirmar as coisas nos Mapas/Vistas da Rua do Google e tudo. Digamos que quando lá cheguei, mais parecia que já lá tinha estado anteriormente.

Também fiz questão de levar algumas das muitas t-shirts dos U2 que eu tenho, como aliás podem constatar através das fotos.

Tive também o cuidado de comprar um marcador preto potente para levar, isto porque sabia que havia locais onde seria "obrigatório" escrever alguma coisa.


Vou então começar por mencionar as coisas relacionadas com os U2 que visitámos na Irlanda (vou seguir a ordem cronológica pelas quais as visitámos ao longo dos 5 dias):

  • Chaminés que aparecem no videoclip de "Pride (In The Name Of Love)" e em diversas fotos da banda
Vimos estas enormes chaminés pela primeira vez ainda do avião antes de aterrarmos no Aeroporto de Dublin, ainda por cima eu na viagem para lá fui na janela e pude assim vê-las perfeitamente. Depois, por diversas vezes, voltámos a vê-las enquanto andávamos por Dublin. São umas chaminés bem grandes, por isso conseguem-se ver à distância e de quase toda a cidade. Quando passámos a pé a East Link Bridge, foi quando estivemos mais próximos delas, já que é impossível chegar mais perto.




  • Gaiety Theatre (Teatro onde foi gravado parte do videoclip de "Sometimes You Can't Make It On Your Own")
Já em Dublin, e depois de deixarmos as coisas no hostel, o Gaiety Theatre foi o primeiro local visitado por nós. Neste bonito teatro, foram gravadas, a 13 de Dezembro de 2004, as cenas em que a banda está a tocar, o Bono junta-se à banda na parte final, no videoclip principal de uma das melhores, para mim, músicas de sempre dos U2 "Sometimes You Can't Make It On Yor Own". Primeiro vimos o teatro por fora e tirámos algumas fotos. Mas depois, tivemos a felicidade de apanhar o final de uma sessão e juntando a isso a simpatia dos empregados irlandeses do teatro, pudemos então entrar e ver e percorrer todo o seu interior e tirar fotografias. Chegámos a ir até junto do palco, onde a banda está a tocar no vídeo. Tivemos assim a oportunidade de ver directamente o local exacto onde foi gravado parte deste videoclip.

Este é o mais antigo teatro de Dublin e data de 1871.









  • Dandelion Car Park - St. Stephen's Green Shopping Centre (Local onde os U2 deram alguns concertos em 1979)
Depois do teatro, e muito perto dele, fomos a este local onde os U2 deram 8 concertos no ano de 1979 e que agora é um bonito centro comercial.



  • The Little Museum Of Dublin (Museu onde estava a decorrer uma exposição temporária com fotos tiradas aos U2 entre 1978 e 1981)
Este museu tornou-se obrigatório visitar porque encontrava-se lá a decorrer uma exposição temporária com fotos dos U2 tiradas entre 1978 e 1981 pelo dublinense Patrick Brocklebank.


Em primeiro lugar, é preciso destacar a fachada do edifício que fica mesmo ao lado do museu... muito verde e extremamente bonita!


A exposição temporário estava 5 estrelas, com fotografias inéditas da fase inicial da carreira dos U2. Qualquer fã da banda deveria de ver estas fotos que mostram uns U2 bem diferentes dos de hoje e numa fase em que ainda estavam longe do estrelato.





Depois de visitarmos a exposição temporária dedicada aos U2, visitámos a exposição permanente, que também se revelou do maior interesse e também ela com muita coisa dos U2.


Saímos do The Little Museum Of Dublin e começámos a caminhada a pé até ao destino seguinte, Fitzwilliam Place. Passámos então pelo parque Saint Stephen's Green, que fica mesmo à frente do museu, onde pudemos constatar que ainda existem punks em Dublin... e um do sexo feminino até bebeu um pouco demais e estava a dedicar-se à arte do gregório.


  • Fitzwilliam Place (Rua onde foi gravado o videoclip de "Sweetest Thing")
Foi a 20 de Setembro de 1998, que os U2 gravaram nesta rua o videoclip de "Sweetest Thing". O vídeo desta música é sem dúvida um dos mais criativos e marcantes da banda. Percorremos a rua toda de uma ponta à outra e no mesmo sentido em que a banda segue no vídeo.











  • Captain Americas (Restaurante dentro do mesmo estilo do Hard Rock Cafe e com diversas coisas dos U2 expostas)
Fizemos uma grande jantarada no "Capitão América", localizado na famosa Grafton Street. Trata-se de um restaurante em tudo idêntico ao Hard Rock Cafe, tanto a comida como o facto de ter muita coisa relacionada com música exposta nas paredes, mas mais típico e mais castiço. Tem, como é óbvio, algumas  coisas dos U2.





  • The Clarence Hotel/Garage Club/The Kitchen/Octagon Bar (Hotel, e respectivos Bares/Clubes, propriedade de Bono e The Edge)
Passámos várias vezes pelo The Clarence Hotel, um bonito hotel de 5 estrelas propriedade de Bono e The Edge, e onde os U2 actuaram, no telhado, a 27 de Setembro de 2000, para o programa Top of The Pops da BBC, tendo tocado duas músicas: "Beautiful Day" e "Elevation". O hotel tem uma localização privilegiada, já que fica mesmo junto ao Rio Liffey. Nas traseiras, podemos entrar no Octagon Bar, que faz parte do hotel e que é frequentado regularmente pela banda. Também nas traseiras e a fazer parte do hotel, existiu um clube exclusivo, o famoso The Kitchen, que fechou em 2002 e que também era muito frequentado pelos U2 e passava principalmente música electrónica, ainda lá está a entrada. Antes do The Kitchen, existiu no mesmo local o Garage Club.







  • The Project Arts Centre (Local onde os U2 deram 7 concertos no início da sua carreira)
Também passámos mais do que uma vez pelo The Project Arts Centre, localizado mesmo à frente das traseiras do The Clarence Hotel, onde os U2 deram vários concertos nos primeiros anos de vida da banda. Bill Graham, jornalista e amigo da banda desde o início, apresentou neste local a banda ao produtor musical e de cinema Paul McGuinness, a seguir a um concerto realizado aqui pelos U2 a 25 de Maio de 1978. Depois de alguma hesitação de ambos os lados, McGuinness tornou-se Manager da banda.




  • Temple Bar & Wall of Fame
Temple Bar é a zona de Dublin onde se faz mais vida nocturna, já que por lá existem muitos pubs/bares, restaurantes, etc. À noite é uma verdadeira loucura andar por aquelas ruas. Temos montes de gente por todo o lado e muita... mas mesmo muita música, principalmente nos muitos pubs/bares que por lá existem. É impressionante, e revelador do quanto aquele povo é magnífico, a animação e a festa que vai naqueles bares. Em todos eles há música ao vivo, um/dois/três músicos a cantar e a tocar. Mas o mais extraordinário, e que é de destacar, é a atitude das pessoas dentro dos bares, já que se fartam de cantar, dançar, bater palmas, e acompanham todas as músicas tocadas, criando assim um ambiente de festa e de alegria extraordinário. Há bares com tanta gente, que até têm uma câmara apontada aos músicos e depois diversos ecrãs espalhados pelo bar, que é para assim todos poderem ver o que se passa no palco. Depois, há a destacar toda a decoração destes bares, por dentro e por fora. É giro que no exterior, muitos deles têm aquelas luzes tipo de Natal, que dão sem dúvida um brilho especial às ruas.




Temple Bar também tem várias coisas relacionadas com os U2. Uma, são as diversas fotos que eles por lá tiraram, nomeadamente esta que é famosíssima. Claro que a tivemos de imitar e tirar várias no mesmo local.




Depois, temos a Wall of Fame, que é um tributo aos mais importantes músicos irlandeses e em que os U2 não poderiam faltar. Trata-se de uma parede com várias fotos. A dos U2 é a maior e foi tirada em 1980 por Sheila Rock, nela aparecem as tais chaminés a que já fiz referência.



Fomos ao Temple Bar e passámos pela Wall of Fame inúmeras vezes, e à noite frequentámos diversos bares da zona. O Hard Rock Cafe, onde fomos jantar e do qual falarei mais tarde, também fica em Temple Bar. Num dos dias, almoçámos num restaurante típico irlandês também localizado aqui.

À noite, o bar mais frequentado por nós foi o The Quays Bar, e é giro que na sua página do Facebook até aparecem umas fotos do Bono nesse bar, ou então de um sósia muito parecido com ele... continuo com dúvidas!

Já que estou a falar em bares e em música ao vivo, aproveito para falar de uma experiência que tivemos num bar junto à zona de Temple Bar. Estávamos nós a passear pela rua, quando passámos por um bar onde estava a tocar uma banda que nos chamou a atenção. Decidimos então entrar e assistir ao concerto desse grupo, que se chama The Violet Roadkills. A verdade é que eles tinham um som bem agradável, praticamente só instrumental, mas a soar muito bem. Assistimos à sua actuação até ao fim, que não foi muito tempo já que acabámos por perceber que se tratava de uma espécie de concurso/exibição de bandas ou algo do género, isto porque depois subiram ao palco outros grupos, que diga-se de passagem já não eram tão interessantes. Mas, apesar disso, decidimos continuar no bar, já que este tinha um ambiente bem giro e original... e já agora um pouco bizarro. Desde uma tipa meio esquisita e cómica, aquilo é que era beber, para a qual arranjámos logo um nome. Um homem já de idade que entrou a andar com a ajuda de um andarilho e que pouco depois já andava à vontade, etc. A experiência neste bar foi sem dúvida bem interessante!


  • Dockers Pub (Bar muito frequentado pela banda quando estava a gravar em Windmill Lane)
Este pub está actualmente fechado e tem muito pouco a ver com o que era antigamente, como aliás se pode ver por uma das fotos que lhe tirei e que coloco aqui. Fica localizado perto de Windmill Lane e por isso era o ponto de paragem dos U2 quando estavam a gravar naquele estúdio. Quando ainda estava a funcionar, tinha alguma memorabilia dos U2.



  • Windmill Lane (Estúdio onde foram gravados os primeiros álbuns dos U2)
Este é sem dúvida um dos locais de sonho que qualquer fã dos U2 deseja um dia visitar. Os Windmill Lane Studios foram os estúdios onde os U2 gravaram os seus primeiros álbuns. Encerrados desde 1989, existem uns novos Windmill Lane Studios noutro sítio, este local tornou-se num local de romaria, onde qualquer fã da banda irlandesa gosta de deixar algo escrito nos diversos muros da rua ou no próprio edifício onde funcionavam os estúdios. Nós também o fizemos!











  • Principle Management Offices (Local onde funcionavam os escritórios dos U2)
Era aqui que funcionava a gestão dos U2 e onde estavam os escritórios, nomeadamente onde trabalhava Paul McGuinness. Também lá, havia muitas raridades dos U2, desde cartazes a discos de ouro e platina, fotos da banda com outras celebridades, etc. Por razões fiscais, os U2 mudaram a sua sede para a Holanda em Agosto de 2006.



  • Hanover Quay Studios (Actual estúdio dos U2)
Digamos que este é outro local que qualquer fã dos U2 sonha ir um dia. Trata-se do actual estúdio dos U2, que se mudaram para aqui entre finais de 1994 e princípios de 1995. Também era aqui que achávamos que poderíamos ter mais hipóteses de encontrar os 4 fabulosos, mas infelizmente não tivemos essa sorte.

Já há algum tempo que se fala de que os U2 terão de abandonar este espaço, a última informação era que teriam de lá sair até ao final de 2012. A certa altura avançou-se que se iria construir na mesma zona a chamada U2 Tower, um arranha-céus em que o novo estúdio dos U2 ocuparia uma parte dele. Em Outubro de 2008, este projecto foi suspenso por causa da crise económica.

De qualquer forma, quem vai agora a Hanover Quay percebe facilmente que o estúdio dos U2 está nesta altura um pouco descontextualizado e desenquadrado com o que está à sua volta, já que toda aquela zona mudou muito nos últimos anos. Construíram-se uma série de edifícios novos e modernos, com apartamentos e escritórios. Depois, temos ali o estúdio no meio de toda aquela "modernice".

O estúdio fica mesmo junto ao Grand Canal, o que ainda dá mais beleza ao local.

Olhando para o estúdio dos U2 a partir de fora, não deixa de impressionar um pouco o facto de daquele edifício tão modesto já terem saído grandes músicas e grandes álbuns.

Também aqui tivemos o cuidado de escrever algo.








Esta foi uma das fotos de grupo tiradas em modo automático pela máquina do Paulo










Esta foi tirada pelo Paulo


De Hanover Quay também se vêem as tais chaminés de que falei no início.



  • Grand Canal Docks & U2 Tower & East Link Bridge
Depois de Hanover Quay, seguimos em frente, junto ao canal, para irmos ao Grand Canal Docks, que não fica muito longe do estúdio dos U2.

Vê-se o estúdio ao fundo


Foi nesta zona que se tirou a foto da capa de "October".


Que se fez o videoclip de "Glória".


Um vídeo para a MTV (Happy St. Patrick's Day) em 1982.


Muitas fotos foram também tiradas à banda neste local, nomeadamente esta em baixo, que resultou de uma sessão fotográfica com Anton Corbijn em 2000, que vem no booklet que acompanha o álbum "The Best of 1990-2000" e que nós tivemos de imitar.



Mais uma das fotos de grupo tiradas em modo automático pela máquina do Paulo

Estas letras que formam "GRAND CANAL DOCKS" também aparecem no documentário que vem no DVD que acompanha alguns dos formatos do álbum dos U2 "How To Dismantle An Atomic Bomb" (a propósito, nesse mesmo documentário os Hanover Quay Studios estão em destaque).

Como já referi anteriormente, toda esta zona mudou muito e pouco tem a ver com o que era antigamente. Como também disse atrás, falou-se há algum tempo da eventualidade de se construir um arranha-céus que se chamaria U2 Tower e que ficaria exactamente nesta zona.

Depois, seguimos para a East Link Bridge, ponte que aparece no videoclip de "Pride (In The Name Of Love)", mas que actualmente pouco ou nada tem a ver com a ponte que aparece no vídeo.



Passámos então a pé esta ponte para o outro lado, onde está o destino seguinte: The Point Depot.




  • Aviva Stadium
Depois de Grand Canal Docks e no percurso a pé até à East Link Bridge, pudemos ver o Aviva Stadium. Este estádio anteriormente chamava-se Lansdowne Road, onde eu estive então para ir ver os dois concertos dos U2 em 1997, integrados na PopMart Tour, que foi demolido e construído no seu lugar um estádio mais moderno e com capacidade para mais pessoas. Foi aqui que o Porto venceu a final da Liga Europa em 2011 contra o Braga.



  • The Point Depot
Depois de passarmos então a East Link Bridge, chegámos ao The Point Depot, que actualmente tem o nome "The O2" e que está bem diferente do The Point Depot dos anos 80. Foi aqui que foram gravadas algumas cenas do filme dos U2 "Rattle and Hum". A música Van Diemen's Land que vem no álbum  "Rattle and Hum" também foi gravada aqui. No final de 1989, a 26, 27, 30 e 31 de Dezembro, os U2 deram aqui 4 concertos, o último dos quais exactamente na noite de passagem de ano e que foi transmitido via rádio para diversos países.








  • Sheriff Street
Depois de The Point Depot, andámos mais um pouco e fomos à Sheriff Street. Foi nesta rua que se gravou parte da versão principal e a totalidade da versão "Single Take Version" do videoclip dos U2 "Sometimes You Can't Make It On Your Own". Neste caso, fizemos a rua no sentido contrário àquele que o Bono faz no vídeo. Esta rua é daquelas em que só mesmo gente muito doida por U2 é que poderá ir lá de propósito e tirar montes de fotografias, em algumas delas até tive o cuidado de pôr o capuz e os óculos de sol, tal e qual como no vídeo.








  • Croke Park
Depois de Sheriff Street, e quando íamos em direcção ao destino seguinte, a Bonavox, vimos ao longe o estádio Croke Park. Na viagem de táxi do hostel para o aeroporto, no dia do regresso a Lisboa, passámos mesmo ao lado dele. Após obras profundas, o Croke Park passou a ter capacidade para cerca de 80 000 pessoas e está entre os estádios mais modernos do mundo. Ele desempenhou um papel importante na história dos U2 em várias ocasiões: em 29 de Junho de 1985 tocaram aqui durante a The Unforgettable Fire Tour, em 27 e 28 de Junho de 1987 como parte da Joshua Tree Tour, e em 21 de Junho de 2003 os U2 realizaram a abertura do Special Olympics. Durante a Vertigo Tour, os U2 visitaram Croke Park por três vezes, 24, 25 e 27 de Junho de 2005 e na 360º Tour novamente 3 vezes, 24, 25 e 27 de Julho de 2009.


A título de curiosidade, ainda existe mais um estádio em Dublin, e também ele associado aos U2. Chama-se RDS Arena e foi aqui que os U2 actuaram a 26 de Janeiro de 1982 a propósito da October Tour, no dia 17 de Maio de 1986 no concerto Self Aid, e depois na ZooTV Tour a 27 e 28 de Agosto de 1993.


  • Bonavox - Hearing Aids Store
Este é mais um local de visita obrigatória para qualquer fã dos U2. Localizada perto da O’Connell Street, esta loja de aparelhos auditivos esteve na base do nome Bono Vox. Bono foi membro de um grupo de jovens chamado "Lypton Village", com Gavin Friday e Guggi entre outros. Numa noite, ao passarem pela loja, lembraram-se e decidiram que "Bono Vox" seria um bom nome para Paul Hewson. "Bona Vox " significa boa voz em latim. A certa altura, o "Vox" caiu e desde então que ficou só Bono.



Esta foi tirada pelo Paulo


  • Savoy Cinema
Depois da Bonavox, andámos mais um pouco e fomos até ao Savoy Cinema. Este cinema, localizado na famosa O'Connell Street, é o mais antigo cinema de Dublin e apresenta ainda hoje o maior ecrã da Irlanda. É o cinema das estreias de filmes na Irlanda. Em 1988, a estreia mundial do filme "Rattle and Hum" realizou-se aqui, na qual os U2 tocaram alguns temas. Em 2003, a estreia na Irlanda do filme "Gangs Of New York", que conta na banda sonora com o tema dos U2 "The Hands That Built America", também foi aqui e Bono e The Edge estiveram presentes e tocaram algumas músicas.




  • Hard Rock Cafe Dublin
Sou um fã incondicional do Hard Rock Cafe. Gosto muito do conceito, apesar de achar que por vezes a música que passa não é a melhor e está um pouco alta para um restaurante. Mas a verdade é que para além de ser um restaurante com boa comida, dentro do género, e com qualidade, acima de tudo temos ali um autêntico museu da música. O de Dublin, como é óbvio, tinha também de contar com muita coisa dos U2, com destaque para um trabant da ZooTV Tour que se encontra preso no tecto logo quando se entra. Também aqui fizemos uma grande jantarada. Como não podia deixar de ser, e como faço em todos os Hard Rock Cafe a que vou, comprei merchandising, neste caso uma t-shirt para mim e outra para oferecer.




Curioso, e bem porreiro, foi o facto de nos terem colocado numa mesa que estava mesmo ao pé de coisas dos U2.




Num dos dias alugámos um carro, algo que já ia decidido de Portugal, com o objectivo de visitarmos coisas relacionadas com os U2 fora de Dublin, como também para ver como era a Irlanda fora da capital. No final desse dia, ainda aproveitámos para visitar mais locais relacionados com os U2 em Dublin, mas afastados do centro. Visitámos assim no mesmo dia: Slane Castle, Moydrum Castle, Mount Temple Comprehensive School e a casa do Larry por alturas da formação dos U2 na Rosemount Avenue.


Mas antes, vou falar da questão do carro alugado. Logo em Portugal pareceu-nos óbvio que, ainda por cima era-mos 4, para visitar locais relacionados com os U2 fora de Dublin, e fora do centro da capital, a melhor opção seria a de alugar um carro e estarmos completamente à vontade, sem estar dependentes de nada. Digamos que a única questão que nos deixava um pouco na dúvida era o facto de por terras irlandesas o volante estar do lado direito e o trânsito ser ao contrário, circulando-se pela esquerda. O Sandro ficou encarregue da difícil missão de conduzir o carro, desafio que ultrapassou com nota bastante positiva. De início, a maior dificuldade dele era a distância relativamente aos carros estacionados à nossa esquerda. Enquanto que em Portugal essa distância é reduzida, porque temos o volante do lado esquerdo do carro, lá a distância é bem maior. Mas habituado à situação de cá, digamos que foi preciso o chamar a atenção no início por ir muito junto dos carros à nossa esquerda. Depois, como é óbvio, estávamos sempre a lembrá-lo que tínhamos de circular pela esquerda. Mas digamos que esse até acaba por ser um obstáculo relativamente fácil de ultrapassar, isto porque as estradas estão tão bem sinalizadas, com tanta seta e indicação, que só mesmo uma distracção muito grande é que o poderia levar a ir pela direita, ainda para mais com 3 pessoas sempre atentas à sua condução. O pior era mesmo o volante do lado direito. Sei disso, porque no final da visita a Slane Castle, fiz questão de experimentar conduzir um pouco o carro junto ao castelo. Sentei-me e fui logo buscar o cinto à esquerda, quando era à direita, depois a questão das mudanças, fui várias vezes com a mão direita contra a porta por estar habituado a ter as mudanças desse lado. Mas lá dei uma volta com o carro e assim posso dizer que já experimentei conduzir ao "contrário" e com o volante à direita. A seguir a mim, foi a vez do Paulo e da Diana fazerem a sua volta a conduzir, para depois o Sandro voltar a assumir volante.


O carro era bonito, pena ser vermelho, e praticamente a estrear, aqui vão umas fotos dele.




Depois, tínhamos o GPS do Paulo que nos deu uma enorme ajuda durante todo o dia.


Vou então agora falar dos locais visitados neste dia em que alugámos o carro.


  • Slane Castle
Os U2 têm uma relação muito especial com este castelo. A primeira vez que lá tocaram foi em 1981, tocando antes dos Thin Lizzy. Depois, em 1984, decorreram aqui a primeira parte das gravações do álbum "The Unforgettable Fire", retratadas de forma extraordinária no documentário "The Making of The Unforgettable Fire". Por fim, em 2001, os U2 deram aqui 2 concertos integrados na Elevation Tour, a 25 de Agosto e a 1 de Setembro, tendo este último resultado no DVD "U2 Go Home: Live From Slane Castle, Ireland", lançado em Novembro de 2003.









De Dublin a Slane Castle são uns 45 minutos de carro. Como disse atrás, também aproveitámos a saída de Dublin para ver como é o resto da Irlanda. O percurso da capital irlandesa até Slane Castle é lindíssimo e tipicamente irlandês, tal e qual como a ideia que temos daquele país, tudo muito verde, como muita vaca por todo o lado.





Chegámos a Slane Castle e em primeiro lugar ficámos logo deslumbrados com a entrada e o percurso que vai do portão principal da propriedade até chegar ao castelo propriamente dito. Uma beleza!!!



Chegados ao Castelo, estacionámos o carro e vimos em primeiro lugar todo o exterior e zona envolvente. Claro que uma parte da atenção foi para a zona onde decorreram os concertos dos U2 em 2001, e todos os que ali se realizam. Como é óbvio, na televisão tudo parece maior, mas é sem dúvida bem bonito e interessante aquele anfiteatro natural que proporciona a realização de concertos. Mas o principal destaque quando lá chegámos foi perceber que passa um rio, que entretanto soube que se chama Boyne, mesmo ao lado da zona onde decorrem os concertos.











Tirada pela máquina do Paulo em modo automático

Também tirada pela máquina do Paulo em modo automático

Visto o castelo por fora, fomos então fazer uma visita guiada pela totalidade do seu interior. Como levava uma t-shirt dos U2, até tive o cuidado de levar uma alusiva ao U2 Go Home, mal começou a visita a guia reparou de imediato na minha camisola e perguntou logo se éramos fãs dos U2, ao que respondemos, como é óbvio, que sim. Ela disse então que durante a visita falaria também de tudo o que tinha a ver com os U2. Foi com uma enorme emoção que visitámos todos os espaços que aparecem no documentário "The Making of The Unforgettable Fire", destacando o bonito salão com paredes vermelhas onde os U2 estão a tocar. É impressionante como passados tantos anos, e apesar de um enorme incêndio que lá ocorreu em 1991, está tudo exactamente igual ao que aparece no documentário, até parecia que este tinha sido feito pouco tempo antes. Percorremos todo o interior do Castelo, e pudemos perceber que ele é ainda muito utilizado nos tempos que correm pelos seus proprietários, já que existem televisores em várias divisões, leitores blu-ray, livros, DVDs/Blu-Rays, gel de banho nas casas de banho, etc. Voltando aos U2, para além de tudo o que aparece no tal documentário, pudemos ver ainda um cartaz alusivo aos concertos de 2001, uma foto de uma rapariga afilhada de Adam Clayton, um quadro com uma foto tirada pelo The Edge no interior do castelo e com uma dedicatória sua por trás, a guia até teve o cuidado de o tirar da parede para nos mostrar, o local onde o Bono subiu para o telhado... e aqui aparece no documentário a tocar guitarra, a varanda que aparece no documentário, os aposentos utilizados pelo Bono e sua família quando vão passar uns dias ao Castelo, ele é muito próximo dos proprietários, os aposentos utilizados pelos músicos quando vão dar concertos no tal anfiteatro ao lado do castelo e dos quais podem observar a multidão, etc., etc., etc. A única coisa negativa na visita foi o facto de não termos podido tirar fotografias no interior do Castelo.

Depois da visita, mais uma volta pelo exterior, tive então a tal experiência de conduzir um carro "ao contrário", e de seguida almoço em Slane.


Slane é uma pequena vila, localizada a pouca distância do Castelo, bem típica e pitoresca. Depois de alguns minutos de indecisão de qual o melhor local para comer, acabámos por escolher um hotel bem giro e típico para o fazer e onde almoçámos muito bem. Destaque para o salame de chocolate que nos chamou a atenção logo à entrada, e que foi a nossa sobremesa, e para a mostarda que de tão caseira e forte subia ao nariz de uma forma um pouco violenta.




Depois de Slane, fomos então ao Moydrum Castle. Antes, gostaria de voltar a falar da beleza das paisagens e vistas que a Irlanda nos ofereceu ao longo de todo o dia. Verde, verde, verde... e mais verde! Uma coisa mesmo bonita!!! No passeio deste dia, pudemos desfrutar então da Irlanda mais rural, com muita vaca a pastar por todo o lado. O verde, a vegetação e as árvores são tantas, que em alguns sítios o próprio verde faz uma espécie de túnel na estrada. Até parávamos o carro para tirar fotografias.





  • Moydrum Castle (Castelo em ruínas que aparece na capa do disco "The Unforgettable Fire")


E aqui aconteceu algo que marcou esta viagem e que prova o quanto gostamos de U2. Ao mesmo tempo, o que aconteceu tornou a visita ao Moydrum Castle ainda mais especial e inesquecível.

Demorámos quase duas horas de Slane Castle a Moydrum Castle, mais do que de Dublin a Slane Castle. O Moydrum Castle fica localizado perto de Athlon, mesmo no centro e no coração da Irlanda, e digamos que longe de tudo. A única estrada que passa junto ao castelo é daquelas típicas estradas rurais, extremamente estreita.


Mas ainda antes de chegarmos à tal estrada estreita que está ao lado do Castelo, ao aproximarmo-nos do destino, a histeria apoderou-se de nós. Qualquer fã dos U2 sonha um dia ir ver de perto o castelo que faz capa de um dos álbuns mais importantes da discografia da banda irlandesa. A certa altura, nós sabíamos que nos estávamos a aproximar, o GPS assim o indicava, e começámos feitos malucos a olhar para todo o lado, até que a certa altura vimos o castelo, é ali, é ali, é ali, é ali. Mais um bocado e lá estávamos nós no Moydrum Castle. Quando chegámos, e enquanto estávamos na indecisão de onde estacionar, pára um carro ao nosso lado que pergunta se estávamos perdidos ou algo do género, ao que respondemos que queríamos ver o castelo, e ele vira-se para nós e diz simplesmente "The Unforgettable Fire". É impressionante como um castelo em ruínas localizado longe de tudo atrai pessoas de todo o planeta. Estacionámos então o carro e saímos todos malucos ao encontro do Castelo.

O que nos deixou logo impressionados é o termos ali exactamente o que aparece na capa do álbum dos U2. Não é mais pequeno, não é maior... é exactamente igual!!! Depois, o Castelo em ruínas é de uma beleza rara. Para além disso, o Castelo e todos os terrenos à volta são dominados pelo verde... como aliás o é toda a Irlanda.

O Moydrum Castle fica em propriedade privada e nós inicialmente começámos a admirá-lo a partir de fora, tendo começado a tirar uma série de fotografias.





Foto tirada pelo Paulo

A verdade é que a certa altura, não contentes por ver o Castelo a partir de fora, decidimos invadir propriedade privada e ir ao encontro dele. Assim, tivemos de ultrapassar diversos obstáculos, nomeadamente vários de arame farpado, muito utilizado na Irlanda, e uma espécie de portão todo enferrujado. Os obstáculos de arame farpado foram ultrapassados com alguma facilidade, mas o tal portão, ou sei lá o que é que aquilo era, é que foi mais complicado. Logo à entrada tive algumas dificuldades em ultrapassá-lo, até me magoei um pouco no joelho direito... mas nada de especial. A verdade é que conseguimos chegar ao Castelo e assim pudemos vê-lo de toda a maneira e feitio como também tirar fotos a tudo e mais alguma coisa e de todos os ângulos possíveis e imaginários.



















Mais uma tirada pela máquina do Paulo em modo automático













Também tirada pela máquina do Paulo em modo automático




Claro que um dos ângulos escolhido foi o da capa do álbum.











Foto do Paulo e que me apanhou a tirar uma das muitas fotos que por lá tirei

A verdade é que ficámos completamente "doidos" por estar ali naquele monumento que tanto diz a todos os fãs dos U2 e assim perdemos completamente a noção do perigo que estávamos a passar por termos invadido propriedade privada, até poderia ter aparecido alguém com uma arma ou com cães. Como também o facto de termos ficado todos cagados nos ténis e na parte de baixo das calças, isto porque a erva estava molhada e havia muita bosta de vaca e lama.


Mas nós queríamos lá saber disso tudo, o importante era desfrutar a 100% do Moydrum Castle. Grande parte dos fãs dos U2 que lá vão, contentam-se em ver o Castelo a partir de fora, da tal estrada estreita que passa ao lado, mas nós não, quisemos ir mesmo até ao Castelo.

A certa altura, e depois de termos estado muito tempo no Castelo, decidimos sair para ir embora e aqui acontece um momento que teve tanto de chato como de inesquecível. Para sair, tivemos então de passar pelos mesmos obstáculos, até que chegou novamente o tal portão... que aparece aqui em baixo, a Diana está junto dele.


A Diana, pequenina e elegante, passou este portão por baixo sem qualquer problema, mas os homens tinham de o passar por cima.

Foto tirada pelo Paulo no momento da entrada na propriedade privada, em que a Diana estava a passar pelo tal portão

É Então que eu subo o portão, salto... e sinto a mão direita ficar presa. Quando olho, tenho as 2 mãos cheias de sangue e um buraco com alguma dimensão na mão direita. É giro que não sujei nada com sangue, nem t-shirt, nem calças, nem ténis, nem blusão... nada, só mesmo as mãos. Eu quando vi o que tinha feito digamos que entrei um pouco em pânico. Não tanto pelas dores, que aquilo nem doia muito, mas mais pelo facto de estarmos ali no fim do mundo, aquilo fica mesmo no centro da Irlanda e no interior, e de ter feito algo que ainda não sabia bem da sua gravidade, ainda por cima aquilo estava cheio de ferrugem. Vimos imediatamente que tínhamos de ir a correr a um centro de saúde ou a um hospital. A Diana voltou de imediato a exercer a sua profissão de enfermeira e foi impecável. Fomos então todos lançados no carro e o Paulo Ramos a ver no GPS onde é que poderia haver um centro de saúde ou algo do género. Viu que havia uma farmácia, decidimos então ir lá para comprar qualquer coisa para desenrascar. Entrámos na farmácia, mas o senhor que lá estava quando viu o aspecto da minha mão disse de imediato que tínhamos de ir a um hospital e explicou onde é que ele ficava. Parece que mesmo que quiséssemos comprar alguma coisa na farmácia não podíamos, porque segundo a Diana que vive lá e que eu vou referir mais à frente, nas farmácias eles só vendem, qualquer coisa que seja, com prescrição médica. Bom, fomos então à procura do hospital que o senhor da farmácia nos tinha indicado, e que ficava ao lado de um hotel. Mas estava algo complicado de dar com aquilo, e eu um pouco em pânico. A certa altura, parámos no tal hotel para perguntar onde ficava o hospital, ainda vi a partir do carro o recepcionista vir cá fora apontar e dizer ao Paulo onde era o hospital, que era praticamente ao lado. Chegámos, fui logo com a Diana todos lançados e apresentei o meu Cartão Europeu de Seguro de Doença. Fui de imediato atendido por uma enfermeira, que me limpou e desinfectou as mãos e pediu para aguardar pelo médico. Chega o médico, que diz logo que tenho de levar pontos. Primeiro limpa o buraco todo por dentro com soro. E de seguida, deu-me então uma anestesia local e dois pontos no buraco que fiz na mão direita. Depois, como o portão estava cheio de ferrugem e o facto de ter levado a vacina do tétano já há algum tempo, levei então a vacina do tétano. No final, a enfermeira mete uns pensos e umas ligaduras. Assim, saí do hospital descansado e com o assunto tratado.


Foto tirada enquanto esperávamos pelo médico e que mostra como estávamos todos "cagados" dos joelhos para baixo


Fiquei nos tempos seguintes um pouco limitado da mão direita, mas nada de especial. Uma semana e um dia depois fui ao Centro de Saúde de Vila Velha de Ródão, estava de férias na terra dos meus pais, tirar os pontos.

Foram momentos de alguma aflição para mim, já que não tinha a situação controlada. No fundo, não sabia da real gravidade do que tinha feito na mão direita e não iria ficar descansado enquanto não a tratasse. Ainda por cima, quando este tipo de situações ocorrem no estrangeiro, a coisa ainda se torna mais dramática. Mas tudo acabou bem, e digo que o tal Cartão Europeu de Seguro de Doença dá mesmo muito jeito.

Digamos que esta aventura revelou o quanto gostamos de U2. Toda esta loucura de invadir propriedade privada, eu cortar a mão e levar pontos. Depois, como já referi, trazíamos os ténis e a parte de baixo das calças todos cagados, já que como estava a chover, a erva/relva junto ao castelo estava toda molhada e havia lama por todo o lado, como também muita bosta. Foi algo de verdadeiramente inesquecível!!!

Eu até fiz questão de depois do regresso o primeiro álbum que ouvi em Portugal foi precisamente o "The Unforgettable Fire".

Aproveito para deixar uma imagem daquilo que seria o Moydrum Castle.


Depois do hospital, regressámos a Dublin, demorámos cerca de uma hora. Eu e a Diana tínhamos então as meias e os pés tão molhados que decidimos descalçarmo-nos no carro. Como disse, quando falei do aluguer do carro, decidimos aproveitá-lo também para chegados a Dublin ir ver mais locais relacionados com os U2, nomeadamente a Mount Temple Comprehensive School e a casa do Larry enquanto jovem, na Rosemount Avenue.


  • Mount Temple Comprehensive School 
Escola frequentada pelos 4 membros dos U2 e onde o Larry colocou o célebre anúncio a pedir pessoas para formar uma banda. Foi também nesta escola, no refeitório, que se realizou o primeiro concerto da banda, em Outubro/Novembro de 1976, a data exacta é desconhecida, ainda com o nome de Feedback. A setlist foi a seguinte: Show Me The Way; Bye Bye Baby; Beach Boys medley Encore: Bye Bye Baby.

Quando chegámos à escola, esta encontrava-se aberta e sem segurança... sem ninguém. Assim, decidimos entrar com o carro e estacioná-lo lá dentro... no fundo foi mais uma invasão de propriedade privada, a segunda do dia lol. Saímos do carro e percorremos a escola toda, sem ninguém nos ter dito coisa alguma, apesar das câmaras de vigilância espalhadas pelo espaço.




Vimos o refeitório, onde aconteceu o primeiro concerto, como também o placard onde o Larry colocou o tal anúncio.



Destaque para o muito espaço verde existente no interior da escola.


Fomos também à entrada/portão principal tirar mais umas tantas fotos.



Acima de tudo, este é daqueles sítios onde muito imaginamos e pensamos em como as coisas terão acontecido naquele local nos primeiros tempos dos U2.


  • Casa de Infância/Juventude do Larry - 60 Rosemount Avenue
Depois de colocado o anúncio na escola, foi na cozinha desta casa, na altura, do Larry, que se realizou o primeiro ensaio/audição da banda. Também aqui, muitos pensamentos nos passam pela cabeça, imaginando como as coisas terão ocorrido na altura. A casa faz parte de um daqueles bairros residenciais típicos de Dublin, enormes e com muitas casas iguais... simplesmente lindo!!! A antiga casa do Larry não tem o número à porta, digamos que o actual dono se deve ter fartado das visitas dos fãs dos U2. Mas com os números das casas ao lado, percebeu-se perfeitamente qual é o n.º 60. A casa está habitada e tinha lá gente, já que estava uma luz acesso no seu interior. Para além disso, enquanto lá estávamos, o senhor actual dono da casa acendeu uma outra luz e veio cá fora deitar algum lixo fora... já nem deve poder ouvir falar em U2 lol.


Para se ter uma ideia de como foi esse primeiro ensaio/audição...



  • Novos Windmill Lane Recording Studios
Apesar de fazer parte da lista de locais relacionados com os U2 a visitar, digamos que é dos sítios menos interessantes e que passará despercebido a grande parte dos fãs. Antes de devolvermos o carro que tínhamos alugado na véspera, fomos a uma bomba de gasolina, para atestar o depósito, e que ficava mesmo ao lado dos novos estúdios Windmill Lane. Tirei-lhe então algumas fotos.


Como disse, quando falei no Windmill Lane, os antigos estúdios onde os U2 gravaram os seus primeiros álbuns fechou em 1989, tendo mudado para novas instalações nesse mesmo ano. O nome do estúdio permaneceu, mas o endereço mudou. Com a mudança, os U2 passaram-no a utilizar muito menos e perdeu o carisma e o interesse de outros tempos.


  • Kilmainham Gaol (Prisão onde foi gravado o videoclip de "A Celebration")
Foi nesta prisão que os U2 gravaram o videoclip de "A Celebration". Também aqui, foram gravados diversos filmes e séries, nomeadamente "In The Name Of The Father", em que a banda sonora do mesmo conta com o contributo de Bono, e a série "The Tudors". Fizemos uma visita guiada, na qual percorremos toda a prisão, e aqui felizmente pudemos tirar fotografias.











  • Trinity College
Trata-se da mais antiga universidade da Irlanda e uma das maiores da Europa. Não chegámos a lá entrar, só a vimos por fora, já que passámos por ela mais do que uma vez. Por fora, é sem dúvida um edifício bem bonito. A ligação dos U2 com Trinity College tem a ver com os 5 concertos que os U2 lá deram em 1978 e 1979 (26 de Outubro e 18 de Novembro de 1978 e 27 de Janeiro, 1 de Fevereiro e 8 de Novembro de 1979).


Uma coisa que me provocou alguma desilusão foi o facto dos U2 não serem tão idolatrados pelos irlandeses como estava à espera. Também não estava a contar com uma coisa do género eles serem os deuses do país, mas, na realidade, os U2 têm sido nas últimas décadas os principais representantes da Irlanda pelo mundo fora e esperava encontrar um maior tributo da parte do país e dos irlandeses à banda que leva o seu nome e bandeira para todo o lado. Por exemplo, não existem excursões organizadas para visitar os locais relacionados com os U2. Penso que poderia haver até um maior aproveitamento do facto de haver muitos fãs dos U2 que vão àquele país para ver tudo o que tenha a ver com a banda. Claro que para mim foi um enorme prazer preparar as coisas e ver onde tudo ficava, mas penso que ficaria bem uma maior organização turística, por assim dizer, do universo U2 existente na Irlanda. Enfim, ao mesmo tempo penso que isso acontece pelas melhores razões, os U2 são ainda uma banda 100% viva e com muito para dar e normalmente os artistas no geral só depois de mortos e acabados é que começam a ser vistos no aspecto turístico e numa lógica de serem homenageados com nomes de ruas, praças, etc.


Depois de abordar os locais visitados relacionados com os U2, falarei agora dos outros locais visitados por nós e que não têm a ver directamente com a banda, apesar de no fundo naquele país quase tudo se relacionar com os U2. Tive o cuidado de comprar com alguns meses de antecedência um guia sobre a Irlanda, como também de ouvir muita música tradicional irlandesa nos dias anteriores à viagem.


Numa tarde, depois do almoço, decidimos visitar de seguida, e por esta ordem, o Dublin Castle, a Christ Church Cathedral e a St Patrick's Cathedral. Em todos eles pagámos para entrar e ver os monumentos por dentro. O preço para entrar digamos que não é propriamente barato, mas em compensação temos todos estes edifícios num estado de conservação fantástico. Vamos então agora falar de cada um destes monumentos.


  • Dublin Castle
Aqui pagámos também para fazer uma visita guiada por todo o castelo. Tirámos várias fotos dentro dele, mas infelizmente durante a visita guiada propriamente dita também aqui não deixaram tirar fotografias.

Símbolo do domínio inglês, cujo governo durou 700 anos, esta estrutura imponente foi entregue a Michael Collins e ao Estado Irlandês em 1922. Foi erigido no interior das muralhas medievais e originariamente era protegido pelo Rio Liffey a norte e agora pelo Rio Poddle, que se encontra encanado. Durante a visita guiada, tivemos a oportunidade de percorrer aposentos reais, pátios, museus, etc.




  • Christ Church Cathedral
A imponente catedral que vemos hoje é o resultado de um restauro do século XIX. Antiga igreja viking, possui elementos normandos, góticos, românicos e vitorianos.





  • St Patrick's Cathedral
Conhecida pela "Catedral do Povo", é um dos primeiros locais cristãos da cidade, para além de ser o local de culto de eleição da comunidade protestante. Junto a esta catedral, temos um lindíssimo espaço chamado St Patrick's Park. Trata-se de mais um extraordinário espaço verde, entre os muitos lá existentes, que a cidade de Dublin nos oferece. De facto, ao contrário de Portugal, por lá todos os espaços verdes estão num estado de conservação extraordinário, tudo bem que o clima ajuda... mas isso não justifica tudo.









O facto de ter uma amiga a viver em Dublin, a também Diana... e enfermeira, grande coincidência, que eu já referi atrás, tornou esta viagem ainda mais especial e rica. Primeiro, porque já não estava com ela há algum tempo. Depois, porque nas duas vezes em que estivemos com ela pudemos ver coisas que não teríamos visto se não fosse ela.

Foram então dois encontros com a Diana... e foi assim o primeiro: Depois de visitarmos a St Patrick's Cathedral, fomos para o tal parque localizado mesmo ao lado. Como tinha combinado o encontro com ela junto à St Patrick's Cathedral, depois de estar algum tempo no parque, voltei para junto da catedral, tendo deixado os meus colegas de viagem à nossa espera. Ela chegou e depois todos juntos tivemos o primeiro convívio.

A Diana, para além de nos contar muita coisa relativamente a como é a vida por lá, levou-nos a uma zona de bares, que não o Temple Bar, menos conhecida e menos virada para o turismo. Digamos que a zona de Temple Bar é mais turística. Visitámos então essa zona menos conhecida, pelo menos por quem não é de Dublin, vimos vários bares, um deles conhecido pelas suas importantes actuações ao vivo, terminando com uma paragem para beber um copo num bar bem típico e bem giro, com uma zona interior e outra exterior na qual estava um autocarro dos deles... com 2 andares.


Dois dias depois, voltámo-nos a encontrar com a Diana, desta vez junto a uma ponte chamada Rathmines RD LWR, que fica no final da Richmond Street South, que passa por cima do Grand Canal. No percurso para lá, voltámos a passar pela tal zona de bares onde tínhamos estado no primeiro encontro. Como chegámos à tal ponte antes da hora marcada, pudemos então durante um bocado desfrutar daquela zona e do canal... lindíssimo!!!


Desta vez, a Diana iria-nos levar no seu carro, que levou de Portugal, mudou a matrícula, mas não o volante, como é óbvio este manteve-se à esquerda, a dar um passeio pelas lindíssimas Montanhas Wicklow.


  • Montanhas Wicklow, Glendalough, Hollywood, etc.
Saímos então de Dublin, desta vez para sul. A certa altura, nota-se que abandonámos a cidade e que entrámos em algo completamente diferente. Uma coisa que se nota na Irlanda é que o norte é mais rural, com muitas vacas, e o sul mais selvagem... e com ovelhas. Mas tanto o norte como o sul têm uma mesma característica... é tudo muito verde.


Fomos andando, sempre a desfrutar das belas paisagens e fazendo várias paragens durante o percurso para sairmos do carro e ver com calma toda aquela beleza.













Também se meteu gasolina no carro, o que permitiu ter um contacto com essa realidade na Irlanda.



Ainda andámos durante algum tempo, até que chegámos a Glendalough. Aqui, demos um grande e belo passeio a pé. 

Parte do charme deste local monástico é a sua localização. O nome significa "vale dos dois lagos": o lago superior é um dos cenários mais esplêndidos, com encostas de árvores e uma queda d'água, enquanto o lago inferior dá uma sensação de espiritualidade com as ruínas monásticas ao seu redor.

Pudemos então ver e percorrer a pé uma cidade monástica, o lago inferior e o lago superior. Ainda estivemos por lá uma série de tempo. Para além de termos andado muito, também dedicámos muito tempo a fotografar e a desfrutar de todas as belezas que nos iam surgindo pelo caminho. Destaco a forma como toda aquela zona está preparada para receber as pessoas e para que elas a possam percorrer a pé. É sem dúvida um local lindíssimo que adorámos conhecer.








Esta foi tirada pelo Paulo


Tirada pela máquina do Paulo, mas aqui pedimos a alguém para nos tirar



Tirada pelo Paulo



Também deu para "conviver" com alguns animais que por lá andavam.

Esta também foi tirada pelo Paulo

Regresso a Dublin por um caminho diferente do da ida, ainda foram uns 45 minutos até chegar à capital irlandesa, com passagem por Hollywood, sim... afinal fica na Irlanda e não nos Estados Unidos lol, onde também pudemos ver as letras gigantes no topo de uma montanha.




A Irlanda oferece-nos sem dúvida lindas paisagens e vistas. Faz lembrar um pouco a Escócia, mas continuo a achar que o "país" do norte da Grã-Bretanha ainda consegue ser mais bonito... talvez o mais bonito do mundo. Acho que nunca irei ver algo tão bonito como a Escócia, em termos de vistas e paisagens.


  • Grafton Street e O'Connell Street
São 2 das principais ruas de Dublin. A Grafton Street é talvez a zona pedonal mais famosa de Dublin. Tem várias lojas, armazéns e músicos de rua. Percorremos esta rua quando fomos então jantar ao Captain Americas, de que eu falei atrás.



A O'Connell Street tem outras características, é mais imponente, mais larga, e tem trânsito automóvel. Percorremo-la, dos dois lados, quando fomos ao Savoy Cinema, que também vem referido atrás. Trata-se de uma das mais largas ruas da Europa, com destaque para a estátua de Daniel O'Connell e para uma torre muito alta moderna, que mais parece uma agulha que vem do chão, chamada Spire of Dublin.



Nesta rua, também visitámos algumas das maiores e melhores lojas de souvenirs da Irlanda, mas voltarei a falar disso mais abaixo.


  • Ha'Penny Bridge
Nos dias em que estivemos em Dublin, acabámos por passar por diversas vezes de um lado para o outro do Rio Liffey, que atravessa Dublin, através das diversas pontes que por lá existem. Mas gostaria de destacar esta Ha'Penny Bridge, que até faz capa do guia que comprei, que é sem dúvida bem bonita e peculiar. Curioso o facto de ter vários cadeados lá colocados e que parece ter a ver com uns votos que são feitos, em Paris também há algo idêntico.




Claro que poderia falar também de outras coisas que vimos e pelas quais passámos. Na realidade, andámos muito e aproveitámos o tempo ao máximo. Deixo assim mais algumas fotos de Dublin, começando pela Custom House, na qual passámos mesmo junto a ela mas prefiro colocar uma foto que lhe tirei do outro lado do rio, e de seguida uma que mostra a O'Connell Bridge e a O'Connell Street ao fundo.

Custom House

O'Connell Bridge e O'Connell Street ao fundo

Rio Liffey
Rio Liffey

Rio Liffey

St Patrick’s Church, que também visitámos por dentro

George's Street Arcade

Aungier Street

Aungier Street


Falando agora da Irlanda em termos gerais, em primeiro lugar quero referir o povo irlandês, sem dúvida dos mais extraordinários que existe em todo o mundo. Pessoas alegres, bem dispostas, educadas, muito prestáveis... mesmo 5 estrelas!!!

Depois a música. Em Dublin, principalmente à noite, temos música por todo o lado. Nas ruas, mas acima de tudo nos muitos bares/pubs que por lá existem. Estes, estão todos cheios e, ao contrário de cá em que muitas vezes as bandas/músicos que estão a tocar passam completamente despercebidas, lá a malta está toda em sintonia com a banda, cantando, batendo palmas e dançando... criando assim naqueles bares um enorme ambiente de festa e de alegria, uma tremenda loucura mesmo!!!


A Irlanda é sem dúvida um país muito bonito e muito muito muito muito verde. Como já disse, para norte, em geral, é mais rural e com muitas vacas, para sul é mais selvagem e com muitas ovelhas. Em relação a Dublin, digamos que tirando as coisas dos U2, é uma cidade que em poucos dias está vista. Não tem muitos pontos turísticos de interesse. Assim, para quem vai à Irlanda, digamos que não deve reduzir a sua viagem só a Dublin, mas sim aproveitar para descobrir o resto do país.

Apesar de Dublin ser uma cidade sem muitos pontos turísticos de interesse, não deixa no entanto de ser uma cidade muito bonita e onde se vê que se vive com qualidade. O Rio Liffey e os diversos canais dão um brilho especial à cidade. Depois, temos muitos espaços verdes encantadores. A generalidade dos edifícios são bonitos e estão quase todos dentro do mesmo estilo, sendo assim muito idênticos, e muito bem estimados. Destaque também para os enormes bairros residenciais, como o que foi habitado pelo Larry na juventude, com ruas e ruas de casas iguais, cada uma com o seu quintal. Acima de tudo, Dublin é uma cidade com qualidade de vida: não tem muito trânsito, até há muita gente a andar de bicicleta, existem muitos espaços verdes, é extremamente limpa e segura... e pessoalmente também destaco o facto de não ter muito multiculturalismo.

Outra coisa que se nota é que por lá não investiram tanto em estradas como por cá. As estradas não deixam de ser boas e seguras, mas não se vê o exagero que se vê em Portugal, com auto-estradas paralelas umas às outras. Por lá, decidiram talvez investir noutras coisas, nomeadamente na educação e na cultura. Uma coisa curiosa lá, é nas portagens das auto-estradas, em que não têm ninguém para receber o dinheiro, como por vezes existe alguma dificuldade em introduzir e chegar com as moedas à ranhura, então têm uma espécie de cesto para onde uma pessoa lança as moedas, tem é de ser sempre a quantia certa.


Ainda em relação ao universo automóvel, também gostaria de abordar algo que não deixa de ser curioso naquele país. Estou a falar dos selos dos carros... que são enormes!!!


Agora o clima, talvez a única coisa negativa naquele país e que é um pouco idêntico ao que encontramos na Grã-Bretanha, mas talvez aí seja mais estável. Em Dublin, por exemplo, por vezes acontece termos as 4 estações do ano no mesmo dia. No passeio pelas Montanhas Wicklow, nas zonas mais altas tínhamos temperaturas mais baixas e muita humidade, depois junto aos lagos já estava mais quente e abafado. Acima de tudo, a Irlanda é caracterizada por temperaturas baixas, a temperatura máxima que apanhámos por lá foram vinte e tal graus... e estamos a falar em Julho, muita humidade e a chuva que aparece mais vezes do que o desejado.

Gostaria agora de abordar, pela positiva, o aeroporto de Dublin, super moderno, novo, limpo, bonito... e com pouco movimento. Um autêntico paraíso dos aeroportos e uma excelente forma de dar as boas-vindas a quem chega a Dublin. Do aeroporto para o hostel e deste para o aeroporto aquando do regresso, decidimos então fazer as viagens de táxi. Uma coisa que não é muita cara em Dublin são os táxis e como nós era-mos 4 digamos que dividido por todos a coisa não ficava nada cara. Para além dos percursos do e para o aeroporto, também andámos de táxi quando fomos e viemos da Kilmainham Gaol (que é a tal prisão onde foi gravado o videoclip de "A Celebration"). Diga-se que os taxistas irlandeses não destoam em nada do resto do povo, são super simpáticos e super prestáveis. Mais uma coisa, quando chegámos a Dublin e apanhámos o táxi no aeroporto para ir para o hostel, primeiro não havia fila, depois estava um tipo, estilo segurança, a tomar nota das matrículas dos táxis que saiam dali e quantas pessoas cada um levava.


Não podia deixar de falar na Aer Lingus, já que foi nesta companhia aérea que fizemos as viagens de ida e de volta e que foi a companhia aérea onde trabalhou o pai de Adam Clayton como piloto, depois de abandonar a Força Aérea Real. O baixista dos U2 nasceu em Oxfordshire, Inglaterra, mas quando tinha 5 anos de idade mudou-se para Dublin com a sua família, depois do seu pai conseguir então um emprego na Aer Lingus. A Aer Lingus é a companhia aérea nacional da Irlanda e isso é facilmente perceptível para quem a utiliza, as cores dominantes, os assistentes de bordo... tudo o mais tipicamente irlandês. De destacar pela negativa, mas isso agora aplica-se às companhias aéreas no geral, o facto de pagarmos o bilhete e depois não termos direito automaticamente a uma refeição ou a qualquer tipo de comida durante a viagem. A verdade é que tivemos de pagar, e não foi pouco, para comermos e bebermos.

O que também é extraordinário em Dublin são as lojas de souvenirs. Dominadas por aquele verde típico da Irlanda, uma pessoa fica com vontade de comprar tudo. Algumas são bem grandes. Fomos a várias, até da cadeia que vou referir de seguida, mas aconselhados pelo taxista que nos trouxe então da Kilmainham Gaol, acabámos por ir fazer as compras na maior das lojas da principal cadeia de venda de souvenirs da Irlanda, que se chama Carrolls, em Dublin. Também de realçar as muitas lojas dedicadas só à música tradicional irlandesa. Os irlandeses têm a noção de que a sua música é um dos principais negócios e referências daquele país.

Relativamente à comida, tivemos o cuidado de ir também a restaurantes típicos, onde pudemos experimentar os seus pratos e a sua gastronomia. Destaque também para a "alguma" Guinness que por lá bebemos. É sem dúvida um dos principais símbolos daquele país e quem lá vai tem que "obrigatoriamente" consumir alguma dessa cerveja. Eu pessoalmente gosto muito da Guinness, mas é sem dúvida um pouco pesada para o estômago. Por isso, por vezes troquei a cerveja irlandesa pela Heineken, da Holanda, que é a minha preferida por ser leve e cair muito bem.

Não podia deixar de falar das mulheres irlandesas, que são maioritariamente loiras e ruivas. São bem giras e vestem-se de uma forma idêntica à das inglesas, com mini saias e vestidos curtos... e saltos altos.

Destaque também para a muita utilização que os irlandeses fazem do arame farpado. É vê-lo por todo o lado, a proteger tudo e mais alguma coisa.

A animação de rua também é algo que se deve destacar em Dublin. Para além da muita música, também se vê muito, principalmente ao fim-de-semana, muita animação de rua com tipos a fazerem coisas que prendem a atenção de muita gente, como também as diversões que normalmente encontramos em parques de diversão. O maior contacto que tivemos com esta situação, foi depois de termos percorrido toda a Fitzwilliam Place, a tal rua onde foi gravado o videoclip de "Sweetest Thing", entrámos numa outra rua, chamada Merrion Square South, que estava cheia de gente parada a ver e a vibrar com os artistas de rua. Parámos então e também nós pudemos desfrutar destes espectáculos... e tirar algumas fotos.





Coloquei ao longo da mensagem algumas das muitas fotos que tirei durante os 5 dias. Também coloquei algumas das fotos tiradas pela máquina do Paulo, nas quais coloquei sempre na legenda a referir isso mesmo. Quem for meu amigo no Facebook, e se for ver os meus álbuns de fotos, aí encontrará a quase totalidade das fotografias que tirei durante esta viagem.

Por fim, um grande obrigado aos companheiros desta viagem incrível e o meu muito obrigado pelo apoio que me deram quando me aconteceu a tal situação no Moydrum Castle.

Por último, tenho de pedir desculpa pela demora na escrita desta mensagem. A verdade é que queria fazer uma coisa o mais bem feita e correcta possível. Para além de que pretendo com esta mensagem, dar um contributo e acrescentar algo de novo no universo U2, nomeadamente para os fãs da banda que pretendam visitar a Irlanda. Na realidade, quis fazer algo tão perfeito a todos os níveis que até estava com "medo" de a publicar, foram muitas as vezes que eu li e reli esta mensagem até achar que estava o que eu pretendia dela. Espero que gostem e que a apreciem. Aos fãs dos U2... que tirem dela alguma coisa de útil e interessante relativamente ao universo da banda.

U2 SEMPRE!!!

Viagem à Irlanda (21 a 25 de Julho 2012)

Sendo eu um enorme fã dos U2 desde os meus 10 anos de idade (desde 1984), ir à Irlanda era há muito tempo um desejo e um sonho que eu queri...